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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Conversas que eu apanho

 

No outro dia, estava eu nos transportes a caminho de casa, e oiço a conversa mais engraçada entre um americano e uns turistas, pelo que achei por bem transcrever-vos aqui a tradução. Não precisam de agradecer! 

  

" -Ah, vocês estão aqui só de passagem então, não é? Eu estou a viver aqui há uns 3 anos. Desde que o Trump foi eleito 'pisguei-me' logo para Portugal. Portugal é uma maravilha, deixem-me que vos diga...

Mesmo que os EUA queiram andar em guerra com todo o mundo, eles nunca se vão meter com Portugal, porque nunca ninguém se lembra dele! É fantástico! A maioria das pessoas nem sabe que este país existe...  *risos*

Para além disso, aqui há muito boa comida, as pessoas são simpáticas, e as coisas baratas. Por isso estou a adorar viver em Portugal... O que mais uma pessoa podia pedir?"

 

Quuuuer dizer, ele não está errado...

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Eu sou muito macho!

   

 

    Há dias, eu e o gajinho fomos sair com um grupinho de amigos, só rapazes. E achei piada porque já há algum tempo que não estava num grupo só de homens (sendo a única rapariga), e até do ponto de vista de uma psicóloga, gosto de ver a interação entre indivíduos da espécie masculina - que para mim, continua a ser um grande mistério...

    Às tantas reparei que os homens, como estavam em comunidade, ativaram o seu modo "macho" (tal como algumas de nós, mulheres, ativamos o nosso modo "galináceo" com certeza, quando estamos juntas): falavam alto e aos berros; quando perdiam algum jogo de cartas diziam os típicos palavrões tuga para se mostrarem; recorriam ao "THAT'S WHAT SHE SAID" à minima frase (menos) inocente...

    E o que eu achei mais engraçado no meio disto tudo foi a atitude de um deles, - que minutos antes tinha dado o seu ar de completo macho latino -, quando atendeu o telemóvel à esposa:

 

"Então amorzinho, como estás, estás boa? Precisas que te vá fazer alguma coisa? Precisas de mim?! Vou já a correr torrãozinho de açúcar! Até já! Muitos beijinhos, meu amor! Te adoro!"

 

    Vocês pensam que eu estou a exagerar mas foi literalmente palavra por palavra. E a minha pergunta coloca-se: Será que é uma coisa de homem casado? Será que quando os homens se casam ficam assim? E se for, devo eu casar-me?

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Até onde estamos dispostos a ir por amor?

    Há dias, em conversa com um amigo meu, falávamos das nossas experiências de relacionamentos amorosos, e das peripécias que nelas encontramos. E ficou-me em mente uma frase que ele disse, a propósito do fim do seu relacionamento (onde a sua namorada lhe disse que já não o amava): "Eu vou fazer tudo para que as coisas entre nós resultem, e tenciono encontrar-me com ela na próxima semana e fazê-la voltar a apaixonar-se por mim." E aquilo ficou-me na cabeça: será que cabe a nós convencer o outro a amar-nos?

    Porque, para mim, uma coisa são as discussões típicas de casal, aquelas em que o casal se chateia por algum motivo, mas ainda continua a amar-se, e os dois lutam para que tudo se resolva o mais rapidamente possível. Outra coisa, contudo, é quando o amor morreu, e alguém da relação decide terminar porque já não sente pelo outro o que sentia antes. Neste caso, para mim, visto o amor não ser recíproco, não há muita coisa que esteja nas nossas mãos fazer.

    Então tentei perceber o que levaria o meu amigo a dizer frases como aquela, e que tipo de relação amorosa ele tivera estabelecido com aquela rapariga. E fui à psicologia para encontrar soluções.

