Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Não vamos falar disto?!

 

Em primeiro lugar, eu sei que vos tinha dito que estava de volta ao blog, mas com o regresso da minha ansiedade generalizada (e revolta com o corona em particular... ), não consegui de todo, e por isso peço-vos desculpa.

Hoje trago-vos um assunto que me deixa muito triste, pois adoraria não o ter de abordar desta forma.

Para quem não sabe, a revista Vogue Portugal lançou, numa das suas capas para a edição "Madness" deste mês, o tema da saúde mental. Esta seria uma óptima iniciativa não tivessem eles utilizado o termo "loucura" (=madness)  - expressão tão ultrapassada nos dias de hoje... -, para falarem de um assunto tão relevante como é a saúde mental.

Para piorar as coisas, tiveram uma capa para representar este tema no mínimo... infeliz. Uma das imagens escolhidas para a capa da revista (que se pode ver na imagem acima), mostra um cenário de hospital, onde uma rapariga se encontra dentro de uma banheira, com duas enfermeiras à sua volta que lhe dão banho.

Esta representação das doenças mentais não só está mais do que desatualizada, porque remete aos tempos antigos, onde haviam hospitais psiquiátricos que torturavam os doentes mentais pois eram vistos como 'estranhos', 'possuídos', 'obra do demónio' ou 'bruxaria'; como demonstra insensibilidade e preconceito em relação a este tema.

Este tipo de fotos não só é ofensivo para todas aquelas pessoas que sofrem de algum tipo de perturbação psicológica, como dá uma ideia totalmente errada daquilo que é uma doença mental, das pessoas que sofrem dessas doenças e de como é feito o seu tratamento.

Não somos 'malucos' por vivermos com uma doença mental. Nem 'fracos'. Não somos definidos pela nossa doença. Somos pessoas, como todas as outras, e calhamos a ter uma doença mental. 

E há muito mais pessoas portadoras de distúrbios mentais do que aquilo que se julga. Ainda para mais, estima-se que a pandemia veio agravar os quadros clínicos pré-existentes, e criar novos sintomas para indivíduos até então saudáveis. Veio também aumentar os casos de suicídio!

Por isso este é um assunto de extrema importância!! A saúde mental não é uma brincadeira, não deve ser um assunto para ser tratado levianamente, não deve ser romantizado. O tratamento destes pessoas é feito à base de psicoterapia/intervenção psicológica, e/ou psiquiatria (onde é feita a adesão medicamentosa).

Caso queiram saber mais acerca da intervenção psicológica, podem divertir-se a explorar a minha tag de #DomingodeConsultório, onde respondo a várias questões sobre várias problemáticas relacionadas com a saúde mental, e para conhecerem algumas das abordagens dos psicólogos durante as suas consultas cliquem aqui.

Acima de tudo informem-se muito bem acerca da saúde mental e da sua importância, e ajudem a desmistificar este estigma. Bora lá salvar vidas 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

O coronavírus e o medo instalado

coronavirus-1.png

 

Já não há quem não tenha ouvido falar nele. As notícias sobre o coronavírus multiplicam-se, e a divulgação de informações acerca desta epidemia está longe de chegar ao fim. Mas que impacto é que o coronavírus tem, afinal, na nossa saúde mental?
Hoje, o bastonário da Ordem dos Psicólogos publicou um artigo acerca dos efeitos psicológicos que este surto epidémico pode ter na população, e eu não podia estar mais de acordo com ele.
 
