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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

#5 DomingodeConsultório: Dicas para melhorar a auto-estima

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    Boa tarde a todos! Como estão? Hoje temos a tótó mais acarinhada pela blogosfera no divã do nosso Consultório! 

 

    Ela diz: "Detesto comprar roupa. Não consigo escolher nada, acho que tudo me fica mal e pior do que tudo é que sou uma pessoa com um corpo elegante e sim, sou gira, por isso até se podia dizer que qualquer coisa fica bem mas não. Também isto é um problema de auto-estima e auto-confiança, ou melhor, falta destas duas coisas. Que dicas me dás para melhorar estes dois aspectos e passar a ser uma mulher super confiante?"

 

    Em primeiro lugar, minha querida, deixa-me dizer-te que o caminho para a auto-confiança não é nada fácil, e é bom ter noção disso. Não é de um momento para o outro que viramos super-homens ou super-mulheres, tornamo-nos imbativeis, e nada nos pára (infelizmente...). Eu gosto de acreditar que é um percurso que se faz sistematicamente, todos os dias. A partir do momento que tomamos consciência disso, há várias coisas que podemos fazer diariamente:

1- Identificar a/as fonte/s da nossa baixa auto-estima: É algo que já vem de trás, desde que somos pequeninos?; nasceu connosco?; se não, quando é que surgiu?; como nos vêem os nossos familiares/amigos/parceiro amoroso/colegas de trabalho?...

2- Proceder às mudanças necessárias na nossa vida: É necessário reestruturar o nosso ciclo de amizades (e acabar com amizades tóxicas)?, é preciso aprender a comunicar de forma mais assertiva (para não nos deixarmos afetar pelas criticas dos outros)?...

3- Treinar a nossa assertividade. Explico-te o conceito de comunicação assertiva aqui, mas basicamente o objetivo é, cada vez que sentirmos que a nossa auto-estima está a ser magoada por alguém, evitarmos a situação (quando possível), e defendermo-nos de forma correta às acusações da pessoa, para a nossa auto-estima não ser 'beliscada'. Por exemplo, quando um pai mais autoritário for ofensivo, dizer algo do tipo: "Compreendo o que me estás a dizer, mas neste momento estou a sentir-te exaltado, e estou-me a sentir magoado/a com as tuas palavras, por isso vou-me retirar para podermos falar quando estivermos os dois mais calmos. Espero que compreendas." A ideia aqui é protegermo-nos, e não nos deixar que nos afetem em situação alguma. Se quiserem, posso fazer um post com mais exemplos de frases assertivas que se deve ter.

4- Enumerar as nossas qualidades e conquistas. Escrevê-las num papel, passar a computador e colocá-las no nosso quarto, perto de nós, para que possamos relembrarmo-nos delas facilmente, é uma possível dica. Afirmarmos diariamente as nossas qualidades para nós mesmos, é outra. O objetivo aqui é substituir pensamentos ofensivos como "és preguiçoso/a", "és feio/a" por pensamentos saudáveis, e verdadeiros.

5- Evitar comparações com os outros, e críticas (a nós, e ao mundo). Assim que nos dermos conta da nossa 'voz interior' a criticarmo-nos, tomar consciência e parar o pensamento. E questioná-lo: é completamente válido?, que evidências tenho para pensar assim?, e que evidências tenho para pensar que é falso?, é útil para mim pensar isto de mim?, e reavaliá-lo para ver se é 100% correto. Na grande parte das vezes um pensamento é apenas isso, um pensamento (errado). Não passa disso, e não chega a facto.

 

    O que acharam do Consultório de hoje? Para terem aqui a vossa questão respondida para a semana só têm que: comentar este post com a vossa questão (em anónimo se não se quiserem expôr, ou com o vosso blog), comentar o post do meu instagram que irá sair sobre o Domingo de Consultório Aberto, OU mandar um e-mail para umacartaforadobaralho@hotmail.com (onde podem, mais uma vez, identificar-se ou não, conforme queiram ou não manter o anonimato). 

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"Sou sexy, eu sei!" (contém spoilers!)

    Foi este o filme que fui ver este fim-de-semana e...OH MÃE DO CÉU! "Como é que não se lembraram de um filme assim, há mais tempo?" era a única questão que me passava pela cabeça no cinema.

    Este filme é tão bom, e tem uma mensagem tão fantástica que todas as mulheres, - e homens! -, deviam ter a oportunidade de o conhecer! Para quem não sabe, o filme é sobre a vida da Renee Bennett, uma rapariga que lida com graves problemas de auto-estima, não se valoriza e tem um discurso super derrotista acerca da sua auto-imagem.

    Até que um dia ela tem um "acidente" no ginásio onde fazia exercício, e tudo muda: ela passa-se a ver como a pessoa mais bela e confiante de sempre. E a sua atitude consigo própria, e com o mundo, muda! Ela passa-se a sentir segura da forma como se arranja e apresenta, ganha confiança para se candidatar ao emprego que sempre quis (uma empresa cheia de modelos), e até ousa em convidar rapazes para sair, algo que nunca teria tido coragem para fazer antes. No fundo, passa-se a sentir sexy, e influencia tudo o que está à sua volta: arranja o emprego de sonho, namorado, e, mais importante, amor em si própria!

