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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

A minha primeira aula de Yoga

    Este fim-de-semana fui experimentar uma coisa que já queria fazer há imensooo tempo: Yoga! (para iniciantes - supostamente...)

    E digo supostamente porque se aquilo foi para iniciantes... Eu nem imagino o que será o yoga avançado! 

    Eu sabia que o yoga tinha algumas posições mais puxadotas, mas nunca pensei que isso seria numa aula para iniciantes. Para iniciantes eu sempre imaginei a típica posição de ficar-sentado-com-pernas-à-chinês, as costas direitas, e os dedos das mãos com o formato "O", enquanto murmurávamos "Mmmmh" e fazíamos exercícios de respiração.

    Mas não, foram todos uns exercícios de mulher elástica, que está a fazer uma prova de equilibrismo para ver se entra no circo! T-o-t-a-l-m-e-n-t-e diferente do que eu imaginava.

    Não que não tenha gostado, mas sinto-me fisicamente de rastos. Eu já não sou mulher de fazer exercício físico só por si (na escola a minha pior cadeira era Educação Física, hoje em dia não troco transportes públicos por nada pois odeio andar a pé, e fazer caminhadas entristece-me a alma), por isso podem imaginar o choque que tive quando descobri que ia fazer ginástica naquele dia... 

    O que eu achava mais piada, também, era às instruções da instrutora, depois de nos dizer para fazermos aquelas posições todas emaranhadas:

"E não se esqueçam, concentrem-se na vossa respiração!! E descontraiam!"

    Say what?! Como é que é suposto eu concentrar-me na minha respiração quando tenho todos os membros do meu corpo, que posso imaginar, em esforço?! Eu só conseguia pensar em como é que ia conseguir juntar os meus ossinhos todos, depois de sair dali...

 

    Por isso, depois disto tudo, digamos que tenho todo um novo respeito pelas pessoas que fazem yoga.  Algum de vocês já praticou?

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#8DesafioSelfcare

 

DESAFIO DA SEMANA:

Hoje, troque o café pelo chá.
 
 
    A ingestão regular de chá ajuda não só na diminuição de stress e ansiedade, como também na melhoria da qualidade do sono, diminuição da tensão arterial e maior promoção de relaxamento. Auxiliando, desta forma, no tratamento de problemas neurológicos, como a insónia e a depressão. Por isso como vêm, são vários os (bons) motivos para trocarem os cafés pelos cházinhos! 
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Casados à 2ª vista

 

    Este fim-de-semana estreou os "Casados à primeira vista", e OH-MEU-DEUS-EU-TINHA-TANTAS-SAUDADES-DAQUILO!!
 
    (E quero desde já vos dizer, que não quero ler nenhum spoiler na caixa de comentários, que serão todos exterminados, e mandados para o Inferno! )
 
    Em relação aos meus comentários sobre os casais que se conhece, até agora:
 
Ana Raquel + Paulo = Foi o outro "Sónia e João" do programa, onde tiveram que pôr uma gajinha, má como as cobras, com um pobre coitado que só queria casar, e encontrar o amor (ou ser famoso?!… - ainda por averiguar)
 
Inês + Hugo = Vou ser sincera, quando me apercebi que tinham posto um agricultor nos Casados pensei que estava a ver o programa errado, por momentos…  Ele parece um típico cromo, com um ar bem-disposto e divertido, agora a ver se a Inês já não tem esse repetido na sua caderneta...
 
Marta + Luís = Pobres infelizes. Então já não basta terem tido um date falhado no passado, como agora terem de casar com ele, em plena televisão nacional? Não podiam ter tido melhor pontaria. Eu aconselhava-os a jogarem o Euromilhões!
 
Pedro + Liliana = Já estou a ver que vai ser o casal sensação do momento. E também já estou a ver o quão desiludida irei ficar quando descobrir que não ficam juntos no final (tenho cá um feeling, espero estar enganada... ).
 
    Qual é a vossa opinião sobre a segunda temporada dos "Casados à primeira vista"? Têm visto os diários?
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#36DomingodeConsultório: Como escolher o psicólogo mais adequado?