Atualmente, temos acesso a uma quantidade de informação brutal acerca desta doença, pois as notícias sobre ela são diárias: nos noticiários não se fala de outra coisa, enchem as primeiras páginas dos jornais, até no trabalho fala-se da importância da prevenção, e discute-se o alastramento da doença. É um facto incontestável!
Mas até que ponto não estão os media -e nós próprios (?)- a contribuir para a desinformação? Temos plena noção de que excesso de informação nem sempre é sinónimo de informação fidedigna… Especialmente quando ainda estamos numa altura de descoberta, e de conhecer realmente do que é que se trata o coronavírus.
Simultaneamente, o excesso de informação vai contribuir para uma maior dificuldade em interpreta-la levando, por isso, ao aumento da ansiedade e do stress; e ao desenvolvimento de outra componente, em nós,… o medo.
Por sua vez, o medo vai-nos levar a tomar atitudes irracionais e desesperadas, sem nos fazer refletir sobre as suas consequências. No seu extremo, pode levar ao caos. E nalguns países já estamos a ver muitos exemplos disso: supermercados com as prateleiras de refeições enlatadas vazias, pois as pessoas tencionam isolar-se do mundo de forma a manterem-se afastadas do vírus; o stock de máscaras e desinfetantes esgotado, etc.
Na minha opinião, é perfeitamente normal de se sentir alguma tristeza, desconforto e preocupação quando estamos perante uma epidemia deste género (pois quando desconhecemos algo, estranhamos); no entanto, quando estes sentimentos tomam proporções maiores, correm o risco de levarem ao isolamento social, ataques de pânico e, até, ao desenvolvimento de uma patologia depressiva.
Por isso, em alturas de crise, como esta que estamos a viver agora, é muito importante que não nos isolemos. Falar com amigos, familiares, e pessoas em quem confiamos são algumas das técnicas que nos podem ajudar a lidar com os sentimentos mais negativos.Devemos também: mantermo-nos focados num hobbie/actividade que gostamos, praticar exercício físico e manter estilos de vida saudáveis.
Para além disso, ao invés de esgotarmos o stock de comida enlatada, vamos antes apostar em escolhas alimentares saudáveis para manter o nosso sistema imunitário forte (porque isto sim, ajuda a combater as doenças!), e ao invés de abusarmos no uso das máscaras (que já se mostraram ineficazes na prevenção), vamos antes apostar na correta, e frequente, lavagem das mãos (com sabonete ou desinfetante), e ao invés de pararmos de comer carne (com receio de que os animais possam estar infetados), vamos antes cozinhá-la conforme as indicações da OMS.
Resumidamente, é importante tomarmos as precauções necessárias sim, mas há que ter em conta que apesar de todos os alarmismos (no meu ponto de vista, por vezes excessivos), a taxa de mortalidade do coronavírus permanece relativamente baixa, sendo também influenciada por muitos outros fatores.
Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

A Uber Eats estraga a experiência de comer fora?!

111925030034479.jpg

 

    Há dias estava a comer fora com o gajinho, num McDonald's por sinal, e começámos a reparar na quantidade de pessoas da Uber Eats que chegavam para vir buscar encomendas de pedidos.

    E nisto, o gajinho começa num desabafo sobre o quão desagradável é ver um restaurante ser invadido por pessoal de mochilas verdes às costas, a ocupar muito espaço e muitas vezes a aumentar o tempo de espera de atendimento.

    Contou-me, por exemplo, que por causa da Uber Eats, no dia do Pai a fila para entrar naquele McDonald's dava a volta ao estabelecimento. "Isto para não falar das várias vezes em que fomos comer fora a outros restaurantes e que, como havia imensas pessoas da Uber Eats para atender, tivémos o dobro do tempo à espera para sermos atendidos", dizia-me ele. E tinha razão, aquilo realmente acontecera. Houve um restaurante em que tivémos quase 40 minutos para sermos atendidos.

    É claro que o problema não está nas pessoas que trabalham na Uber Eats - que estão apenas a fazer o seu trabalho -, nem nas pessoas que fazem os pedidos; mas talvez fosse melhor se os restaurantes começassem a organizar-se de maneira mais eficiente, e a arranjar formas de dar resposta a tanto pessoal (contratar mais empregados, dividir o espaço entre atendimento ao público e pedidos "take away"...)

    O que acham sobre isto? Partilham da mesma opinião?

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Pronto, eu admito:

 

    Eu não acho muita piada à musica do Conan. Aliás, nenhuma. 

    Não sou fã da voz dele, a letra faz-me rir e o ritmo não foi feito para mim...

