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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Como manter uma uma relação à distância, em tempos de pandemia?

No mundo em que vivemos atualmente, é comum vermos casais separados pelo isolamento, preocupados com as consequências que esta distância terá, a longo prazo, na sua relação.

É o meu caso e do gajinho. Não estando ainda a morar juntos, temos estado desde Março a viver esta relação à distância, com ocasionais saídas a 2m de distância em espaços abertos. Como podem imaginar, um verdadeiro paraíso não é?... 

E como é que se aguenta tanto tempo longe do vosso mais-que-tudo, perguntam-me vocês? Com muito amor, alguns desentendimentos e uma pitada de choro à mistura!

 

Seguem abaixo algumas dicas de como tornar esta fase um bocadinho (ligeiramente) mais suportável...

  1. Combinem horários para falarem (por chamada, ou vídeo), e cumpram. Apontem nas vossas agendas se for preciso! É importante que definam um horário, diário, para fazerem uma chamada e se porem a par das novidades.
  2. Falem MUITO! Não só é importante que comuniquem todos os dias, mas que tenham conversas de qualidade: esclareçam sempre mal-entendidos que tenham o mais rapidamente possível para o problema não se alastrar; aproveitem para se conhecer melhor; façam perguntas curiosas à vossa cara metade (aqui está um óptimo exemplo); combinem dates futuros; relembrem as vossas melhores memórias; façam chamada à noite e adormeçam ao telemóvel com o vosso/a namorado/a, etc.
  3. Divirtam-se juntos! Apostem sempre que possível nas videochamadas, façam partidas de jogos online (hoje em dia têm tantooo por onde escolher desde o Jogo do stop até ao Gartic - jogo do desenho), maratonas de séries/filmes na Netflix (o Netflix Party também vos pode ser muito útil porque permite-vos ver programas em simultâneo)...
  4. Inovem. Vou-vos dar o meu exemplo. No meu caso, eu comecei a escrever inicialmente um diário sobre o meu dia, que depois entregaria ao gajinho quando a pandemia acabasse, mas depois optei por fazer "vlogs" do meu dia. Assim, de vez em quando, principalmente quando tenho um dia mais interessante (que é muito raramente ), filmo o meu dia e no final envio-lhe o link. É como aquelas youtubers famosas fazem, a única diferença é que ele é o meu único subscritor... e não tenho aqueles comentários de haters, o que é uma enorme vantagem 
  5. Combinem dates... sempre com precaução. Quando já bate aquela saudade apertada, combinem encontros presenciais, sempre com o devido distanciamento e segurança. Aproveitem para fazer uma caminhada, praticar exercício físico juntos, passear num jardim ao ar livre... Apesar das opções serem mais limitadas do que o habitual, isso não faz com que não tirem um bom partido do vosso encontro, e dando largas à imaginação podem ir variando  e diversificando os vossos dates.

 

Claro que isto não significa que está tudo bem, e que devemos aceitar todas estas mudanças na nossa vida com naturalidade, porque não é isso que nos é pedido. O mundo como o conhecemos já não existe, e é normal que demoremos tempo a adaptarmo-nos a estas alterações. Contudo, o que vos posso dizer neste momento é para aproveitarem cada momento da vossa vida, não tomarem nada como garantido e dar o vosso melhor para serem pessoas melhores, e mais felizes. Tudo isto é temporário.

Espero vos ter ajudado de alguma maneira hoje. Estamos nisto juntos, e por isso era tão bom que nos uníssemos num momento tão difícil como este para nos ajudarmos uns aos outros, em vez de nos dificultarmos a vida. Já é complicado por si só termos de lidar com o que está a acontecer no mundo, por isso bora lá unirmo-nos e ajudar o próximo 

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Manter a forma durante a quarentena!

Porque nem só de saúde mental vive este blog (para choque de muitos vós...), hoje venho-vos falar do meu vício pela actividade física nos últimos tempos - que, atenção, é também muito importante para a nossa sanidade mental, e bem-estar!

Foi ainda durante o período do confinamento, onde só era permitido sairmos de casa para fazer exercício (tão bem que nós estávamos assim...), que eu, fartinha de estar em casa, arranjei a desculpa perfeita: sair dia sim dia não, de manhãzinha, para fazer uma corrida no jardim aqui ao pé da minha casa.

