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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Reflexões de quem já está há demasiado tempo fechada em casa

 

Comecei a fazer um "diário da quarentena" a partir de Março do ano passado (pensando que ia durar 2 ou 3 meses, tão inocentezinha...), onde escrevia os meus pensamentos e sentimentos durante o primeiro confinamento, e desde então nunca mais parei.


Agora, que já faz quase um ano da sua existência, resolvi partilhar algumas das minhas reflexões, tiradas destes desabafos diários em pleno confinamento.


1º O ser humano é claramente um ser social, extremamente dependente daqueles que estão à sua volta (por muito que nos custe admitir...). Até para mim, que me considero uma introvertida assumidíssima, já acho demasiado tempo para estar sem pessoas à minha volta (sem ser a minha família claro, que coitados, já não me devem poder aturar );

2º Durante a pandemia, todos nós reavaliámos as nossas relações (familiares, de amizade e amorosas). A nossa interação com os outros neste período inevitavelmente alterou-se, sendo na sua maioria feita pelas redes sociais, o que naturalmente afectou a forma como nos relacionamos com os outros. Aproximou-nos mais de umas pessoas, afastou-nos mais de outras, mas de modo geral acho que nos fez dar mais valor às pessoas que estão para ficar na nossa vida;

3º Temos uma capacidade de adaptação e resiliência muito maior do que imaginávamos!  Não só superámos um primeiro confinamento, como estamos agora a lidar com um segundo - com todas as exigências e desafios que ele exige, obviamente, mas sempre com as ferramentas necessárias para o "aguentar" (por muito difícil que possa parecer).

 

E por esse lado, como estão a lidar com este 2º confinamento? Que reflexões tiram desta experiência?

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Desabafo de uma profissional de atendimento da linha SNS24

 

Bem sei que não tenho dado notícias desde há algum tempo (para aquela meia dúzia de gatos pingados que ainda me segue por aqui - nem sei como -, obrigada! ), mas quero que saibam que a minha intenção nunca foi abandonar o blog.

Eu tenho um carinho muito especial por este meu espaço, mas sentia que precisava de algum tempo para pôr a minha sanidade em dia para depois poder 'arrumar' aqui as minhas ideias.

No entanto, o assunto do post de hoje é demasiado importante para não ser mencionado aqui no blog, por isso achei que esta era a melhor maneira de fazer o meu regresso aos blogs da Sapo.

Durante este tempo, tive a oportunidade de estar a realizar atendimento remotizado na linha SNS24 a doentes Covid-19, e por isso hoje venho contar-vos um pouca da minha experiência (e daquilo que vos posso partilhar).

Iniciei o meu trabalho na linha no mês de Novembro, altura em que as chamadas eram poucas, havia um bom tempo de espera entre chamadas, e o atendimento em si era relativamente fácil de se prestar. Atualmente, em Janeiro de 2021 (e desde finais de Dezembro), a linha SNS24 está um caos.

Vieram as épocas festivas, e tudo piorou. Neste momento, as pessoas chegam a passar horas em fila de espera para serem atendidas (com, ou sem sintomas). E não é por falta de pessoal a trabalhar na linha porque, acreditem, somos imensos: desde médicos, enfermeiros, farmacêuticos; a psicólogos, dentistas, etc.

Foram festas de fim-de-ano que correram para o torto, Natais passados com a família alargada, pessoas a dormirem em casa umas das outras, a apanharem boleia de carro juntas.... A lista não tem fim. E apesar de haver ainda casos de pessoas que apanham Covid-19 no local de trabalho ou nas escolas, eu acredito piamente que a maioria dos casos de Covid-19 podiam ser totalmente evitáveis se as pessoas tivessem sido mais responsáveis, e tido em conta as recomendações da DGS.

Isto não é uma simples gripezinha, uma coisa que "só acontece aos outros". Estamos a falar de uma doença que se manifesta de forma muito diferente, de pessoa para pessoa, e acreditem que também atendo pessoas mais jovens com sintomas graves, por isso não desvalorizem nunca a importância da prevenção.