     E isso fez-me pensar em escrever este post, e partilhar esta mensagem convosco. No fundo, todos nós temos as nossas inseguranças. Seja por aspetos físicos, psicológicos, cognitivos, emocionais, sociais, traços de personalidades, o que for! E a sociedade em que vivemos já nos relembra constantemente as nossas inseguranças (os media *cough cough*), não precisamos de mais reforço negativo uns dos outros.

    Hoje desafio-vos a pensarem sobre as vossas qualidades, tudo aquilo que gostam e se orgulham em vocês, e a escreverem-me algumas delas na caixa de comentários! Vamos ver quantas pessoas confiantes estão aptas para este desafio!

    Lembremo-nos que ao direccionarmos a nossa atenção e energia para as coisas boas que nós temos, estamos a inferiorizar tudo aquilo que consideramos uma "fraqueza", e mais facilmente encontramos provas de que somos realmente bons e merecedores de uma óptima auto-estima. Todos nós somos seres humanos, e é normal termos as nossas inseguranças de vez em quando, não podemos nunca é que elas nos definem! 

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Grande Ego?!

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    Já vos contei que um dos meus filmes preferidos é o "Mean Girls"? Foi um filme que nos ensinou que a) 'estereotipar' toda a gente não é correto de se fazer, e b) cada um de nós tem a sua história. É bom pensarmos que, para além de nós, toda a gente tem emoções, tem uma família, um legado, uns valores, uma educação... E que tem, acima de tudo, de ser respeitada.

    Quando oiço alguém a chamar sistematicamente de 'ignorante' a alguém, só porque quer fazer sobressair a sua própria "inteligência", ou 'incapaz' só porque este último não teve as mesmas oportunidades que ele teve, não consigo deixar de pensar o seguinte: Será que isto contribui assim tanto para a sua personalidade? Isto é, será que existem mesmo seres no mundo com a auto-estima tão baixa, tão baixa, que necessitam rebaixar as pessoas que julgam ser fracas, de modo a fazerem-se sentir melhor? Não arranjam mesmo outra forma de se sobressair enquanto ser humano, de se valorizarem?

    É triste. Porque são pessoas tão egocentradas que se esquecem que os outros à sua volta têm também as suas próprias capacidades (e, surpreendam-se, se calhar, só se calhar, muito mais desenvolvidas que as vossas), que não vêem necessidade de se estar constantemente a gabar das suas proezas. Não se apercebem que são pessoas muito inseguras, e que têm muito a aprender. Concentrem-se antes nos vossos próprios problemas, e asseguro-vos de que farão um mundo muito melhor para vocês, e para todos. :)

    Como li em tempos: "Cuidado com o ego! O pavão de hoje pode ser o espanador de amanhã."

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Auto-estima

     Falava eu há dias com alguém a propósito da auto-estima, e do quoão importante ela nos é. Falávamos sobre o quanto ela nos faz sempre falta, e que convém andar sempre com 'o suficiente' na mala, just in case.

    Já foi o tempo onde eu acreditava que o mundo era um local cheio de pessoas boas, passarinhos a cantarolar, e borboletas a voar.... Infelizmente, apercebi-me que nem sempre é esse o caso (Veja-se o exemplo de Pedrógão, onde se soube que houve pessoas que foram assaltar as casas ardidas -como se perder a casa já não fosse o suficiente...)

    Por isso, e como ao virar da esquina está sempre alguém pronto para nos rebaixar e nos fazer sentir como a pior pessoa do mundo, é bom que tenhamos uma auto-estima suficientemente forte, para não nos deixarmos levar a baixo à primeira tentativa. A literatura dá-nos algumas dicas para trabalharmos no nosso amor próprio.

    Em primeiro lugar, devemos valorizar as nossas capacidades e sucessos pessoais, e deixarmo-nos inspirar por eles. Tomando consciência das nossas paixões, qualidades, e talentos. 

    É também aconselhado a sermos positivos no nosso diálogo e maneira de ser, de modo a sentirmo-nos melhor connosco. Falarmos de forma confiante, e valorizar as nossas experiências de vida, influencia não só a forma como nos vemos a nós próprios, mas também como os outros nos vêem. Além disso, não devemos comparar-nos à situação dos outros, mas em vez disso focarmo-nos no nosso próprio crescimento.

    Assim, se por um lado devemos ter consciência das nossas capacidades e não nos deixar humilhar por ninguém (pois como a minha mãe costuma dizer "-Acima, só Deus!"), por outro, não se deve também cair no outro extremo, e acharmo-nos a última bolacha do pacote. Porque quando a auto-estima é excessiva, torna-se puramente egoísmo, e isso já não é muito saudável... Mas isso fica para um próximo tópico! 

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