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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Diário da Gratidão: Dia 24, 25 e 26

(tenho andado um pouco desaparecida, i'm sorry...)

 

Dia 24: Agradeço por ter tido treino de condução com o meu pai, que é o melhor instrutor de condução do mundo (e com mais paciência para mim! );

Dia 25: ...por ter conseguido terminar (finalmente!) o meu artigo científico!;

Dia 26: ...por ter conseguido requisitar um dos livros que já há mais tempo ando "à coca" na biblioteca: O 'Prometo Falhar', do Pedro Chagas Freitas. Alguém por aí conhece, ou já leu?

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#24DomingodeConsultório: Porque me sinto tão só?

 

    Há dias estava a ler um artigo de psicologia, cujo tema achei tão interessante, que resolvi partilhar convosco. O artigo dava conta de algo que não é realmente novidade para ninguém: A solidão é, atualmente, um dos grandes males da sociedade. Mas como é que, com os meios de comunicação social cada vez mais acessíveis - que nos facilitam ligações aos outros quase instantâneas -, nos sentimos cada vez mais "desligados" do mundo (e de nós)?

    A meu ver, esta facilidade em aceder à realidade de outras pessoas leva-nos a criar representações ilusórias acerca da sua vida, e consequentemente, a criarmos sentimentos de inveja, tristeza, desilusão... Por isso é certo que o tempo que gastamos online vai definitivamente ser "descontado" no (nosso) mundo real. Agora a questão é: Como podemos nós deixar de nos sentir sós/isolados?

 

1) Focarmo-nos no aqui e agora. Já vos disse que a causa da depressão são os nossos pensamentos à volta do passado? E que a causa da ansiedade é a nossa preocupação com o futuro? Posto isto, escusado será dizer que só em raros momentos é que nós estamos realmente focados no momento presente (que é o único espaço onde realmente estamos a viver)... não é estranho?! Ao nos darmos conta disto, já vai ser mais fácil para a próxima vez não nos dispersarmos tão facilmente.

2) Valorizarmo-nos. Quando vivemos revoltados com a imagem que temos, mais facilmente nos sentimos desligados de tudo e de todos, principalmente de nós próprios. O nosso corpo é único e belo, e devemos valorizá-lo da melhor maneira possível. Nós somos suficientes, exatamente como somos. O nosso valor é-nos inerente, não precisamos dos reconhecimentos de outros. E todos aqueles pensamentos que dizem o contrário são fruto da nossa mente, e dos nossos pensamentos negativos. 

3) Diminuir o sentimento de "perfeccionismo". O perfeccionismo é aquilo que mais nos afasta da realidade, pois coloca-nos numa expetativa tão alta (e  ilusória), que ao invés de servir de motivador para a ação, apenas nos causa ansiedade e stress acrescido. Quantas vezes dizemos para nós "Devia ter feito isto, sido o melhor naquilo..." em vez de dizermos simplesmente "Fiz isto."

4) Definir prioridades. O tempo é um dos nossos maiores bens, e para usá-lo da melhor forma é fundamental distinguir o que é uma prioridade na nossa vida. Se começarmos o dia a fazer algo que é importante para nós, mais rapidamente temos energia para outras tarefas do dia-a-dia.

5) Desligarmo-nos das tecnologias! Quanto tempo por dia gastamos nestes aparelhos tecnológicos? Provavelmente a nossa resposta é sempre a mesma "Mais do que devíamos", mas e se passassemos a controlar melhor as horas gastas neles? Às vezes, por causa do nosso emprego, é inevitável não estar algum tempo ao computador, ou atender uma chamada de telemóvel urgente... mas será sempre este o caso? Substituir esse tempo pela leitura de um bom livro, um passeio ao ar livre, uma boa sesta, a prática de meditação... são sempre excelentes ideias!

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Diário da Gratidão: Dia 23

 

    Hoje quero agradecer ao Sporting por - apesar de não ter jogado nada de especial -, ter vencido a Taça da Liga e, por conseguinte, ter feito a minha mãe feliz!  (Porque eu pessoalmente não ligo nada ao futebol...)

    Por esses lados, quem é também um adepto leonino?

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Diário da Gratidão: Dias 21 e 22

 

    Grata por ter reconectado com um amigo de longa data: os meus queridos M&M's amendoim.

    Para juntar à festa, agradeço também por ter arranjado novas séries para ver (enquanto o estágio não começa, são as minhas maiores entretenhas).

    M&M's + séries = Amor para a vida 

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O Culpado: o filme "audiobook"

 

    Há dias fui ver este filme ao cinema, e foi algo de tão incrível que nem havia hipótese de não fazer review no blog!

    Sem vos dar spoilers, vou só dizer o básico (que podem ver no trailer). O filme é um thriller, e é todo ele passado numa central de emergências (sim, uma hora e meia de filme toda passada no mesmo local!), onde trabalham aquelas pessoas que atendem os telefonemas do 112. Por isso, aviso-vos já: se não gostam de filmes parados, ou se a vossa perdição são filmes cheios de ação e movimento, este filme não é definitivamente para vocês.