    Eu sei que a maioria das pessoas é seu fã, e para essas pessoas eu digo: "Vocês não batem bem!" (estou a brincar) "Não é por isso que vamos deixar de ser amigos, está bem?! Amigos amigos, gostos à parte!" 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

O debate do momento: HBO vs Netflix

 

    Sendo eu uma fã incondicional de séries, já sou uma subscritora da Netflix há uns bons meses. No entanto, o meu amor por ela nunca foi muito fiel, e por isso fui experimentando outras plataformas (PopCorn time, Tugaflix, Mr Piracy...) para ver se encontrava a tal, a plataforma perfeita com que sempre sonhei... - mas até agora nada.

    A meu ver, à Netflix, falta muita variedade, e séries que considere realmente boas (tirando "La Casa de Papel" e uma ou outra, a maioria dos ditos 'sucessos' da Netflix não me atraiem minimamente). E eu sei que me podem achar um pouco esquisita com as séries, e sou mesmo, mas este é apenas o meu ponto de vista.

    Por isso, decidi reunir os prós e contras das duas plataformas, que encontrei num artigo do site NIT, de um ponto de vista muito mais imparcial.

 

  • SÉRIES: As séries originais da HBO foram consideradas melhores, de modo geral ("A Guerra dos Tronos", "True Detective", "Westworld", "Sexo e a Cidade..."), no entanto a Netflix vence pela quantidade - se eles dizem...
  • FILMES: Tanto na Netflix como na HBO, os filmes foram considerados muito bons e até, nalguns casos, repetidos ("Harry Potter", "Mulher Maravilha", "The Conjuring", "Velocidade Furiosa"... são alguns dos filmes presentes em ambas as plataformas);
  • SECÇÃO PARA CRIANÇAS: Também para os mais pequenos, as duas plataformas têm catálogos muito semelhantes (tanto na HBO como na Netflix pode-se ver: "A Porquinha Peppa", "Kong-Fu Panda", "Shrek", etc.). Ambas têm separadores específicos para as crianças acederem a determinados conteúdos, e as duas permitem haver controlo parental. 
  • DOCUMENTÁRIOS: Já nos documentários, o vencedor é claramente a Netflix. A HBO tem apenas 5 séries documentais, enquanto que a Netflix apresenta uma variedade muito maior - e melhor ("Making a Murderer", "The Keepers", "Trump - An American Dream", etc.)!
  • OS DISPOSITIVOS: Tal como a Netflix, a HBO pode ser vista em qualquer smartphone, smart TV, tablet e computador. Contudo, apesar do aparente empate, nalguns dispositivos a app da HBO ainda não está a funcionar corretamente, visto ter sido lançada há muito pouco tempo (e haver ainda correções a fazer).
  • A IMAGEM: A nível da imagem, a Netflix apresenta no plano premium Ultra HD, enquanto que a HBO não apresenta conteúdos 4K. Desta forma, a Netflix sai também vencedora desta categoria.
  • O PREÇO: Na questão do preço, as duas plataformas funcionam de maneira muito diferente. Enquanto que a Netflix tem três planos distintos para quem quiser aderir ao serviço (o mais básico permite ver filmes e séries num só dispositivo de cada vez; o plano standard permite teres acesso à Netflix em dois dispositivos ao mesmo tempo, com conteúdos em HD; e o plano premium dá para quatro dispositivos em simultâneo com HD ou Ultra HD), na HBO só existe um plano. O custo mensal é de 4,99€ e os clientes só podem registar cinco dispositivos diferentes por conta, com duas transmissões em simultâneo. Por isso, apesar de a HBO apresentar melhor preço, é mais limitativo nos dispositivos que são utilizados, já que nas contas da Netflix não há um limite.

    E vocês, são #TeamNetflix, ou #TeamHBO? 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

O homicida de Corroios: O que falhou?

 

    Depois de ter lido várias notícias a falar sobre o caso do homicida de Corroios, decidi que tinha que fazer um post sobre o assunto.

    Então, a ver se me informei bem. A ex-mulher deste senhor apresentou, em 2017, uma queixa à PSP contra o ex-companheiro - que a polícia veio, por sua vez, a considerar um caso de violência doméstica, sob a forma de violência psiológica e social. Mais, avaliaram o caso "de risco elevado"! No entanto, ao o enviarem para o Ministério Público, eles apenas abriram um inquérito por crime de coação e ameaça.

