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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

#27DomingodeConsultório: Na mente de um psicopata...

 

    Apesar de ser esta a imagem que muitas vezes associamos a um indivíduo psicopata, nem sempre é esta a aparência que as pessoas com esta perturbação da personalidade apresentam (como devem imaginar...).

    Isto porque os psicopatas são mentirosos compulsivos, com tendência a manipular e enganar os outros para obtenção de prazer pessoal, ou lucro; e por isso muito dificilmente demonstram o que realmente são.

    Estas pessoas demonstram facilmente grande irritabilidade e agressividade, o que pode levar à violência física - e por isso os indivíduos psicopatas são protagonistas de muitos dos filmes de terror. Para além disso, eles apresentam muitas dificuldades em adaptar-se às normas sociais, e mantêm uma postura de grande irresponsabilidade na sua conduta. Os seus comportamentos costumam-se reger por um destes: agressão a pessoas e animais; destruição de propriedade, roubo ou grande violação de regras.

    A ausência de remorso, que é tão característico desta perturbação, é marcada pela indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, mal-tratado ou roubado alguém.

 

DIAGNÓSTICO

    A psicopatia só pode ser diagnosticada em indivíduos com mais de 18 anos, quando apresentam sintomas de transtorno da conduta antes dos 15 anos.

 

FATORES DE RISCO

    Este transtorno psicológico parece ter uma ligação a indivíduos com baixas condições económicas, que vivem em contextos urbanos.

    A psicopatia é mais frequente em indivíduos que tiveram pais com o mesmo tipo de transtorno (sejam pais biológicos, ou adoptivos - visto a importância dos fatores externos). Também o abuso ou negligência infantil, pais instáveis ou uma disciplina parental inconsistente pode aumentar a probabilidade do transtorno evoluir na idade adulta.

 

TRATAMENTO 

    Visto não haver ainda evidências de um tratamento para a psicopatia eficaz a longo prazo, o seu tratamento é centrado na melhoria dos sintomas a curto prazo. Assim, a forma de tratamento mais comum é a utilização medicamentosa (estabilizadores de humor e antidepressivos), apesar desta nem sempre se revelar 100% eficaz. Estudos revelam que o acompanhamento psicológico é também importante nesta perturbação, contudo, não origina mudanças na sua personalidade, mas ajuda antes a desenvolver maior controle sobre os seus impulsos e maior consciência pelos seus actos.

 

    Espero que tenham gostado deste Domingo de Consultório! Que temas gostariam que falasse para a próxima semana? 

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