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    Bom Domingo a todos! Parece que este dia tem durado, e durado, não é? Quem diria que ainda estamos no fim-de-semana... Se calhar ninguém, porque não estamos! 
    A verdade é que ontem não saiu Consultório, porque me foi impossível, então resolvi fazer hoje.
    E como convidada de hoje temos a nossa (doce) Sweet; que coloca a seguinte questão: 
 
"Podias fazer um post sobre encontrar o profissional certo para cada pessoa e como escolher o psicólogo que mais se adequa? É que eu acho que muitas pessoas ficam no primeiro psicólogo que lhes aparece, mesmo que não estejam a melhorar, porque têm medo de não encontrar melhor."
 
    Ora, não tanto posso, como aqui está ele! Essa é uma pergunta um pouco tricky, porque acredito que muitas vezes seja uma questão de nos identificarmos, ou não, com a personalidade do psicólogo (e haver o tal 'match', que vos falei em tempos).
    No entanto, existem vários tipos de profissionais de psicologia, cada um com a sua vertente clínica, que vão ditar a forma como o profissional atua, e faz as suas interpretações.
 
    São algumas dessas abordagens...
  • A cognitivo-comportamental (uma das mais frequentes): Nestas consultas, o psicólogo tem um papel mais activo, e pretende ensinar ao paciente formas mais adequadas de viver a sua vida; identificar e avaliar pensamentos da pessoa, e como estes podem interferir no seu comportamento. Por isso são mais intervenientes nas sessões, e dão técnicas específicas para utilizar no dia-a-dia. Mais utilizada em casos de: depressão, transtornos de ansiedade, de pânico, obsessivo-compulsivo, fobias, etc.
  • A sistémica: Os psicólogos que seguem esta vertente, estudam o indivíduo dentro dos seus relacionamentos (familiares, de casal, etc), e a sua forma de comunicar. E por isso a sua abordagem incide não só na pessoa que tem à sua frente, mas também nos seus contextos de vida. Frequentemente utilizada em terapia familiar.
  • A existencial: Nesta abordagem não se tem em conta os sintomas nem a doença do paciente, mas apenas a relação que existe entre este e o terapeuta - é a mais filosófica. Aqui, o objetivo da intervenção é levar a pessoa a procurar um significado para a sua existência.
  • A dinâmica: Segundo este tipo de intervenção, o nosso comportamento é determinado por processos mentais inconscientes, construídos durante a infância. São, por isso, psicólogos mais focados em explorar o passado da pessoa, menos intervenientes, e que dão por isso mais espaço à pessoa, para falar. Útil para tratar casos de depressões profundas, traumas de infância, etc.
  • Psicanálise: Seguem o mesmo tipo de abordagem da vertente dinâmica, no entanto a intervenção é feita no divã, e é mais demorada (um tratamento pode demorar anos!). E são utilizadas técnicas como a associação livre de ideias, a interpretação de sonhos, etc. 
  • Etc. (existem muitas mais, mas estas são algumas das mais frequentes)

 

    Espero ter-vos sido útil, e tenham uma óptima semana! 

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#7DesafioSelfcare

DESAFIO DA SEMANA:

Amanhã, acorde cedo e dê uma caminhada de manhã.
 
 
    A prática regular de exercício físico ajuda não só a melhorar a nossa saúde física, como a diminuir os nossos níveis de ansiedade, stress, e depressão. Para além disso, ajuda a regular os nossos estados emocionais. Por isso, têm aí muitas boas razões para fazer exercício, como podem ver! 
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Porque é tão importante cuidarmos da nossa saúde mental?

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    Aparentemente hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental (10 de Outubro), e por isso hoje fiz questão de vos falar um bocadinho sobre isto do que é a saúde mental, e porque é tão importante cuidar bem dela...
 
    Em Portugal existem cerca de 48 mil pessoas diagnosticadas com alguma doença mental. A depressão, em particular, é das doenças mais incapacitantes do séc. XXI., e daí surge a necessidade de existirem acompanhamentos psicológicos, bem como um maior número de psicólogos no SNS.
 
    Apesar disso, muitas das pessoas que necessitam, continuam a não ter apoio psicológico, por vários motivos (dificuldades económicas, desconhecimento de que sofrem de uma patologia, estigma associado ao tema, etc.). Mas é para estas últimas que me dirijo hoje.
 