    A PSP tinha solicitado que fosse proibida a permanência deste indivíduo na habitação, bem como o contacto com a vítima, e o Ministério Público... nada faz. Quando questionados sobre o porquê de não terem considerado o caso como violência doméstica, eles não dão resposta. E eu pergunto-me: Até quando é que coisas destas vão continuar a acontecer? Até quando é que estas queixas de violência doméstica vão continuar a ser desvalorizadas?

    Para quem não sabe, a violência psicológica, ou emocional, inclui ameaças ao/à companheiro/a, ou aos filhos; ofensas à sua integridade física; humilhações constantes, etc. Já a violência social abrange todos os comportamentos que têm como objetivo controlar a vida social do outro (impedir que ele esteja com os seus familiares, amigos; controlar as pessoas com quem conversa, etc.). E o Ministério Público veio a considerar que isto não são motivos suficientes para afastar este homem da sua ex-mulher e filha? É muito triste...

    Infelizmente, dá-me a impressão de que este tipo de casos só vão deixar de existir quando nós começarmos a ver as doenças mentais, (que apesar de não serem visíveis, são igualmente importantes!), como problemas reais, e que, em casos extremos, podem colocar em risco a vida das pessoas que sofrem delas, e a de todos o que estão à sua volta...

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Análise Psicológica: "A Rede"

rede.jpg

 

    Deu ontem a última parte da reportagem "A Rede" no Jornal da SIC, e para quem acompanhou desse lado, gostava de saber se também ficaram com as mesmas questões 'penduradas', que eu fiquei.

    Pelo que eu percebi, uma mulher dos seus 40 anos fez-se passar por mais do que uma pessoa (perdi a conta ao número de perfis falsos que ela criou) das quais roubou as suas fotos; criou uma história à volta desses personagens - que incluía o aparecimento de cancros, mortes, acidentes de viação, etc., e envolveu uma série de pessoas na 'vida' destes personagens durante 2 anos... Isto é aquilo que se sabe, porque uma grande parte de mim acredita que ela criou (e ainda mantém) muitos mais perfis falsos que ainda não foram descobertos, e que estão - ainda - a prejudicar a vida de muitas pessoas.

    E as minhas questões, que ficaram por esclarecer, são: Quais foram os motivos reais que levaram esta fulana a infernizar a vida destas pessoas (que choravam e sofriam com estas manipulações emocionais constantes)? O que lhe vai acontecer no futuro? Fica livre para "magicar" as mais sofisticadas novelas da vida real? Continua a exercer a sua atividade profissional de professora? E de mãe? Será um pedido de desculpas e meia dúzia de tostões suficientes para pagar todo o desgaste emocional que provocou, em tanta gente?

    Eu posso não ter as respostas, mas tenho algumas sugestões. A minha hipótese é que esta mulher apresenta traços de psicopatia - também chamada por Perturbação Antissocial da Personalidade. Indivíduos com esta patologia apresentam, segundo os critérios do DSM-5, um padrão global de desrespeito e violação dos direitos dos outros, por incapacidade de se conformar com as normas sociais. São conhecidos por serem mentirosos compulsivos, e por usarem nomes falsos e enganar os outros, a fim de obter lucro ou prazer. Têm ações irresponsáveis, desrespeito por si e pelos outros e uma total ausência de remorsos (indiferença por terem magoado ou maltratado alguém).

    Por isso mesmo, achava fundamental que esta mulher fosse avaliada por um técnico de psicologia/psiquiatria, e receber o devido tratamento (seja ele medicamentoso, e/ou de internamento psiquiátrico). A meu ver, não deveria dar mais aulas até obter a devida aprovação pelos técnicos; e os filhos deveriam ser alvo de visitas de um assistente social, até ser comprovado que a mãe não representava um perigo para eles.

    Isto porque, para quem não sabe, a psicopatia é dos distúrbios mentais mais graves do espectro das doenças mentais, e pode também apresentar sinais de agressividade, violência, e comportamentos sexuais exacerbados, o que - como é óbvio - coloca em risco a relação destes indivíduos com os outros...