E mais uma coisa que me apercebi que muita gente não está informada: Deve-se ligar para a linha SNS24 não só quando se tem sintomas da Covid-19 (sendo que estes são muito variados por isso em caso de dúvida, liguem sempre!), mas também quando se teve em contacto directo com uma pessoa que testou positivo à Covid19, mesmo que não se tenha sintomas!! Só desta forma é possível que os técnicos façam a correta avaliação da situação de risco, e vos deem as indicações necessárias.

 

É muito importante que passem esta mensagem para que todos consigam estar a par destas diretrizes, e juntos conseguimos travar esta pandemia. Neste momento, esta é a melhor maneira de todos nós agradecermos aos profissionais de saúde por todo o seu esforço e dedicação 

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Sobre sentir falta do contacto humano

(até para uma introvertida, como eu!)

(Imagem divulgada no The New York Times no artigo "How to Hug during a Pandemic")

 

    Eu compreendo as pessoas que querem fazer jantaradas com amigos, ir à praia (mesmo correndo o risco dela estar lotada) e fazer outra qualquer atividade que implique estar fora de casa. Eu juro que compreendo. E compreendo porque sinto exactamente o mesmo.

    Sinto que, dia-a-dia, somos sistematicamente confrontados com a eterna questão: "Como é que eu posso fazer aquilo que eu quero fazer e continuar protegido/a da Covid-19?"  E a resposta mais rápida é lógica é: ficando em casa, e saindo/ convivendo o mínimo possível com outras pessoas. Mas, caramba, estamos a fazer isso há 5 meses!
    São 5 meses passados maioritariamente em casa, a trabalhar, a conviver com as mesmas pessoas (ou para aqueles que estão sozinhos, a conviver apenas consigo próprio) e raramente vendo a luz do dia. Isto não é fácil!
    O ser humano não foi feito para isto. Nem mesmo eu, que sempre me considerei uma introvertida assumida, que prefere muitas vezes passar o seu tempo sozinha. Sinto falta do contacto humano! Do toque, dos beijos, dos abraços...
Estamos, sem nos aperceber, a desenvolver personalidades cada vez mais frias, onde o contacto social é desvalorizado, e onde a solidão ganha espaço para surgirem outros problemas do foro mental como a depressão, a perturbação de pânico, a fobia social...
    E acho que muito pouco se fala disto, ainda, infelizmente. É o jogo do ignorar o obvio: sabemos que a pandemia ainda está bem presente, que nos afeta a nível pessoal e emocional, mas ainda assim escolhemos ignorar aquilo que estamos a sentir (para "debaixo do tapete", como se costuma dizer) na esperança (?) que aquilo que estamos a sentir desapareça.

    O que eu quero dizer com isto é que é perfeitamente normal estarmos mais ansiosos, stressados, preocupados, e instáveis numa altura como esta. A pandemia ainda cá está, continua a ter um grande impacto nas nossas vidas (a acrescer a todos os problemas que surgem no nosso dia-a-dia, a par da Covid-19), e mais vale termos a noção de que isto nos está a afectar do que fingir que nada está a acontecer, e que tudo já está como era dantes (porque está longe de estar).

    Por isso, pessoal que está a ler este post: Tomem bem conta da vossa saúde física, mas não descuidem do vosso bem-estar emocional. Se sentem que todos estes desafios estão a ser demasiado complicados de lidar, e que isso pode estar a reflectir-se na vossa vida diária (como dificuldade a adormecer, problemas nos relacionamentos, binge eating, etc.), ponderem usufruir de um acompanhamento psicológico. É benéfico para toda a gente, e é um investimento acima de tudo para a vossa saúde!

    Se precisarem de algum conselho ou dica sobre psicólogos de referência, podem-me enviar um e-mail que eu vou-vos tentar aconselhar dentro das vossas necessidades. Tenham uma boa noite 

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Como manter uma uma relação à distância, em tempos de pandemia?

No mundo em que vivemos atualmente, é comum vermos casais separados pelo isolamento, preocupados com as consequências que esta distância terá, a longo prazo, na sua relação.

É o meu caso e do gajinho. Não estando ainda a morar juntos, temos estado desde Março a viver esta relação à distância, com ocasionais saídas a 2m de distância em espaços abertos. Como podem imaginar, um verdadeiro paraíso não é?... 

E como é que se aguenta tanto tempo longe do vosso mais-que-tudo, perguntam-me vocês? Com muito amor, alguns desentendimentos e uma pitada de choro à mistura!