Quando estamos com uma doença física (dor de cabeça, infeção na garganta…), vamos ao médico para nos tratarmos e ficarmos bem, então porque razão não fazemos o mesmo quando se trata de uma doença mental?
 
 
    Aqui vão alguns factos para ajudar a desmistificar o papel do psicólogo:
 
1- Ir ao psicólogo não é "ir falar com um amigo". Muitas pessoas não vão ao psicólogo porque acreditam que é o mesmo do que conversar com um amigo, e é esse tipo de pensamentos que os impede de procurar ajuda. O papel do psicólogo é não só escutar, como também tentar encontrar hipóteses explicativas para o que está a acontecer com a pessoa que está à sua frente, utilizando os seus conhecimentos técnicos.
2- O psicólogo não passa medicação, passa conhecimento. Ao contrário do psiquiatra, nós psicólogos não temos o curso de Medicina, e por isso não podemos prescrever medicamentos. Assim, a intervenção psicológica é feita através da interação entre os dois, - cliente e psicólogo -, onde um tem o conhecimento científico e técnicas para aplicar, e o outro tem de decidir a melhor forma de colocar essas mudanças em prática.
3- Não é como nos filmes, onde os psicológos são vistos por vezes como figuras sensionalistas, que são capaz de mudar a vida das pessoas num abrir e fechar de olhos. Na verdade, existem várias abordagens para se usar em psicologia, e com elas várias técnicas diferentes. Cada abordagem clínica tem a sua explicação do comportamento humano, e por consequência, a sua forma de intervenção. Por exemplo, se o psicólogo se identificar com uma abordagem cognitivo-comportamental, isto significa que, em sessão, ele tem um papel mais activo, onde pretende ensinar ao paciente formas mais adequadas de viver a sua vida; identificar e avaliar crenças (pensamentos) do sujeito, e como estas podem interferir no seu comportamento. 
 
    Por isso, como veem, não há nenhuma fórmula mágica que os psicólogos usem para tratar os seus clientes, e há que ter em conta que cada caso é um caso. Nunca se esqueçam que cada psicólogo é, acima de tudo, um ser humano - ele próprio com os seus valores, e personalidade. E é normal se não se identificarem logo com o primeiro psicólogo que vos calhar. Porque como em todas as relações, também a relação entre psicólogo-cliente tem de fazer o seu 'click', e nem sempre é amor à primeira vista... 
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#20Review: Joker

(com spoilers!)

 

    Este fim-de-semana fui com o gajinho ver o "Joker", que era um filme que ele já queria ver há imenso tempo; e achei imensa piada porque eu, acabando inicialmente por ir 'arrastada', acabei por gostar muito mais do filme do que ele 

    Isto porque tínhamos expectativas completamente diferentes do que o filme acabou por ser. Ambos pensávamos que ia ser um filme de super-heróis para a malta jovem, de ação, com o Batman lá à mistura... E afinal acabou por ser um filme bem adulto, com temas atuais, e que nos faz sair do cinema a refletir sobre o papel da sociedade na integração de indivíduos que se sentem completamente excluídos.

    O filme relata a história de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix - que, btw, está EXCELENTE no filme), que é apresentado como um palhaço triste e sem talento, e que se vai ocupando por trabalhos temporários e pouco dignos de forma a poder sustentar-se a si, e à sua mãe doente.

    Mas o próprio Arthur é também um homem doente. É acompanhado inicialmente por uma psicóloga, ao mesmo tempo que toma medicação para controlar os seus estados emocionais, - que são altamente instáveis devido a uma condição neurológica que ele tem, causando-lhe ataques de riso descontrolados cada vez que se sente melindrado emocionalmente.

    Portanto, em todo o filme o Arthur surge como vítima, constantemente humilhado e enganado por todos, o que lhe deteriora cada vez mais a sua saúde mental, ao ponto de ponderar cometer suicídio. E é nesta altura que se transforma no vilão Joker, onde se pretende vingar de todos aqueles que o humilharam e mal-trataram no passado.

    Apesar de não ser propriamente um filme cheio de reviravoltas e surpresas, o "Joker" ainda nos consegue surpreender em alguns momentos antes da completa transformação de Arthur Fleck. Mais, do ponto de vista psicológico, mostra na perfeição os períodos de descompensação que muitos dos doentes psiquiátricos passam (as alucinações, os delírios, os comportamentos impulsivos...), e a dor emocional que isso lhe causa.