    Segundo a teoria do apego de Bowlby, os adultos podem-se enquadrar em quatro estilos de relacionamento amoroso:

  • O seguro, que inclui indivíduos seguros de si mesmos e da relação com os outros;
  • O ansioso-ambivalente, que se caracteriza por indivíduos inseguros na sua relação consigo e com os outros, e que demonstram querer o máximo de atenção possível do outro. São normalmente indivíduos que tendem a fazer tudo para agradar o parceiro de forma a que este fique com ele, e são muitas vezes dependentes da relação com o outro;
  • O ansioso-evitante, tende a ser frequente em indivíduos com baixa auto-estima, que tiveram pais bastante restritos em criança e por isso agora evitam-se relacionar com os outros;
  • E o ansioso-desorganizado, aquelas pessoas que não criaram uma relação de segurança com nenhum adulto em pequenos, e em adultos sentem-se não merecedores de amor. Têm uma auto-estima muito baixa.

    E olhando para aqui talvez consiga perceber melhor que, há várias formas de nos relacionarmos com os outros, e que não há necessariamente uma forma correta, e uma errada (há, provavelmente, estilos de nos relacionarmos mais saudáveis que outros).

    Pois, enquanto que na minha opinião, seria bizarro ter uma relação com alguém onde estaria a depender do seu amor; isto é apenas um ponto de vista. E, pelos vistos, há vários a ter em conta... Agora estou curiosa: Qual é a vossa opinião sobre este tema? O que acham? 

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O contra-instagramer

    Eu considero-me uma típica instagramer. Estão a ver aquela pessoa irritante que gosta de atualizar a sua história do instagram quase todos os dias, e é fã de tirar fotos à comida, especialmente quando se vai comer fora? Sim, sou eu. (Em minha defesa, há pratos que são uma verdadeira obra de arte, ok? )

    Isso quer dizer que muitas das vezes em que vou a restaurantes acabo por fazer figurinhas como esta:

    E o último dia que fui comer fora com o gajinho não foi exceção. No entanto, quando chegou a hora de acabar a refeição e pedir a conta, o gajinho saca do seu telemóvel, e põe-se a tirar foto à nossa mesa (sem nada, pois já tinha sido levantada).

    Quando lhe pergunto "O que é que tu estás para aí a fazer?", ele vira-se para mim "Não és tu que estás sempre a tirar foto à nossa comida antes da refeição? Eu decidi agora começar uma nova moda: tirar foto quando já acabámos de comer."

 

    E foi assim que ele me desarmou completamente. Fiquei a rir-me da foto uma meia-hora.

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"Epá, yá, o amor dá trabalho..."

 

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    - Foi aquilo que ouvi de uma amiga minha, há dias. E aquela frase por algum motivo ficou-me na cabeça.

    Neste caso, ela referia-se ao seu desgosto amoroso mais recente, que durou-lhe um par de dias, - mas um par de dias intensos, que lhe deixaram sem dúvida muita mágoa. E eu comecei a pensar, (euzinha, que vai fazer 4 anos de relação com o gajinho), que ela tinha toda a razão. O amor dá um trabalho do caraças. Eu gosto muito do meu gajinho, mas nós já tivémos definitivamente os nossos altos e baixos (como muitos casais de namorados, calculo eu). E por vezes não é fácil, mas acho que o mais importante é pensar: vale, ou não, a pena o "trabalho"? 

    Porque como muitos sabem eu sou adepta de relações duradouras, e perdoem-me se estou enganada, mas tenho a impressão de que nós estamos a ficar cada vez mais preguiçosos no que diz respeito ao amor. Não sei se tem a ver com as novas tecnologias e a facilidade de encontrar novos potenciais amorosos a um click! de distância (não culpo quem o faz, eu própria conheci o meu namorado na internet!), mas dá-me a sensação de que muita gente está a desistir do "trabalho" que é manter uma relação amorosa, o que acaba por me deixar um pouco triste.

  Obviamente não estou a falar de casos onde existem traições; abusos e/ou violência emocional, verbal, ou física; omissões de comportamentos; faltas de respeito, e outras red flags gravíssimas nos relacionamentos, onde a única solução é o ponto final. Estou a falar antes de casos onde os dois parceiros da relação desistem aos primeiros obstáculos que encontram, não havendo lugar para crescerem e aprenderem com os seus erros os dois juntos! Porque, para mim, é essa a definição de uma relação. Se a relação depois acabar por não resultar a longo prazo, pelo menos os dois cresceram e tentaram lutar um pelo outro. Isso para mim é amor.

