Combater a ansiedade!
Começa com as palpitações fortes. Vem a angústia no peito, a dificuldade em respirar. E pronto, dêem as boas vindas aos ataques de ansiedade. Seguidos, frequentemente, do choro e sentimentos de tristeza.
Quando a minha psicóloga me disse que estava a passar por crises de ansiedade que estavam a afetar a minha vida pessoal, a forma como me sinto, e até o meu metabolismo, devo confessar que paniquei um bocadinho.
Quando disse que se continuasse a este ritmo podia chegar a um esgotamento nervoso, senti-me parada no tempo a ver a minha vidinha a andar para trás. Foi como um "despertar" súbito, duro e frio, para a realidade. E doeu.
Sabia obviamente que estava mais nervosa do que habitualmente, mais sensível. Agora, parece que levo tudo muito a peito, e a qualquer coisa que sinta como ataque pessoal, desato a chorar (o que não é muito normal...). Tenho dificuldades em adormecer, acordo muitas vezes e sinto que não descanso, e durante o dia parece que entro em 'piloto-automático'. Mas pensava, muito sinceramente, que isto fazia parte do meu cansaço à rotina, e apenas isso.
Na minha última consulta de psicologia apercebi-me que isto é sério, e que tenho que fazer alguma coisa para mudar. É engraçado quando passas os teus dias a dizer aos outros como melhorar a sua saúde mental, e quando chega a tua vez nem te dás conta que também precisas de melhorar a tua. Quase irónico, até.
Por isso, a minha psicóloga deu-me 'trabalhos de casa': treinar a respiração diagrafmática (pois pelos vistos a minha respiração está péssima); identificar pensamentos negativos que tenha e corrigi-los (pois muitas vezes estes pensamentos não passam de crenças errada, que não correspondem à verdade, como por ex: "no trabalho, vão me achar incompetente se não fizer isto e isto...") e treinar a minha assertividade (saber dizer que não aos outros quando é necessário, e pensar mais em mim). Parece fácil, não é? Desejam-me sorte...