Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Opinião: Sexismo ou não?

us-open-la-francaise-alize-cornet-enleve-son-haut-

    Ontem vi uma notícia com o seguinte título: "Jogadora de ténis penalizada por tirar a sua t-shirt em campo."

    Pelo que li, dizia que a tenista francesa Alizé Cornet apercebeu-se, a meio do jogo, que tinha a sua camisola ao contrário, depois de uma pausa de 10 minutos, e por isso tirou-a, e voltou a vesti-la em campo. Esse seu acto valeu-a uma punição pelo árbitro por "conduta antidesportiva" por mostrar o soutien.

    O que acho curioso é que, no mesmo artigo, dizem que os tenistas homens despem as suas camisolas a meio do jogo frequentemente, devido ao calor, sem nunca serem penalizados por isso. Então, há sexismo ou não, afinal?

    Confesso que esta notícia causou alguma revolta em mim. Deixa-me triste saber que até em coisas simples como estas as mulheres ainda continuam a sofrer discriminação... A minha pergunta fica: Quando é que a sociedade vai deixar de sexualizar o corpo da mulher desta forma?

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

O confronto com a realidade

universidade.jpg

    Hoje é daqueles dias de desabafo, e vocês foram os escolhidos (sortudos...). Ultimamente tenho-me sentido muito assustada, e ansiosa - e sim, nós psicólogos também padecemos destes males. A tese atrasou-se mais do que deveria, por isso passei o Verão a trabalhar nela, mas agora parece que estou a cair na realidade...

    A defesa da tese já está aí à porta, atrás dela está a empresa a que me comprometi fazer o meu estágio profissional, para finalmente ser considerada psicóloga... Devia estar felicíssima, mas a verdade é que estou cheia de medo. Sinto que tenho tudo fora do meu controle, estou super insegura.

    Em primeiro lugar, odeio apresentações orais de morte, e só de pensar na minha defesa tenho arrepios até à espinha. Mas depois, é o que vem a seguir dela também! A entrada no trabalho, desta vez a sério! E, diga-se de passagem, um trabalho numa empresa que não foi das minhas preferidas de trabalhar... Mas lá vai ter que ser. Hoje em dia encontrar estágios profissionais de psicologia está pela hora da morte, e sem ele não posso ser psicóloga (profissão que tanto amo), por isso não tenho outra opção.

    No entanto, não me sinto minimamente preparada. Vou, finalmente, sair da faculdade. Mas ao mesmo tempo, vou iniciar o meu caminho numa empresa, que no passado me causou tanto stress e preocupação... E estou definitivamente assustada.

    Digam-me que não sou a única assustada nesta fase, por favor...

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

#11DomingodeConsultório: Vamos falar de...obsessões?

TOC.png

    Quem nunca voltou atrás para ver se tinha fechado a porta de casa? Ou... quem daqui faz a sua rotina de manhã, segundo uma determinada sequência? Tudo isto são obsessões, tal como: rezar todas as noites; tendência para estar constantemente a limpar, organizar; verificar se algo ficou bem feito, ou por fazer...

    Apesar de ser relativamente comum os indivíduos possuírem pelo menos 1 tipo de obsessão, há que ter em conta quando esta(s) se tornam prejudiciais à sua saúde. Visto não ter havido perguntas para este domingo de Consultório, resolvi hoje, por isso, falar-vos do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), que é uma perturbação tão atual e presente nos dias de hoje.

    A perturbação, tal como o próprio nome indica, é composta por obsessões, que são pensamentos recorrentes e persistentes que provocam mau-estar ao indivíduo; e pelas compulsões, que são comportamentos repetitivos que a pessoa se sente levada a realizar, em resposta à sua obsessão. Por sua vez, estes comportamentos são muitas vezes exagerados, e não estão relacionados de forma realista com o que o indivíduo pretende neutralizar. A pessoa sente-se obrigada a realizar este tipo de ações, pois só assim consegue diminuir a sua ansiedade. As compulsões podem-se relacionar com: limpeza, verificação e organização.

    No entanto, há que ter especial atenção, pois para um indivíduo ser diagnosticado com TOC, há que haver critérios rígidos a avaliar como: se as suas obsessões interferem na sua rotina diária e os impossibilita de fazer uma vida normal, e se estas consomem mais de uma hora por dia.

    O meu conselho a quem se revê ou, que conhece alguém, com este tipo de sintomatologia é levá-lo a um psicoterapeuta cognitivo-comportamental - pois são psicólogos especializados em tipos de patologia como este.