 

Seguem abaixo algumas dicas de como tornar esta fase um bocadinho (ligeiramente) mais suportável...

  1. Combinem horários para falarem (por chamada, ou vídeo), e cumpram. Apontem nas vossas agendas se for preciso! É importante que definam um horário, diário, para fazerem uma chamada e se porem a par das novidades.
  2. Falem MUITO! Não só é importante que comuniquem todos os dias, mas que tenham conversas de qualidade: esclareçam sempre mal-entendidos que tenham o mais rapidamente possível para o problema não se alastrar; aproveitem para se conhecer melhor; façam perguntas curiosas à vossa cara metade (aqui está um óptimo exemplo); combinem dates futuros; relembrem as vossas melhores memórias; façam chamada à noite e adormeçam ao telemóvel com o vosso/a namorado/a, etc.
  3. Divirtam-se juntos! Apostem sempre que possível nas videochamadas, façam partidas de jogos online (hoje em dia têm tantooo por onde escolher desde o Jogo do stop até ao Gartic - jogo do desenho), maratonas de séries/filmes na Netflix (o Netflix Party também vos pode ser muito útil porque permite-vos ver programas em simultâneo)...
  4. Inovem. Vou-vos dar o meu exemplo. No meu caso, eu comecei a escrever inicialmente um diário sobre o meu dia, que depois entregaria ao gajinho quando a pandemia acabasse, mas depois optei por fazer "vlogs" do meu dia. Assim, de vez em quando, principalmente quando tenho um dia mais interessante (que é muito raramente ), filmo o meu dia e no final envio-lhe o link. É como aquelas youtubers famosas fazem, a única diferença é que ele é o meu único subscritor... e não tenho aqueles comentários de haters, o que é uma enorme vantagem 
  5. Combinem dates... sempre com precaução. Quando já bate aquela saudade apertada, combinem encontros presenciais, sempre com o devido distanciamento e segurança. Aproveitem para fazer uma caminhada, praticar exercício físico juntos, passear num jardim ao ar livre... Apesar das opções serem mais limitadas do que o habitual, isso não faz com que não tirem um bom partido do vosso encontro, e dando largas à imaginação podem ir variando  e diversificando os vossos dates.

 

Claro que isto não significa que está tudo bem, e que devemos aceitar todas estas mudanças na nossa vida com naturalidade, porque não é isso que nos é pedido. O mundo como o conhecemos já não existe, e é normal que demoremos tempo a adaptarmo-nos a estas alterações. Contudo, o que vos posso dizer neste momento é para aproveitarem cada momento da vossa vida, não tomarem nada como garantido e dar o vosso melhor para serem pessoas melhores, e mais felizes. Tudo isto é temporário.

Espero vos ter ajudado de alguma maneira hoje. Estamos nisto juntos, e por isso era tão bom que nos uníssemos num momento tão difícil como este para nos ajudarmos uns aos outros, em vez de nos dificultarmos a vida. Já é complicado por si só termos de lidar com o que está a acontecer no mundo, por isso bora lá unirmo-nos e ajudar o próximo 

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Manter a forma durante a quarentena!

Porque nem só de saúde mental vive este blog (para choque de muitos vós...), hoje venho-vos falar do meu vício pela actividade física nos últimos tempos - que, atenção, é também muito importante para a nossa sanidade mental, e bem-estar!

Foi ainda durante o período do confinamento, onde só era permitido sairmos de casa para fazer exercício (tão bem que nós estávamos assim...), que eu, fartinha de estar em casa, arranjei a desculpa perfeita: sair dia sim dia não, de manhãzinha, para fazer uma corrida no jardim aqui ao pé da minha casa.

Verdade seja dita, nos primeiros dias foi mais uma caminhada do que propriamente uma corrida (quem me acompanha no blog há algum tempo sabe que nunca fui fã de exercício físico, e que Educação Física sempre foi a minha pior disciplina... ).

No entanto, com o passar do tempo fui melhorando, e diversificando também a minha actividade física. Atualmente faço mais exercício em casa, com vídeos do youtube ou através da app Adidas Training, que tem vários circuitos de treino com vários níveis de dificuldade (não é publicidade não se preocupem, que ninguém me está a pagar... ).