    Algum de vocês viu a reportagem? Qual é a vossa opinião?

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Grupo secreto pretende curar homossexuais?

analeal.png

 

    Eu já nem costumo ir muito ao facebook (se calhar para não dar de caras com notícias como esta...), mas no outro dia uma das minhas melhores amigas mostrou-me esta notícia, e o meu mundo caíu-me aos pés.

    A notícia dava conta de que psicólogos (PSICÓLOGOS!!!), psiquiatras e padres da Igreja Católica dão sessões em consultórios privados, ou em igrejas, com o objetivo de "salvar as almas perdidas". Chamam-lhes terapias de conversão, e pretendem curar homossexuais, como se a homossexualidade se tratasse de uma doença ou patologia psicológica.

    E eu não sei se hei-de ficar mais chocada pelo facto de A) Em pleno século XXI a homossexualidade ainda ser encarada como algo que precisa de "cura", ou B) Parte das pessoas que acreditam nisso serem psicólogos!!!

    Eu senti-me tão ofendida, e envergonhada, por pessoas do meu ramo de trabalho estarem envolvidas neste esquema tão cruel.. Para quem não sabe, os psicólogos e psiquiatras, são regidos por todo um código ético e deontológico, que prevê o respeito pela dignidade e direitos do outro, bem como a promoção da integridade moral. Tudo coisas que são colocadas em causa por este grupo de pessoas!

    E deixem-me agora mostrar o meu espanto pela ineficiência da Ordem dos Psicólogos. Pelo que sei, a Ordem agiu prontamente quando um estagiário de psicologia afirmou-se como psicólogo no programa dos "Casados à Primeira Vista", mas agora que sabe que há um grupo secreto constituído por psicólogos (!!!) que tenciona promover sessões de psicologia para curar homossexuais, nada faz?!

    Como é que estes profissionais saiem impunes? Gostaria de saber o porquê, e quais as justificações, para estes psicólogos ainda continuarem a exercer a sua atividade profissional...

    Eles constituem um perigo para a nossa sociedade, não só pelos valores em que acreditam, mas pelas péssimas práticas que aplicam! Eles estão a colocar em causa todo a intervenção psicológica, e por isso apelo, Ordem, atue depressa!

 

    Caso queiram ver a reportagem completa, o link está disponível aqui.

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

A polémica do Artigo 13

artigo13.png

 

    Faz hoje duas semanas que saiu o vídeo do Wuant a falar no Artigo 13,  e nas péssimas implicações que ele vai ter para nós, consumidores da internet, caso entre em vigor. E, infelizmente, tenho reparado que há muita gente que não está a par do que se passa a esse respeito, e por isso hoje decidi falar sobre isso.

 

    O Artigo 13 é uma proposta de lei da União Europeia sobre os direitos de autor, que, segundo eles, tem como objetivo "encontrar formas eficazes de os detentores dos direitos de autor protegerem o seu conteúdo online".

 

    Até aqui, parece tudo muito bonito. O pior é que, na prática, com o propósito (muito questionável) de "defender os direitos de autor", irá criar consequências para a internet como:

  • O Google vai deixar de funcionar como tem funcionado até agora, e como vamos ser impedidos de retirar todas as imagens, o Google Imagens vai deixar de existir (pois não têm dinheiro para pagar todos os direitos de autor de TODAS as imagens). Não vamos poder tirar imagens para posts, os memes deixarão de existir, vamos deixar de poder colocar imagens no instagram que não sejam nossas; não vamos poder colocar fotografias para colocar como fundo do telemóvel, e por aí fora;
  • As redes sociais como instagram, whatsapp, facebook, twitter, etc. vão levar restrições, podendo mesmo deixar de existir. Como a grande parte das imagens, vídeos e músicas aí colocados são retiradas da internet, e visto estas empresas não terem dinheiro suficiente para suportar os direitos de autor, terão de ser eliminadas da UE;
  • Os youtubers vão estar impedidos de publicar conteúdos nos seus canais. Todos os youtubers da União Europeia terão os seus vídeos anteriormente publicados bloqueados, bem como os vídeos futuros;
  • Vamos perder o acesso a milhões de vídeos, de todo o mundo (sejam videoclipes de músicas, vloggers de youtubers, vídeos feitos por fãs, sketches de comédia, e muito mais...). Ou seja, possivelmente o youtube também deixaria de existir.