    Espero que tenham gostado do consultório de hoje! Se virem que vos posso ser útil em alguma questão que tenham para a semana, não hesitem em deixar nos comentários as vossas questões 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

A minha análise psicológica a Bruno de Carvalho

meme-de-bruno-de-carvalho.jpg

    No outro dia estava o gajinho a falar-me do Bruno de Carvalho, e da sua insistência em continuar a ser o Presidente do Sporting (mesmo contra tudo e contra todos), e eu comecei a dizer-lhe que, se esse homem fosse meu paciente, eu já sabia qual era o seu diagnóstico, e prossegui a dizer-lhe. E o gajinho virou-se para mim e disse: "Olha que excelente ideia para um post no teu blog! Fazeres o perfil psicológico do Bruno de Carvalho! " E não é que é mesmo?

    Claro que esta é altura de colocar aqui um disclamerzito a dizer que, como é óbvio, (e graças a Deus, se mo permitem), eu não conheço este senhor pessoalmente, por isso posso estar enviesada no meu "diagnóstico". Tudo aquilo que digo é com base naquilo que oiço, que me dizem, ou que vejo, de atitudes do ex-presidente do Sporting.

    Ora cá vai! A meu ver, o Bruno de Carvalho pode ter um transtorno de personalidade narcisista. Este transtorno ocorre em pessoas que têm grandes sentimentos de superioridade e omnipotência, e grande necessidade de serem admirados pelos outros. Ambiciosos pelo sucesso, riqueza e poder, e aparentemente confiantes, os indivíduos com transtorno de personalidade narcisista aspiram a altos cargos, mas muitas vezes têm dificuldade em mantê-los devido à sua dificuldade em lidar com críticas, e adversidades que surjam.

    Quando sentem a sua imagem "atacada" tendem a reagir de forma impulsiva e agressiva. Invejosos e arrogantes, estes indivíduos normalmente não sentem culpa por usar os outros como meios para atingir o seu fim.

    O que acharam? Acham que a análise psicológica encaixa ao ex-presidente do Sporting que nem uma luva, ou nem por isso?

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

5 Razões pelas quais eu gostava de ser homem (no Verão)

1) Podem andar por todo o lado sem a parte de cima vestida (porque está calor), e ninguém lhe diz nada. Se eu fosse para a rua sem a minha parte de cima era o escândalo! 

2) Têm o cabelo curto e não ficam hiper-transpirados no pescoço nos dias quentes. Agora vocês dizem: "Ah e tal, mas vocês também podem cortar!" Poder podia, mas a minha cara ficava a parecer um ovo com uma testa gigante. So that's a no, no. 

3) Podem andar com as pernas e braços todos peludos que ninguém quer saber. Já nós, todos os dias temos que ter uma conversa com a nossa querida amiga gillette, se estivermos a pensar andar de saia.

4) Não têm que se preocupar se estão com o período ou não quando combinam uma saída na praia ou na piscina porque duh... não têm!

5) NÃO TÊM QUE ESTAR NA FILA DA WC, NOS FESTIVAIS DE VERÃO! No último festival que fui estive quase uma hora na fila para a casa-de-banho das mulheres...

 

Há mais de certeza, eu agora é que não me escorre mais nenhum... Mas isto já me passa, de certeza. Estes 32º cá do sítio estão-me a querer queimar os neurónios também... 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

#10DomingoConsultório: Namoro uma pessoa que tem depressão... o que fazer?

depression.png

    Boas maltinha! Como vão os meus bloggers favoritos da sapoesfera?

    Apesar de hoje (já) não ser domingo, ontem foi-me impossível lançar o post a horas decentes, e por isso temos hoje o nosso Consultório a estrear nesta segunda-feira!

 

    A pergunta de hoje vem da minha querida amiga vox nihili, que é honestamente uma das melhores pessoas que conheço, e por isso aconselho a todos vocês a seguirem-na! A Vox pergunta-me por "Conselhos para lidar com alguém com depressão. Namoro uma pessoa que tem depressão, e gostaria de saber como lidar com ela."

 

    Em primeiro lugar é importante informarmo-nos sobre o que é a depressão. A depressão é caracterizada por sintomas de grande tristeza, mudanças de humor (estados de grande excitação seguidos de ataques de fúria, por exemplo), ansiedade, dificuldade em adormecer, perda de interesse nas atividades diárias, dificuldade de concentração e em tomar decisões, presença frequente de pensamentos suicidas, etc.. Conforme o tipo de depressão, estes sintomas podem demorar desde duas semanas até anos (é o caso da depressão crónica).