    Por isso, se se interessam pela área da saúde mental e ficaram curiosos com aquilo que vos contei por aqui, aconselho-vos vivamente a verem este filme (é mesmo muito bom!!).

    Para finalizar, deixo-vos com a minha frase favorita do filme: ‘The worst part about having a mental illness is people expect you to behave as if you don’t.’

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#35DomingodeConsultório: Depressão sazonal - mito ou realidade?

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    Bom domingo a todos! Hoje trago-vos um tema sugerido pela nossa querida Nala:

"Podias falar sobre alterações de humor ligados à mudança de estação. Não sei se há algo cientifico que possa ser dito mas interessar-me-ia."

 

    Há sim, e desde já agradeço pelo óptimo tema.

    Na verdade, falamos de Depressão Sazonal quando um indivíduo passa por um conjunto de alterações de humor, nomeadamente episódios mais depressivos, numa determinada estação (sendo mais frequente no Outono, ou Inverno). Estes sintomas tendem, por isso, a começar e a terminar sempre na mesma altura do ano.

 

QUANDO DISTINGUIR UMA DEPRESSÃO SAZONAL DE UM EPISÓDIO DE TRISTEZA LIGEIRO?

    É normal existirem dias em que nos sentimos mais em baixo do que outros, por eventos de vida que passámos mais negativos e/ou stressantes, mas se sentirmos que a maior parte dos nossos dias sentimo-nos tristes e desmotivados para as atividades do dia-a-dia, pode ser necessário consultarmos um técnico de saúde mental.

 

Indivíduos diagnosticados com depressão sazonal têm, frequentemente:

  1. Tristeza e humor deprimidos (praticamente todos os dias);
  2. Ansiedade e pensamentos ruminantes (sobre os mais variados temas);
  3. Dores de cabeça;
  4.  Hipersonia – distúrbio de sono que se caracteriza por uma sonolência excessiva durante o dia ou sono prolongado à noite;
  5. Hiperfadiga – que se caracteriza por uma falta de energia, e cansaço físico e psicológico -, ou grande agitação psicomotora;
  6. Problemas de concentração;
  7. Aumento do apetite;
  8. E, em casos extremos, existência de pensamentos acerca da morte, e suicídio.

 

    Para além disso, para ser considerada depressão sazonal, deve haver sintomatologia depressiva durante um período de pelo menos 2 anos, e sem a presença de episódios depressivos durante outra altura do ano (para não confundir com uma depressão major, ou crónica). Também é importante distinguir uma depressão sazonal com um episódio depressivo associado a outros factores psicossociais externos, como o recomeço das aulas, ou atividade laboral.

 

TEM CURA?

A boa notícia é que a depressão sazonal é curável, e há várias ações que se pode tomar para combatê-la:

  • Sair e fazer caminhadas durante o dia. Visto a depressão sazonal estar relacionada com a diminuição de serotonina e melatonina (que acontece devido ao efeito que a luz tem sobre alguns dos nossos sistemas de neurotransmissores), os especialistas de saúde mental aconselham a sair durante o dia, para melhorar o estado de espírito e mantermo-nos ativos.
  • Também uma prática regular de exercício físico ajuda a estabilizar os estados emocionais, e a combater a depressão (o ideal é fazer 2x/semana, durante meia-hora).
  • Para além disso, é recomendada uma alimentação rica em peixe e marisco, que têm grandes quantidades de ácidos gordos de omega-3, e que por isso ajudam a melhorar o funcionamento do cérebro.

 

    No entanto, os psicólogos alertam para a necessidade de reconhecer os primeiros sintomas, e procurar ajuda psicológica. Tal como nos outros tipos de depressão, a depressão sazonal funciona muito bem com a intervenção cognitivo-comportamental, que ajuda a trabalhar os pensamentos negativos que ocorrem nessa altura do ano, e a desenvolver comportamentos mais adaptados para a pessoa. Se necessário, pode também ser recomendado a adesão medicamentosa (nomeadamente a prescrição de antidepressivos).

 

    E por hoje é tudo! Espero que este Domingo de Consultório vos tenha sido útil 

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