Falava eu há dias com alguém a propósito da auto-estima, e do quoão importante ela nos é. Falávamos sobre o quanto ela nos faz sempre falta, e que convém andar sempre com 'o suficiente' na mala, just in case.
Já foi o tempo onde eu acreditava que o mundo era um local cheio de pessoas boas, passarinhos a cantarolar, e borboletas a voar.... Infelizmente, apercebi-me que nem sempre é esse o caso (Veja-se o exemplo de Pedrógão, onde se soube que houve pessoas que foram assaltar as casas ardidas -como se perder a casa já não fosse o suficiente...).
Por isso, e como ao virar da esquina está sempre alguém pronto para nos rebaixar e nos fazer sentir como a pior pessoa do mundo, é bom que tenhamos uma auto-estima suficientemente forte, para não nos deixarmos levar a baixo à primeira tentativa. A literatura dá-nos algumas dicas para trabalharmos no nosso amor próprio.
Em primeiro lugar, devemos valorizar as nossas capacidades e sucessos pessoais, e deixarmo-nos inspirar por eles. Tomando consciência das nossas paixões, qualidades, e talentos.
É também aconselhado a sermos positivos no nosso diálogo e maneira de ser, de modo a sentirmo-nos melhor connosco. Falarmos de forma confiante, e valorizar as nossas experiências de vida, influencia não só a forma como nos vemos a nós próprios, mas também como os outros nos vêem. Além disso, não devemos comparar-nos à situação dos outros, mas em vez disso focarmo-nos no nosso próprio crescimento.
Assim, se por um lado devemos ter consciência das nossas capacidades e não nos deixar humilhar por ninguém (pois como a minha mãe costuma dizer "-Acima, só Deus!"), por outro, não se deve também cair no outro extremo, e acharmo-nos a última bolacha do pacote. Porque quando a auto-estima é excessiva, torna-se puramente egoísmo, e isso já não é muito saudável... Mas isso fica para um próximo tópico!