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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

O coronavírus e o medo instalado

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Já não há quem não tenha ouvido falar nele. As notícias sobre o coronavírus multiplicam-se, e a divulgação de informações acerca desta epidemia está longe de chegar ao fim. Mas que impacto é que o coronavírus tem, afinal, na nossa saúde mental?
Hoje, o bastonário da Ordem dos Psicólogos publicou um artigo acerca dos efeitos psicológicos que este surto epidémico pode ter na população, e eu não podia estar mais de acordo com ele.
 
Atualmente, temos acesso a uma quantidade de informação brutal acerca desta doença, pois as notícias sobre ela são diárias: nos noticiários não se fala de outra coisa, enchem as primeiras páginas dos jornais, até no trabalho fala-se da importância da prevenção, e discute-se o alastramento da doença. É um facto incontestável!
Mas até que ponto não estão os media -e nós próprios (?)- a contribuir para a desinformação? Temos plena noção de que excesso de informação nem sempre é sinónimo de informação fidedigna… Especialmente quando ainda estamos numa altura de descoberta, e de conhecer realmente do que é que se trata o coronavírus.
Simultaneamente, o excesso de informação vai contribuir para uma maior dificuldade em interpreta-la levando, por isso, ao aumento da ansiedade e do stress; e ao desenvolvimento de outra componente, em nós,… o medo.
Por sua vez, o medo vai-nos levar a tomar atitudes irracionais e desesperadas, sem nos fazer refletir sobre as suas consequências. No seu extremo, pode levar ao caos. E nalguns países já estamos a ver muitos exemplos disso: supermercados com as prateleiras de refeições enlatadas vazias, pois as pessoas tencionam isolar-se do mundo de forma a manterem-se afastadas do vírus; o stock de máscaras e desinfetantes esgotado, etc.
Na minha opinião, é perfeitamente normal de se sentir alguma tristeza, desconforto e preocupação quando estamos perante uma epidemia deste género (pois quando desconhecemos algo, estranhamos); no entanto, quando estes sentimentos tomam proporções maiores, correm o risco de levarem ao isolamento social, ataques de pânico e, até, ao desenvolvimento de uma patologia depressiva.
Por isso, em alturas de crise, como esta que estamos a viver agora, é muito importante que não nos isolemos. Falar com amigos, familiares, e pessoas em quem confiamos são algumas das técnicas que nos podem ajudar a lidar com os sentimentos mais negativos.Devemos também: mantermo-nos focados num hobbie/actividade que gostamos, praticar exercício físico e manter estilos de vida saudáveis.
Para além disso, ao invés de esgotarmos o stock de comida enlatada, vamos antes apostar em escolhas alimentares saudáveis para manter o nosso sistema imunitário forte (porque isto sim, ajuda a combater as doenças!), e ao invés de abusarmos no uso das máscaras (que já se mostraram ineficazes na prevenção), vamos antes apostar na correta, e frequente, lavagem das mãos (com sabonete ou desinfetante), e ao invés de pararmos de comer carne (com receio de que os animais possam estar infetados), vamos antes cozinhá-la conforme as indicações da OMS.
Resumidamente, é importante tomarmos as precauções necessárias sim, mas há que ter em conta que apesar de todos os alarmismos (no meu ponto de vista, por vezes excessivos), a taxa de mortalidade do coronavírus permanece relativamente baixa, sendo também influenciada por muitos outros fatores.
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