O vídeo que partilho hoje com vocês (acima) é de uma youtuber que tenho ficado viciada ultimamente, porque ela faz vídeos com treino de atividade física enquanto dança! Ora eu, que adoro dançar (principalmente músicas do Tik tok ), tenho ficado rendida a este tipo de vídeos.

Quem ficou com curiosidade, dê uma espreitadela! São vídeos muito catchy, mas puchadotes (no final do vídeo prometo-vos que vão ficar a arfar...), e que fazem um treino completo ao nosso corpo. Numa altura em que muitos de nós estamos a viver um estilo de vida mais sedentário, juntam-se a mim para tentarmos inverter este ciclo e melhorarmos a nossa saude física, e psicológica? 

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Não vamos falar disto?!

 

Em primeiro lugar, eu sei que vos tinha dito que estava de volta ao blog, mas com o regresso da minha ansiedade generalizada (e revolta com o corona em particular... ), não consegui de todo, e por isso peço-vos desculpa.

Hoje trago-vos um assunto que me deixa muito triste, pois adoraria não o ter de abordar desta forma.

Para quem não sabe, a revista Vogue Portugal lançou, numa das suas capas para a edição "Madness" deste mês, o tema da saúde mental. Esta seria uma óptima iniciativa não tivessem eles utilizado o termo "loucura" (=madness)  - expressão tão ultrapassada nos dias de hoje... -, para falarem de um assunto tão relevante como é a saúde mental.

Para piorar as coisas, tiveram uma capa para representar este tema no mínimo... infeliz. Uma das imagens escolhidas para a capa da revista (que se pode ver na imagem acima), mostra um cenário de hospital, onde uma rapariga se encontra dentro de uma banheira, com duas enfermeiras à sua volta que lhe dão banho.

Esta representação das doenças mentais não só está mais do que desatualizada, porque remete aos tempos antigos, onde haviam hospitais psiquiátricos que torturavam os doentes mentais pois eram vistos como 'estranhos', 'possuídos', 'obra do demónio' ou 'bruxaria'; como demonstra insensibilidade e preconceito em relação a este tema.

Este tipo de fotos não só é ofensivo para todas aquelas pessoas que sofrem de algum tipo de perturbação psicológica, como dá uma ideia totalmente errada daquilo que é uma doença mental, das pessoas que sofrem dessas doenças e de como é feito o seu tratamento.

Não somos 'malucos' por vivermos com uma doença mental. Nem 'fracos'. Não somos definidos pela nossa doença. Somos pessoas, como todas as outras, e calhamos a ter uma doença mental. 

E há muito mais pessoas portadoras de distúrbios mentais do que aquilo que se julga. Ainda para mais, estima-se que a pandemia veio agravar os quadros clínicos pré-existentes, e criar novos sintomas para indivíduos até então saudáveis. Veio também aumentar os casos de suicídio!

Por isso este é um assunto de extrema importância!! A saúde mental não é uma brincadeira, não deve ser um assunto para ser tratado levianamente, não deve ser romantizado. O tratamento destes pessoas é feito à base de psicoterapia/intervenção psicológica, e/ou psiquiatria (onde é feita a adesão medicamentosa).

Caso queiram saber mais acerca da intervenção psicológica, podem divertir-se a explorar a minha tag de #DomingodeConsultório, onde respondo a várias questões sobre várias problemáticas relacionadas com a saúde mental, e para conhecerem algumas das abordagens dos psicólogos durante as suas consultas cliquem aqui.

Acima de tudo informem-se muito bem acerca da saúde mental e da sua importância, e ajudem a desmistificar este estigma. Bora lá salvar vidas 

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Sobre(Viver) em tempos de crise

Nos últimos meses temos passado por situações e desafios que nunca imaginámos enfrentar na nossa vida, e isso tem-nos trazido consequências a nível físico, e psicológico.

A pandemia obrigou-nos, de um momento para o outro, a proceder a mudanças drásticas no nosso dia-a-dia, e a adaptarmo-nos a novas realidades num curtíssimo espaço de tempo: a vivência da doença, o luto, o teletrabalho, o afastamento físico dos nossos entes queridos, o confinamento obrigatório (e, agora, o gradual desconfinamento)... 