    No fundo o que estou a tentar dizer aqui é: ninguém é perfeito (e foi uma das coisas que aprendi também na minha relação ). Não vale a pena pensarmos que as pessoas não têm defeitos, que nunca vão discutir e vai ser tudo perfeito, porque isso é uma utopia. Somos seres humanos, temos os nossos dias, temos as nossas inseguranças, as nossas defesas. Em último caso, temos é de aprender a conviver da melhor maneira com elas.

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Somos realmente livres?

(Atenção! O post que se segue pode conter liguagem mais aborrecida do que o normal - esperado deste blog. Ao continuar, está a prosseguir de livre e espontânea vontade. )

 

    Ontem, do nada, virei-me para o gajinho: "Acreditas no destino?", à espera de um "Pfft, claro que não, eu sou um gajinho, e o destino não existe, blá blá blá" (ou algo do género), quando oiço um "Eu acredito que tudo aquilo que nos acontece, já estava pre-destinado para acontecer." E eu fiquei exatamente assim: 

    Eu não estava a acreditar naquilo que ouvia... Passado tantos anos de namoro é que fico a saber que o homem acredita que tudo nesta vida está destinado a acontecer?! Ele prosseguiu a explicar-me que é um determinista mais que radical, que não acredita no livre-arbítrio, e até citou o 'efeito dominó', para explicar como tudo nas nossas vidas está pré-destinado a acontecer... Segundo o gajinho, nós, seres humanos, temos apenas a ilusão de ter liberdade das nossas escolhas, e que tudo é explicado através da lei de causa e efeito. Todo o nosso comportamento é predizível, dizia ele!

   Eu fiquei chocada, não só por não estar à espera desta sua opinião, como também por não compartilhar do seu ponto de vista. Aparentemente, e segundo a internet, eu defendo o compatibilismo, ou seja, a ideia de que "embora os nossos comportamentos sejam causados por forças físicas, químicas, biológicas e psicológicas, (...) temos controlo sobre alguns dos nossos comportamentos. Podemos fazer escolhas condicionadas, porque algumas das nossas ações são livres." E, muito sinceramente, eu pensei que toda a gente pensava assim, porque é o que me faz mais sentido, a mim!

    Viver num mundo, como defende o gajinho, em que acreditamos que tudo à nossa volta está destinado a acontecer, não tendo nós outro futuro possível, nem tomada de decisão em nenhuma das nossas ações, não é um bocado triste de se viver? Para além de que, em parte, estamos a desresponsabilizarmo-nos pelas nossas ações, acreditando que nada depende de nós mas sim do Universo... 

    O que vocês acham? Qual é a vossa opinião: são mais fãs do determinismo, ou do compatibilismo (ou só querem que me cale com isto)? Estou curiosa!!

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A propósito dos Signos...

    ...Vira-se a minha irmã para mim no outro dia:

    "Mana, eu e a Maria estamos sempre a discutir e agora já percebi porquê! Ela é ascendente em Leão, e lua em Escorpião, e eu sou Peixes! Está explicado. Não funciona!!"

    E eu devo ter ficado com o mesmo ar do ditado: 'cara de burro a olhar para um palácio', porque não percebi nada do que a moça tinha dito. E então ela explicou-me, detalhadamente, em que consistiam os traços de personalidade de cada signo, os seus ascendentes, luas, sóis, e tudo o resto que há para vir do Zodíaco...

    A minha irmã podia escrever um livro com a Maya, porque a sua paixão por signos deve ser a mesma que eu tenho por chocolate, ou por gatos. A rapariga não me fala de outra coisa! Aprendi, como virgiana que sou, que tenho tendência a ser: perfeccionista (check!), tímida (também!), inteligente e prática (depende do ponto de vista), e demasiado crítica de mim própria (ui, que profundo...). 

    No entanto, apesar de concordar, em certa parte, com o perfil da Virgem a que me atribuiem, nao sou propriamente fã daquelas revistas com a previsão semanal de cada signo.

