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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

#29DomingodeConsultório: Porque é que as relações amorosas falham? (E como o evitar?)

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    Os relacionamentos já são desafiantes por si só, agora imagine-se o quão complicados eles se podem tornar quando se juntam duas pessoas, a nível amoroso, de mundos completamente diferentes, e cada um com os seus valores, histórias de vida, experiências...

    A psicologia fez, por isso, os principais motivos que levam os relacionamentos amorosos a chegar ao fim:

 

    1.Demasiada expectativa  ("Ele/ela é p-e-r-f-e-i-t-o!"). É natural idealizarmos a nossa cara metade, e a relação que queremos para nós; todos nós temos as nossas preferências e os nossos gostos. No entanto, é importante compreender que nenhuma relação amorosa vai nos realmente preencher na sua totalidade, porque o ser humano é um ser imperfeito, e é irrealista acharmos que uma pessoa só irá corresponder a todas as expetativas que idealizamos para nós.

    Aprendermos a amar os defeitos do outro é a maior prova de amor que podemos dar a alguém!

 

    2.Dificuldades de comunicação.  Os especialistas de saúde mental consideram esta uma das maiores causas de fins de relacionamento. Comentários criticos, negativos ou sarcásticos em relação ao outro demonstram falta de respeito pelo parceiro, e pela relação. O orgulho, a dificuldade em dar feedback positivo, ou o não discutir as suas preocupações com o par irão dar azo a um problema de comunicação muito maior.

    Ao invés disso, deve-se procurar resolver os mal-entendidos assim que eles dão os seus primeiros sinais, ser claro e focarmo-nos na resolução do problema que nos está a incomodar, ao invés de o utilizar como arma de ataque ao parceiro.

 

    3.Falta de confiança.  Devido a traumas do passado ou a algo recente que aconteceu na relação atual, a falta de confiança é destrutiva para qualquer tipo de relacionamento.

    A forma de a contornar é tentar perceber qual é a sua origem (foi algo que realmente aconteceu agora, ou vem de uma experiência passada?), e como podemos combatê-la. Pode ser pertinente a intervenção psicológica para ultrapassar eventuais traumas no passado.

 

    4.Ritmos diferentes.  Quando cada um está a avançar ao seu ritmo no relacionamento, ou a nível profissional, intelectual, etc., pode-se criar um impasse na relação. Talvez uma pessoa prefira casar e constituir família cedo, e a outra imagine outros planos para o seu futuro...

    Por isso mesmo é fundamental ter uma conversa séria no ínicio de qualquer relacionamento amoroso: "O que pretendes para o teu futuro? Quais são os teus planos? Onde imaginas esta relação daqui a 5, 10 anos?" Para perceber até que ponto estão os dois na mesma página.

 

    5.Falta de Compatibilidade.  A compatibilidade pode existir a nível: físico (na atração com o outro), emocional (que é o sentir o tal click!, sentirmo-nos bem e seguros na presença do parceiro), intelectual (ele/ela estimula-te intelectualmente?) e espiritual (partilham os mesmos valores?). Para uma relação ser bem sucedida, todos os níveis de compatibilidade têm de estar completos.

    Assim, para evitar mal-entendidos futuros deve-se identificar, no começo da relação, se todos estes níveis encontram-se preenchidos.

 

    6.Cair na rotina.  Enquanto que no início de uma relação tudo é novo e perfeito, com a continuação do tempo, o casal junta-se e pode acabar por cair na rotina. Os trabalhos stressantes, as dificuldades para pagar as contas da casa, e a preocupação excessiva com os filhos podem levar a melhor de si, e fazer com que acabe o 'clima romântico' que outrora reinara no casal.

    A solução? Estar numa relação duradoura não é fácil, e necessita de um esforço contínuo para resultar. Um esforço que tem de vir das duas partes. Alterar os hábitos do casal, fazer coisas novas e aventurar-se por novas experiências é o truque para o relacionamento não cair na rotina (Ah, e arranjar sempre tempo para namorar!!)

 

    7.Dependência emocional.  "Sem ele não sou feliz", "Não me sinto completo sozinho..." Este tipo de pensamentos é frequente em indivíduos que não conseguem  encontrar a felicidades neles próprios, e por isso andam constantemente à procura de alguém para os fazer sentir preenchidos.

    Na verdade, isto pode significar uma dependência emocional muito grande, e caso seja o caso, poderá ser necessário um acompanhamento psicológico para trabalhar com a pessoa a sua independência, e estar confortável com ela.

 

    Espero que tenham gostado deste Domingo de Consultório! Que temas gostariam que falasse para a próxima semana?

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Sobre o casal mais polémico da Casa dos Segredos...

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    Adivinharam, o César e a Gabriela! O exemplo de casal a não seguir. Este casal tem dado que falar desde o início do programa, pelas constantes discussões, troca de insultos, crises de ciúmes, etc.. E eu hoje achei por bem dar a minha opinião sobre estes dois concorrentes, pois tenho ouvido tanta gente a opinar de forma tão divergente sobre eles que hoje pensei "ora bora lá deitar mais uma acha para a fogueira! ".

    Queria começar por dizer que, mesmo que não fosse psicóloga, acho que é evidente para todos que a Gabriela tem uma clara obsessão por este homem (ele é lindo...). As obsessões por sua vez são sempre exageradas, doentias, e... involuntárias! - tal como acontece em todas as perturbações mentais -. Isto é, a pessoa não escolhe ter uma obsessão, não escolhe as suas oscilações de humor, não escolhe a forma como se está a sentir. Precisamente porque está fora do seu controlo, e precisa por isso de ajuda psicológica para se sentir melhor, mais feliz, e com mais saúde. E não há mal nenhum nisso, pelo contrário!

    Agora falaremos do César. Um casal que já namora há 5 anos, e falo por experiência própria de estar numa relação de há quase 4 anos, já se conhece minimamente um ao outro: conhece os seus pontos fortes, e os seus pontos fracos também. Se ele diz, e "eu já conheci a Gabriela assim: insegura e ciumenta", não era de esperar que ela não iria gostar: da aproximação do César a outras mulheres como a Joana F., das suas constantes provocações, da desvalorização constante à namorada e o 'engrandecimento' a outras pessoas..., não?

    Desculpem, mas isto a mim faz-me imensa confusão. E faz-me ainda mais confusão as pessoas que estão contra a Gabriela. Uma miuda que claramente não está bem (e por isso chora), e que tem um namorado que, como é visível, não a ama e neste momento já pensa em deixá-la.

    Mulheres e homens deste país, imaginem-se inseguros, imaginem-se loucos de obsessão pelo vosso mais-que-tudo (como acontece e já aconteceu a TODOS nós com certeza, provavelmente no início do namoro). E agora imaginem o vosso parceiro amoroso constantemente deitar-vos abaixo "não sabes fazer isto, és isto e aquilo, o/a outro/a é muito melhor..."; a fazerem-vos ciúmes despropositados com outras pessoas e a ignorarem por completo a forma como vocês se sentem, se estão tristes ou a precisar de apoio.

    Por favor, se estão num tipo de relação como esta, saiam o mais depressa possível! Isso não é amor, não é nada! Sabem como isso se chama? Narcisismo, egoísmo, o que quiserem chamar. Esta pessoa só se ama a si própria, e a não ser que peça ajuda profissional, nunca vai conseguir amar alguém. Toda a gente merece ser devidamente amada. Como já ouvi dizer "Há biliões de pessoas no mundo, se esta não for a certa neste momento, haverá outra com certeza merecedora do nosso amor." Gabrielas deste país, este texto é para vocês!

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