    No entanto... se gostam de boas histórias, cheias de suspense, mistério e bons finais (como eu!), podem continuar a ler. O que acontece é que a história foca-se num ex-polícia, que durante o seu trabalho, atende uma chamada de urgência de uma mulher raptada. No entanto, a chamada vai abaixo e a partir daí o protagonista começa a fazer tudo o que tem ao seu alcance para conseguir resgatar esta mulher em perigo. Mas... o crime toma proporções que ninguém estava a contar.

    Na minha opinião, este filme é genial não só pela história que nos prende desde o início, como também pela forma como ele está feito. Como vos disse, ele é todo passado numa central de emergências, o que implica que toda a "ação" que acontece é passada através dos telefonemas que o ex-polícia recebe: desde os gritos que ele ouve da mulher raptada, até ao diálogo com o seu raptor, etc. Vocês em momento algum vêem as personagens onde o crime acontece, apenas ouvem as suas vozes, os seus passos, etc. Tudo o resto cabe-vos a vocês imaginar o que aconteceu!

    Por isso, meus caros, é que considero este filme um excelente audiobook, e uma excelente oportunidade para colocarem a vossa imaginação em prática.  "O Culpado" tem a classificação de 7,6 no IMDB, e o seu trailer está disponível aqui, caso queiram dar uma espreitadela.

    Conhecem o filme? Se sim, qual foi a vossa opinião?

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Diário da Gratidão: Dias 17 e 18

(Parece que já me acostumei a fazer isto aos pares ).

 

    Ontem quero agradecer por todo o feedback que tive ao post "Porque é que os pais não gostam dos filhos?"! Seja ele bom ou mau, o que me interessa é que falem  Estou a brincar, obviamente. Tudo o que seja comentários construtivos é o que se quer!

    E hoje quero agradecer pela minha fantástica psicóloga, que tão bem cuida da minha saúde mental! (sim, porque os psicólogos também precisam...) 

    Que tal vos correu esta segunda-feira (chamada supostamente "triste", por aquilo que dizem...)?

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#23DomingodeConsultório: Porque é que há pais que não gostam dos filhos?

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    Bom Domingo a todos! Hoje o tema do post foi sugerido por uma querida leitora (obrigada desde já pela vossa participação! ), que colocou a seguinte questão:

 

"Gostava de saber por que é que há pais que não gostam dos filhos enquanto estes são crianças, e passam a gostar e a tratá-los bem quando estes se tornam adultos."

 

    Em primeiro lugar, acho importante esclarecer aqui uma questão: não se trata dos pais não gostarem do filho, em si, por aquilo que ele é (qualidades físicas e/ou psicológicas), mas antes por não gostarem de estar no papel de pais! Estudos recentes demonstram que 3% das mães não sentem prazer na maternidade (não se sentem preparadas ou simplesmente não gostam de ser mães), e daí a falta de amor que lhes possa estar associada.

  Outra das razões tem a ver com a relação que a mãe estabelece com o filho à nascença - que se dá pelo nome de vinculação. Esta vinculação pode ser segura se a mãe consegue ter uma boa relação com o filho, ou, caso contrário, insegura.

    E dentro da vinculação insegura encontra-se: a vinculação evitante (onde a mãe está indisponível para a criança, ou rejeita-a - vai originar um adulto com baixa auto-estima e medo em relacionar-se com os outros), a vinculação ambivalente (onde a mãe é inconstante nas suas ações, e imprevisível - vai originar adultos ansiosos, e hostis) e a vinculação desorganizada (no qual a mãe pode se revelar abusiva, ou extremamente negligente, e leva a desenvolver adultos muito inseguros, que não se sentem merecedores de amor).

    A forma como a vinculação é feita tem muito a ver com a história de vida da própria mãe, e da forma como ela foi educada pelos seus pais. Os padrões são, muitas vezes, repetidos. Pais que foram vítimas de maus tratos tendem a gerar filhos abusivos, pais fragilizados e que não sentiram amor em infância geram filhos frios e distantes, por aí fora... E isto não significa necessariamente que não gostem dos seus filhos, mas sim que foram ensinados que é assim que se demonstra o seu "amor" por alguém.

 

    Em relação à segunda parte da tua questão: Não gostarem dos filhos em crianças, mas tratá-los bem em adultos; também pode haver várias explicações para isso. Pode dar-se o caso do filho não ter sido planeado; dos pais terem uma má relação entre eles, e associarem o filho ao parceiro a que têm más recordações; terem sofrido de uma depressão pós-parto (que afeta de 10-20% das mulheres, e de 3-10% dos homens em Portugal), etc.

    É preciso ter em conta que a parentalidade implica todo um processo de aprendizagem, e que ao início se revela muito mais desafiante e difícil para os pais.

    Para finalizar, é importante deixar claro que, a incapacidade de um pai sentir amor pelo seu filho pode também estar relacionado com a falta de empatia emocional, ou seja, a sua incapacidade de sentir e partilhar emoções com os outros. Isto implica que ele pode sofrer de algum tipo de distúrbio mental como: transtorno de personalidade narcisista, psicopatia ou sociopatia, esquizofrenia, transtorno de personalidade esquizoide ou transtorno de personalidade histriónica.

 

    E por hoje ficamos por aqui. O que acharam deste Consultório? Têm alguma questão para o próximo domingo? 

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