E tal como muitos de nós, eu própria sinto-me (ainda) muito afetada com todas as consequências do confinamento obrigatório, originado pelo covid-19: a minha ansiedade disparou em flecha, os meus ataques de pânico aumentaram, as minhas crises de choro também, vieram as insónias, a desmotivação, a apatia, a ingestão exagerada de doces, o isolamento de tudo e de todos, enfim...

Por essa razão tem-me sido tão difícil manter o blog atualizado. Sinto que deixei tudo em pausa (o trabalho presencial, os encontros com amigos, as saídas, etc), e por isso o blog foi apenas mais um.

Sabem aquela sensação de estarmos debaixo de água, quando mergulhamos, e temos o nariz tapado, os olhos tapados... e só estamos desejosos de voltar ao de cima? Eu sinto-me exatamente assim. Estou debaixo de água, - com toda a minha vida suspensa, - e só vou conseguir respirar quando tudo isto estiver passado. Para mim, isto não é viver, mas antes sobreviver.

Isto não significa, obviamente, que não me sinte grata por ter a minha família comigo, por estarmos todos bem de saúde, e por termos a sorte de conseguir trabalhar a partir de casa. Mas também sei que é muito importante não descurarmos da nossa saúde mental que, em muitos casos, se tem vindo a deteriorar nos últimos dias.

Mas para não acabar em mau tom, vou-vos deixar aqui 5 estratégias que tenho aplicado nos últimos dias que me têm ajudado a manter a mente ligeiramente mais sã:

  1. Fazer meditação antes de me deitar. Todas as noites, antes de ir dormir, meto a tocar um áudio do Palouse Mindfulness (que acho sempre super relaxantes), e tem-me ajudado imenso a adormecer mais rápido, e a acordar menos vezes durante a noite.
  2. Praticar exercício físico. Esta foi uma novidade para mim (pessoa extremamente sedentária ). Dia sim, dia não, visto o meu fato de treino de manhã e faço alongamentos, ou vou dar uma caminhada num parque da minha zona. Começou por ser uma desculpa para sair de casa e manter-me saudável, até que ao fim de um tempo se tornou mesmo um hábito.
  3. Valorizar as nossas conquistas, ainda que pequenas. Desde o pequeno-almoço saudável, até à atividade física, hábitos de sono saudáveis...Tudo é motivo para festejar, e valorizar as nossas pequenas vitórias. Tendemos a ter um discurso muito autodepreciativo, o que não nos traz nenhum benefício, por isso é bom que tentemos alterar um pouco esse paradigma.
  4. Manter um diário. Manter um diário é extremamente saudável, e tem múltiplos benefícios. O meu diário serve para apontar: o nome dos workshops online a que tenho assistido, as novas receitas que tenho experimentado, as compras que tenho feito online, aquilo que tenho sentido ultimamente, etc.
  5. Manter rotinas, e horários. O ideal é tentar mantermo-nos o mais próximo possível das nossas rotinas habituais: acordarmos e deitarmo-nos à mesma hora, vestirmo-nos (mesmo que não vamos sair de casa) e mantermo-nos ativos (assistir a séries, criar novas receitas, apostar no artesanato, organizar/decorar o nosso espaço, etc.).

E por esse lado, como têm passado estes dias? 

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Descoberta do mês: Harlan Coben

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(foto da minha autoria)

 

Boas noites! Como têm passado por esses lados? Está tudo bom e saudável? 

Já esgotaram os livros que tinham em casa por ler, e as séries que tinham por ver? 

Hoje venho-vos falar da minha mais recente descoberta: O escritor Harlan Coben. Descobri-o por acaso, enquanto estava a navegar pelas séries da Netflix e encontrei a série The Stranger.

A série é baseada num dos seus livros, e é fantástica! O género das obras do escritor é sempre o mesmo: mistério, suspense e thriller (se me conhecem minimamente, por esta altura não estão muito admirados... )

Não vos vou revelar muito sobre esta série - até porque se o fizer, estraga a piada. Vou-vos apenas dizer que a história é sobre um senhor, Adam Price, que tem um casamento feliz com a sua mulher Corrine e os seus dois filhos, até que um dia uma estranha vai ao seu encontro e faz uma revelação chocante acerca de Corrine (a sua mulher). A partir daí, vai-se originando uma série de acontecimentos que vão revelando cada vez mais mistérios. E mais não digo...