    Caso estejamos perante uma pessoa que apresente este tipo de sintomas, ou que tenha sido devidamente diagnosticada, há várias coisas que podemos fazer:

1- Falar à pessoa sobre o que é a depressão. Mostrar a sua preocupação pelo estado de saúde da pessoa (Utilizar frases como: "Ultimamente tenho-te reparado um pouco mais em baixo do que é normal, passa-se alguma coisa?"), e informá-la sobre o que é a depressão, e que pode ser tratada. Esta conversa é importante tê-la num momento em que a pessoa se sinta confortável para falar. Caso mostre resistência ou negue os seus sintomas, é necessário ser paciente e dar tempo para que se abra connosco. Cada pessoa tem o seu tempo.

2 - Fornecer uma rede de apoio. Também se deve falar-lhe da importância do tratamento psicológico e da medicação, procurar grupos de apoio e aplicações que ajudem a lidar com a depressão. Acima de tudo, deve-se mostrar disponível para ajudar a pessoa com depressão. Utilizar frases como "Não estás sozinho, estou aqui para ti" ,"Agora pode ser difícil de acreditar, mas o que tu sentes vai passar", e "Tu és muito importante para mim. Posso não conseguir compreender totalmente aquilo que sentes, mas preocupo-me contigo, e estou disposto a ajudar-te". Nem sempre é fácil, pois como referi acima, as alterações de humor são frequentes no indivíduo com depressão, o que faz com que se torne difícil por vezes relacionar-se com ele, mas é fundamental mostrar-se disponível para ouvi-lo, sempre que assim for necessário.

3- Promover estratégias para lidar com a depressão. A depressão carrega um peso enorme sobre as pessoas, que as deixa sem energia muito facilmente. Outra das formas de ajudar o indivíduo com depressão é: levá-lo a sair de casa (combinar saídas semanalmente, fazer exercício físico juntos - que melhora o estado de humor...); encorajar novos hobbies; promover uma alimentação saudável; levá-lo às consultas de psicologia/psiquiatria, de forma a encorajá-lo a ir; dar reforço positivo do seu comportamento, pois as pessoas com depressão costumam ser duras consigo mesmas, etc.

4-  Ter noção de que não te cabe a ti curar a depressão do outro, e ser paciente. Por muito que lhe queiramos dar estratégias para a ajudar, em último caso, é a pessoa que as vai pôr em prática ou não. Cabe a nós, que estamos do outro lado, ser pacientes. Há que ter em conta que caso a pessoa comece um tratamento farmacológico, demora geralmente cerca de 3 meses a notar-se as primeiras alterações de sintomas.

5- Criar mecanismos de defesa para lidar com a pessoa. É importante para ti, e para todos aqueles que lidam com alguém que apresente sintomas de depressão, que não levem o pessimismo do indivíduo depressivo como algo pessoal. O que dizem e o que fazem são apenas sintomas da doença, e não um reflexo de nós. Quando te sentires "sugada" pelo pessimismo do outro, afasta-te, e protege-te. Ao ficares como eles não os ajudas, e só te prejudicas a ti. Afasta-te por um tempo, foca-te nas tuas atividades diárias que te dão prazer, e rodeia-te de pessoas positivas. Reconhece os teus esforços para ajudar a pessoa com depressão, mas não deixes que ambos se tornem dependentes um do outro, pois não é saudável para nenhum de vocês. 

    Em último caso, e se vires que a pessoa com depressão tem pensamentos suicidas recorrentes, contacta a linha de apoio à prevenção de suicídio SOS Voz Amiga: 21 354 45 45, 91 280 26 69 e 96 352 46 60.

 

E por hoje é tudo, espero ter ajudado! O que acharam do Consultório de hoje? Já sabem que, para terem aqui a vossa questão respondida, só têm que: comentar este post com a vossa questão (em anónimo se não se quiserem expôr, ou com o vosso blog), comentar o post do meu instagram que irá sair sobre o Domingo de Consultório Aberto, OU mandar um e-mail para umacartaforadobaralho@hotmail.com (onde podem, mais uma vez, identificar-se ou não, conforme queiram ou não manter o anonimato). 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Verão é sinónimo de festivais!

    Apesar de ter dito, noutros carnavais, que já estava velha para festivais de Verão (e toda a blogosfera ter gozado comigo - com razão ), ainda não é desta eu quebro a tradição de ir!

    Primeiro, porque sou teimosa, e quero mostrar que não, não sou velha para ir a festivais (os putos é que agora vão muito novos... No meu tempo não era nada assim!), e depois, porque há bandas e artistas que eu adorooo e não posso deixar de ir ver, - como é o caso da Carolina Deslandes, Expensive Soul, Virgul...

