Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Ausência

    Hoje venho-vos pedir desculpa pela minha ausência pelo blog 
 
    Sei que não tenho respondido aos vossos comentários e eu odeio-me por isso, mas saibam que os leio t-o-d-i-n-h-o-s e rio-me até imenso com alguns deles!
    E sei também que não tenho lido blogs ultimamente, nem escrito aqui tão frequentemente como antes... Eu achava realmente que ia conseguir manter-me mais ativa por estes lados, mas esqueci-me que o facto de estar a estagiar a quase 2h de casa, estar a tirar a carta de condução e um curso de Mindfulness ao mesmo tempo, iria ter as suas consequências a longo prazo...
    O podcast "À la Carta" surgiu numa de 'Isto até é giro de se fazer, e fácil, e é uma maneira de manter-me mais ativa', mas a verdade é que também não vos sei dizer qual será a sua periodicidade (até agora é de 2 em 2 semanas 😂 - e já é um recorde!)
 
    Por isso, resumindo e baralhando: Estou viva, peço-vos imensa desculpa por não estar aqui tão regularmente, mas peço-vos paciência.
    Tenho já algumas ideias de posts para Dezembro, e o surgimento do podcast não altera em nada a minha paixão e dedicação pelo blog, só preciso de tempo e disposição mental para pôr tudo em prática 
 
    Por esse lado, como vão?
Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Não ter medo de mudar :)

 

    Pois é verdade, eu tenho andado (muito) desaparecida por estas bandas, e vou-vos explicar o porquê.

 

    Para quem não sabe, eu em meados de Junho despedi-me de um emprego muito tóxico - que me estava a prejudicar tanto a nível pessoal (a minha auto-estima estava arrasada) como profissional (pois não sentia que estava a exercer um bom trabalho enquanto psicóloga, por estar tão mal).

    Nessa altura sentia-se super insegura, e assustada, com o que o futuro me reservava. "E agora o que é que me vai acontecer daqui para a frente? A psicologia não é nada valorizada em Portugal, eu não vou encontrar um lugar para mim tão cedo." 

    Ora, deixem-me vos dizer uma coisa: estes pensamentos não ficaram muito tempo a ruminar na minha cabeça... Passado uns dias fui chamada para uma entrevista numa empresa! Algo que me deixou em êxtase, mas sempre de pé atrás; só pensava "Calma, não lances foguetes antes da festa, isto não significa nada..." ).

    No entanto, dias mais tarde, ligaram-me a dizer que tinha sido aceite! A minha procura por um novo emprego demorou muito menos tempo do que eu imaginava! Menos de 2 semanas, mais concretamente.

    E com isto quero-vos dizer o seguinte:

  • Não, não é NADA fácil encontrar emprego na minha área (Psicologia), tal como em muitas outras, infelizmente;
  • E sim, tive imensa sorte, mas também sinto que foi um conjunto de outros factores. Factores como: persistência (candidatava-me a ofertas todos os dias, enviava currículos espontâneos, alarguei a minha rede de contactos na minha área, etc.), a minha experiência na área, notas de faculdade, etc.

 

    Digo-vos isto para ficarem com esta mensagem para vocês: Não desistam de lutar por vocês, e pela vossa felicidade. 

    Sim, há muitos aspectos da nossa vida que podem estar sujeitos à 'sorte' ou ao 'destino' (do género: estar no sítio certo, à hora certa), mas também há muita coisa que depende de nós! Se nós não tivermos a iniciativa de mudar, se nós não tomarmos ações nesse sentido, não nos surgem este tipo de oportunidades.

    Eu agora estou a trabalhar num sítio onde me sinto muito mais feliz e realizada (para não falar que tenho um salário, e não recebo por recibos verdes, como no estágio anterior). E, se eu nunca tivesse dado este passo para mudar, eu nunca teria tido oportunidades como esta.

    Mesmo quando tudo parecer perdido (como foi o meu caso, quando senti que estava a 'desperdiçar' a minha primeira oportunidade de emprego que me tinha aparecido), há sempre aquela luzinha ao fundo do túnel. Por isso, se há algo na vossa vida que vos deixa infeliz, não percam o vosso tempo precioso nisso. Lá diz o ditado, e com razão:  "Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela." 