 

    Isto iria acontecer não apenas em Portugal, mas em toda a UNIÃO EUROPEIA. Vamos ser excluídos de conteúdos de toda a parte do mundo! Teriam de ser criadas redes sociais novas, só para os países da UE, para substituir aquelas que usamos agora. A internet como a conhecemos deixaria de existir.

    Na opinião de muitos youtubers, esta lei foi criada a favor de meios de comunicação social como a televisão e os jornais, que lucram com o fim de muitas destas plataformas sociais pois são vistas como "concorrência".

    Se o Artigo 13 for aprovado entra em vigor JÁ em Janeiro de 2019. Isto é muito grave, e infelizmente, anda a ser muito pouco falado.

    Por isso deixo aqui a minha mensagem. Também nós, bloggers, criadores de conteúdo, temos que nos unir e mostrar a nossa indignação. Pois, como viram, se nada fizermos, iremos perder tudo aquilo que até agora criámos na internet, e a nossa forma de comunicar com os outros vai ser posta em causa!

    Aqui podem aceder a toda a informação sobre o Artigo 13. Podem assinar aqui o abaixo-assinado contra, e podem também ver aqui tudo explicadinho no youtube sobre o que tenho vos estado a falar. Mas mais que tudo, aconselhava-vos a ver o vídeo do Wuant, e a espalhar a mensagem.

    Vamos unirmo-nos! #SaveYourInternet

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Análise psicológica à Eliana

Casados.png

 

    Para quem não vê os Casados, a Eliana é uma das raparigas que concorreu para encontrar o seu match perfeito: é jovem, bonita, e igual a tantas outras raparigas portuguesas.

    Digo isto porque, no programa de ontem, deu para me aperceber que a Eliana tem tendência para se relacionar com rapazes mais instáveis, que procuram mais vezes o conflito. No caso dela, como o Dave é uma pessoa claramente calma, fácil de se relacionar e que a ama incondicionalmente, ela afasta-se, porque não é, como ela ontem dizia "a sua zona de conforto" - aquilo a que ela está acostumada.

    E quando analisamos a história da Eliana, podemos compreender melhor a sua tendência para relacionamentos tóxicos.

 

    Pelo que se sabe, a Eliana teve uma história de vida complicada: os pais divorciaram-se ainda em pequena (e daí provavelmente a sua dificuldade em acreditar nas relações felizes e duradouras); perdeu a mãe muito nova - numa morte muito mal explicada, levantando a própria Eliana a hipótese de suicídio (que lhe vai originar o medo de abandono: "A minha mãe, que estava a cuidar de mim matou-se, abandonou-me"); e a saída do irmão para o estrangeiro e o facto de ficar em casa dos avós pode também ter alimentado a ideia de rejeição dos outros (e daí a sua carência tão grande, que leva a uma auto-estima muito baixa: "O meu irmão, a minha mãe e o meu pai deixaram-me, ninguém me quer. Não sou desejada.").

    Compreendendo a sua história de vida, talvez seja mais fácil perceber certos comportamentos dela. Por um lado, a sua "exigência" tão grande com os outros, vêm do facto de querer alguma compensação pelo facto de nunca ter tido ninguém; por outro, esta sua "frieza" ao afastar tudo o que há de bom (Dave) tem a ver com a sua baixa auto-estima, e achar que não é merecedora de tal amor, porque nunca o foi, e por isso não seria agora que isso iria mudar.

    A meu ver, os especialistas deviam fazer aqui um trabalho de aumentar a auto-estima, e confiança, da Eliana, para fazer com que ela se amasse primeiro, para depois poder amar quem quer que fosse.

    Achei que seria engraçado deixar-vos esta minha análise ao caso, porque como devem imaginar, como ela existem muitas (e muitos) neste país, e acho importante por isso refletirmos sobre construirmos relação mais felizes, e promissoras. 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.