    E como todos os anos há uma música do festival que me fica na cabeça durante os próximos meses, a minha aposta, este ano, vai para esta música:

 

 

"Porque a Fila anda bebé, anda bebé, anda, anda bebé..." 

 

     Adivinharam qual é o festival que eu vou, com base nos artistas que disse?   E vocês, têm algum festival-tradição que vão todos os anos?

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Como festejar os anos em adulto?

    Para quem não sabe fica a saber: Agosto é o meu mês preferido! Para além de ser sinónimo de férias, praia, Verão e boa vida, Agosto é também o mês do meu aniversário.  Vou fazer 24 anos (que velha..), no dia 23, e por isso queria fazer alguma coisa para comemorar. 

    No entanto, ao navegar pela internet, apercebi-me de algo um pouco triste: há muito poucos artigos a falar de como festejar os anos em adulto. Desde quando é que só as crianças têm direito a fazer festas de anos? Quê, dos 18 para acima tornamo-nos aborrecidos? 

    Eu como gosto de pensar que não, dei-me ao trabalho de investigar (boas) ideias de sítios para fazer a nossa festa de anos, com o nosso grupo de amigos, e partilhar com vocês.

 

Restaurantes

Apesar de ser a opção mais cliché, a ideia de organizar um jantar num restaurante com toda a gente é sempre óptima! 

 

Piqueniques

 Este ano, para os meus anos, escolhi fazer um picnic com o meu grupo de amigos no campo, ao ar livre. Junta-se boa comida, jogos e muitas gargalhas! 

 

Parque de diversões

7.PortAventura-img.jpg

Somos adultos mas não somos parvos, certo? 

 

Viagem  

Também podemos escolher fazer uma viagem no nosso aniversário, - e passar os anos a explorar um novo local... Quem diz que não a isto? 

 

Fazer um Workshop

Seja de fotografia, de dança, de maquilhagem, línguas... A variedade é muita por onde escolher, e é sempre uma oportunidade de passar o nosso dia de forma muito original.

 

Paintball 

Apesar de nunca ter feito, parece uma atividade super divertida para se fazer em grupo! 

 

Festa na Piscina

Se tiverem algum amigo com piscina (1º, dêem-me o seu número), ou conhecerem uma boa piscina municipal, é sempre uma óptima ideia juntarem os vossos convidados e fazer uma Pool party!

 

Ir ao Zoo 

Sejam mais novos ou mais velhos, eu não conheço ninguém que não aprecie uma boa visita ao Jardim Zoológico, por isso acrescentei também esta sugestão para o nosso dia de anos. 

 

Escape Room

 Vou ser sincera, as Escape Room assustam-me um bocado, - também devido ao meu medo de espaços fechados... - no entanto, acho super giro a ideia de passar umas horinhas com os nossos amigos a tentar resolver enigmas e puzzles misteriosos... Por isso se também forem adeptos, já sabem!

 

Passeio de Barco

barco.png

 Hoje em dia encontra-se facilmente, à venda, vouchers de passeios de barco e de cruzeiro: o Sapo Voucher, o Goodlife e a Lifecooler são alguns dos sites onde se pode encontrar.

 

    O que acharam destas sugestões? Onde, e como, costumam festejar o vosso aniversário? 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

#9DomingodeConsultório: Como lidar com os medos das crianças?

monstro.png

    Boa tarde a todos os que por aqui passam, espero-vos bem!  Hoje venho falar de medos, e de como (tentar) ultrapassá-los em criança.

 

    A pergunta foi-nos feita pela nossa querida Rute, do blog "O meu maior sonho", que é hoje a nossa convidada: "Como lidar com crianças que tem vários tipos de pânico? Refiro-me a medos misturados com pânico, tipo pânico em estar em zonas com muita gente, barulhos etc. Obrigada"

 

    Cara Rute, visto me especificares um medo em concreto, é nele que me vou concentrar. O medo de estar em locais com grandes multidões tem vários denominações, sendo uma dos mais populares a Enoclofobia. A enoclofobia consiste neste medo irracional de multidões, que são consideradas muito barulhentas para o indivíduo. As causas podem muitas vezes ser genéticas, eventos de vida traumáticos ou stressantes, entre outros... e ocorre normalmente em pessoas tímidas.

    Os sintomas caracterizam-se por: uma ansiedade e mau-estar geral em zonas com muita gente (que pode provocar um ataque de pânico, no seu extremo), aceleração do ritmo cardíaco, suores frios, tremores, etc. E de acordo com a gravidade dos sintomas, e se os ataques de pânico forem demasiado frequentes, aconselho-te a marcar uma consulta de psicologia, para a criança ser avaliada e ver o tipo de acompanhamento que precisa.