 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Sobre o meu despedimento, aprendi que...

  • Sou mais forte (e assertiva) do que imaginava. Aprendi que quando digo "não" é mesmo "não", e não "nim".
  • Recebi muito mais apoio do que estava a contar. E quero desde já agradecer a todos aqueles que deixaram um miminho no meu último post. Saibam que aprecio muito toda a força que me deram, e que estão todos no meu 
  • Os meus patrões insistiram muito mais para eu ficar, do que eu pensava. Tentaram, inclusivamente, fazer-me outras propostas para que eu continuasse na empresa (no entanto continuava sem receber pelas horas extra, e a ter que estar em contacto com eles, que como disse são pessoas muito críticas e manipuladoras), e eu obviamente recusei.

 

...E acima de tudo aprendi que sou capaz de mudar, e crescer com isso. Nunca duvidem das vossas capacidades. São mais fortes do que acreditam! 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Despedi-me e sinto-me melhor que nunca!

 

    Vou ser sincera convosco. A razão porque não tenho vindo ao blog não se prende unicamente pela minha falta de tempo (devido ao estágio), mas principalmente pela minha falta de disponibilidade emocional.

    Psicologicamente sinto-me esgotada, é como se o meu cérebro tivesse andado metido naquelas lutas de boxe ilegais, e tivesse apanhado um excerto de porrada...

    Como vos falei, comecei há pouco tempo a trabalhar na minha área, e apesar de estar muito feliz pela oportunidade que tive, estava também muito infeliz com aquilo que estava a fazer. Todos os dias eram-me impostas não só tarefas que não eram de todo da minha área, que exigiam um stress e desgaste muito grande, como o ambiente laboral era péssimo. Portanto, para além de fazer trabalhos de borla e horas extraordinárias, os donos desta empresa estavam constantemente a pôr em causa o meu trabalho enquanto psicóloga, criticarem-me em todas as oportunidades que tinham, e desvalorizarem tudo aquilo que eu fazia (que era demasiado) por aquela empresa.

   Resultado? Aguentei vários meses, tomando calmantes e passando noites sem dormir. Pensava "É tão difícil arranjar trabalho na minha área, tu aguentas mais um pouco, tu fazes os esforços pelos pacientes que tens..." Mas atingi o meu limite.

    Soube disso quando um paciente, em consulta, me falava dos stresses do seu trabalho e das pressões que lhe eram impostas, e eu tive que fazer um esforço enorme para não desatar a chorar. Eu não podia estar a dar conselhos a uma pessoa ansiosa, se eu vivia constantemente com crises de ansiedade. E não consigo ajudar uma pessoa com depressão, se todas as noites só me apetecia chorar...

    Cheguei ao meu limite. Se eu não estou bem comigo mesma, não estou bem para ajudar ninguém. E, precisamente por isso, despedi-me do meu primeiro emprego. E foi a melhor decisão que tomei. Se me sinto 100% curada? Claro que não, ainda é tudo muito recente. Mas hoje dei o primeiro passo para começar a melhorar, e a minha saúde mental agradece. 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

O confronto com a realidade

universidade.jpg

    Hoje é daqueles dias de desabafo, e vocês foram os escolhidos (sortudos...). Ultimamente tenho-me sentido muito assustada, e ansiosa - e sim, nós psicólogos também padecemos destes males. A tese atrasou-se mais do que deveria, por isso passei o Verão a trabalhar nela, mas agora parece que estou a cair na realidade...

    A defesa da tese já está aí à porta, atrás dela está a empresa a que me comprometi fazer o meu estágio profissional, para finalmente ser considerada psicóloga... Devia estar felicíssima, mas a verdade é que estou cheia de medo. Sinto que tenho tudo fora do meu controle, estou super insegura.