    "Esta semana vai dar frutos! Grandes recompensas a nível de trabalho", vai-se a ver e é uma semana como todas as outras, ou com mais trabalho ainda. "Tenha atenção à sua saúde, cuidado com o que come!", fico na dúvida se é a minha previsão da semana, se é uma recomendação do meu médico de família. E depois ainda há aqueles "Estes dias vai-se sentir cansado, e farto da rotina (o pessoal que me segue no instagram sabe do que estou a falar)" que é como quem diz: Toda a gente se sente assim, na maior parte do tempo, por isso toda a gente se vai relacionar com isto...

    Não sei, sinto que é sempre tudo muito genérico, e não muito linear...o que é que vocês acham? Talvez este tipo de pensamento meu não passe, também ele, de uma característica de personalidade do meu signo 

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Como me "vingo" das pessoas mal humoradas:

 

    Era dia de entregar o livro que tinha requisitado à biblioteca (ou pelo menos, assim pensava eu).

    Cheguei lá, disse 'Bom dia!!!' ao bibliotecário com um sorriso de orelha a orelha, o qual me respondeu com o ar mais antipático de sempre:

—Diga...

    E eu a pensar "Pronto, tudo bem, acordou mal-disposto, sem problema"! 

—Era para renovar o meu livro da biblioteca sff, porque chegou hoje ao fim.

Sempre com o mesmo ar de quem não lhe apetecia ter levantado da cama hoje, pediu-me o nome, e cartão de biblioteca.

    Dei-lhe. Prossigo a explicar que não trouxe o livro, pedi desculpa, que tive um dia um bocado caótico, e a perguntar se fazia diferença. Tenho quase a certeza absoluta de que ele não ouviu nada daquilo que eu disse, pelo que se passou a seguir.

    Sempre sem tirar os olhos do monitor, vira-se para mim:

—Não.

— Não o quê, desculpe?

—Não é possível renovar o seu livro.

—Então?

—O prazo acabou ontem, não hoje. Pelo que não é possível renovar.

—Mas como é que é possível...? Devo ter feito confusão com o dia só pode...

—Sim, fez. Pedia que me entregasse o livro sff.

—Mas eu como lhe disse antes não trouxe hoje o livro...

—Pois, então não sei. Mas tem que entregar. - Disse, desta vez a olhar-me nos olhos com o ar mais chateado do mundo, como se lhe tivesse insultado a família.

    "POR UM DIA!" - pensei eu - "Porque passou UM DIA, este sacana não me deixa renovar o livro!!! E eu que estou a precisar tanto dele para a minha tese! Filho de uma...ova."

    Respirei fundo, acalmei-me, e respondi-lhe com a voz mais adorável de sempre:

—Muito bem. Não se preocupe, virei cá amanhã entregar-lhe o livro. Muito obrigada, sim? Tenha um resto de um bom dia! 

    Sorri-lhe, dei meia-volta, e pirei-me dali. Não sei antes ver a sua cara de carneiro mal-morto, que exprimia um "Mas o que é que esta doida está-me a agradecer?"

    Esta é a minha forma de vingança quando as pessoas estão mal-dispostas comigo. Sou extra-simpática para lhes fazer ainda mais confusão. Deixo-as malucas! Eu sou terrível...

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Pontos de vista

 

    No outro dia vejo a minha irmã de 16 anos excitadíssima de alegria a correr de um lado para o outro pela casa, parecia que ia explodir de felicidade.

    Pergunto-lhe o que é que aconteceu: se recebeu uma boa nota na escola, se tem algum plano fantástico para hoje com as amigas, se está entusiasmada para a sua festa de anos (o seu aniversário é já em Março)...

    Não, nada disso. "Nem vais acreditar! Cheguei aos 400 seguidores no Instagram!!"

 

    Eu e a minha irmã somos tão diferentes. Eu não me podia interessar menos pelo número de pessoas que me seguem no meu instagram pessoal. Para terem uma ideia, eu SÓ tenho um 0 a menos do número de seguidores da minha irmã... Ahaha 

 

 

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