    De qualquer modo, há várias coisas que os pais das crianças podem fazer para tentar diminuir este medo:

1) Falar com a criança sobre o seu medo. Não minimizar aquilo que sente, nem apressar para tentar ultrapassar a fobia é essencial. A criança precisa de se sentir à vontade para falar sobre o seu medo, de modo a sentir-se compreendida. Deve perguntar-lhe de que tem medo, porquê, e partilhar com ela os medos que também teve, em criança - de forma a ela sentir que empatiza com a sua dor.

2) Ensinar estratégias para ultrapassar o que sente. As crianças pequenas tendem a imitar os comportamentos dos adultos. Ao mostrar à criança que está confiante e segura em lugares com muita gente, está a dizer que nada de mal lhe acontece se ela fizer o mesmo, logo, está a dar o exemplo para ela. Para além disso, há também a técnica de dessesibilização sistemática: implica apresentar à criança o estímulo de que ela tem medo, segundo uma hierarquia do menor ansiogénico, para a maior. Neste caso seria, por exemplo, começar por expôr à criança algumas pessoas estranhas à sua volta (o menos ansiogénico para ela), e ir avançando gradualmente até grandes multidões (o maior ansiogénico). Em terapia, esta avaliação da hierarquia é feita, e identificada, pela própria criança. Ter um membro da família no momento de enfrentar o seu medo é também fundamental. A criança pode conversar com ela, dar-lhe a mão, e 'centrar-se' nela, para diminuir o surgimento de pensamentos negativos no momento de confronto com o medo.

3) Ensinar técnicas de respiração. A respiração profunda é uma delas, onde se diz à criança para imaginar que os seus pulmões são balões, e que ela deve deixar esvaziá-los lentamente. Este tipo de técnicas deve ser feito quando a criança está prestes a enfrentar o estímulo fóbico, durante o confronto, e depois. O ideal é, se a criança tem tendência a ser muito nervosa, fazer respiração profunda no seu dia-a-dia, uma ou duas vezes por dia é o recomendado.

 

O que acharam do Consultório de hoje? Já sabem que, para terem aqui a vossa questão respondida, só têm que: comentar este post com a vossa questão (em anónimo se não se quiserem expôr, ou com o vosso blog), comentar o post do meu instagram que irá sair sobre o Domingo de Consultório Aberto, OU mandar um e-mail para umacartaforadobaralho@hotmail.com (onde podem, mais uma vez, identificar-se ou não, conforme queiram ou não manter o anonimato). 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Os super-bloggers!

 

    Sei que tenho andado um pouco ausente, mas entre viagens cá e lá, o tempo para estar à frente de um computador tem sido muito reduzido (olhem para mim, a vida de uma pessoa que está de férias é tão complicada... )

    No entanto, ontem à noite estava a pensar precisamente no blog e veio-me uma coisa à cabeça: "Oh meu deus! Eu sou como o Super-homem, eu tenho duas personalidades: A minha, e... a Carta!"

    Pensem comigo, os bloggers anónimos, - e agora refiro-me aos anónimos especificamente, - são todos uma espécie de agentes inflitrados na sociedade. De manhã fazem a sua vidinha, saiem com os seus amigos e namorado/a, passeiam o cão ou o gato... uma vida igual a tantas outras. Porém, à noite, ligam o computador, metem os seus disfarces e as suas capas, e tornam-se bloggers anónimos na internet! Prontos a salvar o mundo com as suas críticas opiniões, e pertinentes dicas. E nunca ninguém sabe a sua verdadeira identidade... não é um máximo?

    Podem já se ter cruzado comigo no supermercado um dia, ou podem ainda ser um colega meu de trabalho! Nunca irão saber pois estou "disfarçada".

    Claro que eu ao pensar nisto, veio-me à cabeça outro tipo de questões como: "Epa, se eu sou como um Clark Kent da vida real, qual é o meu poder de super-herói?" Provavelmente não tenho super velocidade (para escrever) como o Super-homem da DC, e tão pouco tenho visão raios-X (e consigo ver para além dos blogs). Mas talvez possa dizer que o meu super-poder seja... distrair (e possivelmente divertir) quem me lê, e educar um bocadinho acerca do que é a psicologia (e "desmistificar" o bicho-papão da doença mental). O que acham? Concordam?

    Para todos os bloggers - anónimos ou não -, qual acham ser o vosso super poder, enquanto blogger? Estou curiosa para saber o que pensam... 

 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Pág. 1/2