Se acharam a sinopse interessante, vou-vos deixar aqui algumas recomendações de séries, inspiradas em livros do autor, igualmente boas!

  • "Safe" (disponível na Netflix);
  • "The Five" (só encontram em sites pirata);
  • "Une chance de trop" (encontram em sites pirata);
  • "Juste un regard" (encontram em sites pirata; inspirado no livro que estou a ler: Apenas um olhar).

 

E vocês, o que têm feito esta quarentena? Também têm feito muitas maratonas de séries e filmes ultimamente? 

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Como lidar com as emoções negativas durante um período de isolamento?

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(foto da minha autoria)

 

Olá a todos! Espero-vos bem, em casa e de boa saúde 

Como devem imaginar, nos tempos que correm é difícil falarmos de outra coisa senão da pandemia do Covid-19, e de como esta tem impactado a nossa vida. As pessoas são aconselhadas a ficar em casa, sair à rua apenas em casos de extrema necessidade, cada vez mais empregos têm aderido ao regime teletrabalho, sendo que inclusivamente hoje foi decretado estado de emergência.

Todas estas mudanças num intervalo de tempo tão curto trazem, sem dúvida, muitas consequências, nomeadamente a nível psicológico. O ser humano é naturalmente um ser de hábitos e rotinas: habitua-se a levantar cedo de manhã, a ir trabalhar, a almoçar fora, a ir buscar os filhos à escola... E quando surgem mudanças repentinas nessa rotina, nós estranhamos.

"Algo não está certo" - pensamos - "Algo está fora do normal, ou seja, daquilo a que eu estou naturalmente habituado/a; e logo isto não pode ser bom sinal" e começamos a entrar numa corrente de pensamentos tal, que a preocupação dá lugar à ansiedade, que por sua vez, quando extrema, dá lugar ao pânico.

E tudo isto porquê? Porque estamos habituados a que as coisas corram exatamente como queremos/idealizamos (habituados à aparente "ordem natural das coisas"), e quando isto não acontece, é o caos. Como se fosse possível termos o futuro da nossa vida nas nossas mãos, como se fossemos alguma vez capazes de controlar o nosso destino...

Não somos, e não há mal nenhum nisso. Quando viémos para este mundo não assinámos nenhum contrato em como teríamos uma vida perfeita, longe de problemas e preocupações... Por isso, devemos reconhecer que essa é a lei natural das coisas. Porque um dos nossos desafios, enquanto seres vivos, é mesmo esse: A maior certeza que temos na nossa vida é exatamente a ausência de certezas.

 

Outra questão tem a ver com a obrigatoriedade de estar em casa. Muitos de vós provavelmente até passam fins-de-semana inteiros em casa, outros até podem andar, ultimamente, cansados das viagens casa-trabalho e trabalho-casa, e até já falavam em tirar uns diazinhos para ficar em casa a descansar... Mas só o facto de pensarmos que agora estamos a ser obrigados a fazer algo do qual não temos escolha, sentimos a nossa liberdade em causa, como reféns no nosso próprio lar.

Ao invés disso, podemos olhar para a quarentena como um período temporário, o que implica que as medidas implementadas pelo governo são passageiras; como uma forma de nos protegermos (e pensarmos que estamos em casa por um motivo válido, que tem a ver com proteger a nossa saúde e a dos outros), e aproveitarmos este tempo para reflectirmos, crescermos e até desenvolver novos hábitos e competências em nós (neste momento há muitos cursos online em funcionamento, há ebooks disponíveis, aplicações, jogos e vídeos lúdicos para passarmos o tempo, etc.). Caso queiram mais dicas de como podem passar o vosso tempo, podem ler este post.