Verdade seja dita, nos primeiros dias foi mais uma caminhada do que propriamente uma corrida (quem me acompanha no blog há algum tempo sabe que nunca fui fã de exercício físico, e que Educação Física sempre foi a minha pior disciplina... ).

No entanto, com o passar do tempo fui melhorando, e diversificando também a minha actividade física. Atualmente faço mais exercício em casa, com vídeos do youtube ou através da app Adidas Training, que tem vários circuitos de treino com vários níveis de dificuldade (não é publicidade não se preocupem, que ninguém me está a pagar... ).

O vídeo que partilho hoje com vocês (acima) é de uma youtuber que tenho ficado viciada ultimamente, porque ela faz vídeos com treino de atividade física enquanto dança! Ora eu, que adoro dançar (principalmente músicas do Tik tok ), tenho ficado rendida a este tipo de vídeos.

Quem ficou com curiosidade, dê uma espreitadela! São vídeos muito catchy, mas puchadotes (no final do vídeo prometo-vos que vão ficar a arfar...), e que fazem um treino completo ao nosso corpo. Numa altura em que muitos de nós estamos a viver um estilo de vida mais sedentário, juntam-se a mim para tentarmos inverter este ciclo e melhorarmos a nossa saude física, e psicológica? 

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Não vamos falar disto?!

 

Em primeiro lugar, eu sei que vos tinha dito que estava de volta ao blog, mas com o regresso da minha ansiedade generalizada (e revolta com o corona em particular... ), não consegui de todo, e por isso peço-vos desculpa.

Hoje trago-vos um assunto que me deixa muito triste, pois adoraria não o ter de abordar desta forma.

Para quem não sabe, a revista Vogue Portugal lançou, numa das suas capas para a edição "Madness" deste mês, o tema da saúde mental. Esta seria uma óptima iniciativa não tivessem eles utilizado o termo "loucura" (=madness)  - expressão tão ultrapassada nos dias de hoje... -, para falarem de um assunto tão relevante como é a saúde mental.

Para piorar as coisas, tiveram uma capa para representar este tema no mínimo... infeliz. Uma das imagens escolhidas para a capa da revista (que se pode ver na imagem acima), mostra um cenário de hospital, onde uma rapariga se encontra dentro de uma banheira, com duas enfermeiras à sua volta que lhe dão banho.

Esta representação das doenças mentais não só está mais do que desatualizada, porque remete aos tempos antigos, onde haviam hospitais psiquiátricos que torturavam os doentes mentais pois eram vistos como 'estranhos', 'possuídos', 'obra do demónio' ou 'bruxaria'; como demonstra insensibilidade e preconceito em relação a este tema.

Este tipo de fotos não só é ofensivo para todas aquelas pessoas que sofrem de algum tipo de perturbação psicológica, como dá uma ideia totalmente errada daquilo que é uma doença mental, das pessoas que sofrem dessas doenças e de como é feito o seu tratamento.

Não somos 'malucos' por vivermos com uma doença mental. Nem 'fracos'. Não somos definidos pela nossa doença. Somos pessoas, como todas as outras, e calhamos a ter uma doença mental. 

E há muito mais pessoas portadoras de distúrbios mentais do que aquilo que se julga. Ainda para mais, estima-se que a pandemia veio agravar os quadros clínicos pré-existentes, e criar novos sintomas para indivíduos até então saudáveis. Veio também aumentar os casos de suicídio!

Por isso este é um assunto de extrema importância!! A saúde mental não é uma brincadeira, não deve ser um assunto para ser tratado levianamente, não deve ser romantizado. O tratamento destes pessoas é feito à base de psicoterapia/intervenção psicológica, e/ou psiquiatria (onde é feita a adesão medicamentosa).

Caso queiram saber mais acerca da intervenção psicológica, podem divertir-se a explorar a minha tag de #DomingodeConsultório, onde respondo a várias questões sobre várias problemáticas relacionadas com a saúde mental, e para conhecerem algumas das abordagens dos psicólogos durante as suas consultas cliquem aqui.

Acima de tudo informem-se muito bem acerca da saúde mental e da sua importância, e ajudem a desmistificar este estigma. Bora lá salvar vidas 

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