Claro que devemos ter em conta que é normal por vezes sentirmo-nos mais tristes, preocupados ou sozinhos - porque toda esta é uma situação nova para nós -, e nessas alturas é importante não sermos duros connosco, aceitarmos aquilo que estamos a sentir, e falar com alguém. Estamos todos no mesmo barco, por isso bora ajudar quem mais precisa 

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20 coisas para fazer em casa, em tempos de quarentena

 

1- Fazer um diário da gratidão. A partir de hoje, eu vou aderir a este desafio no meu instagram. Todos os dias vou enumerar algo pela qual estou grata. Pode parecer algo pouco significante, como estar grata por estar a comer a minha refeição preferida por exemplo, mas ao fazermos isto estamos a dar conta das coisas boas que temos direito, e a deixar de tomá-las como garantidas (como acabamos por fazer, por vezes) ;
2- Praticar exercício físico. Não precisamos de muito espaço para praticar algum exercício físico, e é uma maneira de ajudar a manter o nosso sistema imunitário forte (o que, por sua vez, ajuda a combater as doenças!);
3- Fazer chamadas/ videochamadas a familiares, amigos e colegas. Hoje em dia não há desculpas para não mantermos um contacto regular com aqueles que mais gostamos - podemos agradecer aos nossos amigos WhatsApp, Facebook, e Skype;
4- Pedir ajuda, sempre que precisar. Seja para desabafar ou falar de algumas das suas preocupações, é importante pedir ajuda sempre que tenha necessidade;
5- Fazer maratonas de filmes/séries. É um óptima oportunidade para começar a acompanhar uma nova série na Netflix, ou HBO; ou ainda fazer uma sessão de cinema caseiro (sem esquecer as pipocas, claro!   );
6 - Manter, o melhor possível, as nossas rotinas. Levantarmo-nos e deitarmo-nos às horas do costume, e continuar a mantermo-nos ativos é importante para a nossa saúde física, e psicológica.
7- Fazer uma alimentação equilibrada.
8- Ter hábitos de sono saudáveis.
9- Mantermo-nos informados por um lado, e limitar a exposição às redes sociais e media, por outro. Devemo-nos manter informados sim, em sites fidedignos como a DGES ou a OMS, mas atenção à exposição de notícias em demasia. É importante mantermo-nos atualizados e informados acerca do que se passa, mas também devemo-nos ocupar de outras atividades, para não corrermos o risco de aumentar os nossos níveis de stress, e ansiedade.
10- Apostar em novos hobbies. Esta é também uma oportunidade de explorarmos uma atividade de lazer nova para nós (aventurarmo-nos pelo mundo da culinária, do desenho, começarmos a escrever um livro...). Quiçá temos um talento escondido que desconhecemos?... 
11- Visitar museus virtuais. Sabiam que podem usufruir de visitas guiadas a museus, mesmo sem saírem de casa? Eu também não, mas descobri que podemos  É só irem a este site para explorarem um bocadinho mais a cultura do nosso país, e de outros também!
12- Aprender novas línguas. O Duolingo é uma excelente aplicação para quem gostaria de aprender uma nova língua. E tem uma plataforma apelativa e didática, acessível para todos!
13- Meditar regularmente. É também ela uma forma de combatermos a nossa ansiedade, e mantermo-nos psicologicamente sãos e saudáveis, em tempos de crise. Aconselho-vos vivamente a youtuber portuguesa Lisa Joanes, que tem várias playlists de meditações guiadas que gosto muito;
14- Apostar nos jogos online.
15- Cozinhar novas receitas.
16- Ouvir podcasts. No Spotify, Soundcloud e Castbox disponibilizam centenas (ou milhares) de podcasts, estrangeiros e portugueses, que nos podem ajudar a passar esta quarentena, e a fazer-nos sentir menos sozinhos. Aconselho-vos a Terapia de Casal, Mensagem de Voz e Sozinho em casa.
17- Justdance no youtube. Se são fãs de dançar, mas não têm o jogo em casa, não se preocupem. O Justdance disponibiliza um canal do youtube com algumas das músicas do jogo, por isso já sabem de uma óptima maneira de se divertirem com a famelga por casa... 
18- Pôr as leituras em dia.
19- Escrever no blog. Se ainda não têm, porque não começar um hoje? É rápido, gratuito, e numa altura como estas o blog torna-se numa excelente companhia! 
20- Acima de tudo, mantermo-nos optimistas, e confiantes! Sei que por vezes não é fácil mantermos uma atitude positiva, especialmente com as notícias que somos bombardeados diariamente, mas no final do dia temos de pensar que estamos a fazer a coisa mais correta em ficar em casa. Estamos a cuidar de nós, dos outros, e acima de tudo estamos a dar mais um passo para que esta pandemia se extinga de vez 
 
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