    Em primeiro lugar, odeio apresentações orais de morte, e só de pensar na minha defesa tenho arrepios até à espinha. Mas depois, é o que vem a seguir dela também! A entrada no trabalho, desta vez a sério! E, diga-se de passagem, um trabalho numa empresa que não foi das minhas preferidas de trabalhar... Mas lá vai ter que ser. Hoje em dia encontrar estágios profissionais de psicologia está pela hora da morte, e sem ele não posso ser psicóloga (profissão que tanto amo), por isso não tenho outra opção.

    No entanto, não me sinto minimamente preparada. Vou, finalmente, sair da faculdade. Mas ao mesmo tempo, vou iniciar o meu caminho numa empresa, que no passado me causou tanto stress e preocupação... E estou definitivamente assustada.

    Digam-me que não sou a única assustada nesta fase, por favor...

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Crónicas de uma estagiária: O fim

 (Leia-se o gif: Come me sinto por dentro vs Como mostro por fora) 

    É verdade, o meu estágio chegou ao fim. Foram 4 meses de muita labuta, esforço e dedicação, por isso tenho, a partir deste mês, o merecido "descanso de guerreira". Digo descanso entre aspas porque ainda está a tese por terminar e ainda há muito por fazer, mas a partir de agora já não vou viver num stress de horários, preocupações chatas, e falta de tempo para as minhas coisas.

    Em modo geral, posso dizer que este estágio foi uma experiência única: conheci gente nova, tive o peso de muita responsabilidade nas minhas mãos, aprendi como funciona uma empresa privada por dentro, tive pela primeira vez a experiência de receber um ordenado, e melhor, ganhei oportunidades profissionais! A nível pessoal e curricular foi óptimo, porque sinto que cresci imenso e aprendi muito sobre mim própria, nomeadamente as minhas capacidades e os meus limites. Essa foi para mim a melhor mais-valia que tirei daqui: o meu crescimento pessoal!

    Como tudo na vida, para além dos seus "altos" teve também alguns "baixos". Primeiro, aprendi que este trabalho era muito mais exigente do que eu pensava inicialmente, e quando criamos certas expetativas que depois vão abaixo, o choque pode muitas vezes ser complicado de encarar... E depois, aprendi também que era preciso uma disponibilidade gigante, não só a nível de carga horária mas também psicologicamente. O que nem sempre é fácil quando precisamos de disponibilidade mental para encarar os desafios do dia-a-dia, a faculdade, os nossos relacionamentos pessoais, e por aí fora...

    Esta foi a minha experiência pessoal mais próxima de um emprego que tive até agora. Que oportunidades vocês já tiveram de trabalho, e como vos correu? Foi parecida à minha experiência, ou nem por isso? 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Crónicas de uma estagiária: O que vou fazer com o meu primeiro ordenado?

    Para os mais desatentos ao blog (ou para as pessoas com vida), é verdade, a Carta tem estado ausente durante estes dias. Tenho postado pouco, comentado menos, lido menos posts vossos... Mas isso não significa que fugi! Eu estou aqui, bem vivinha da silva - ou pelo menos a tentar-, simplesmente tenho estado atolhada de coisas para fazer, e como até ao fim-de-semana trabalho, e ainda a tese requer atenção, tem sido difícil arranjar tempo seja para o que for... Mas por falar nisso, estamos quase, QUASE, no final do mês. E sabem o que isso significa? Adivinharam! Estou quase a receber o meu primeiro ordenado!  

    Como muitos sabem, eu nunca trabalhei a receber um ordenado, simplesmente fui fazendo part-times, ou estágios (não remunerados). Pois bem, graças à minha bolsa de estágio, vou receber pela primeira vez um 'ordenado' que corresponde ao valor de um salário mínimo, em Portugal. Eu sei que não é muito, mas como sonhadora que sou, isso não me impediu de fazer a minha listinha de coisas que pretendo usufruir, utilizando o dinheiro da minha bolsa:

  • Quero tirar a Carta de Condução, FINALMENTE!
  • Quero pagar as propinas da Ordem dos Psicólogos, para ser finalmente reconhecida como uma... 
  • Quero Viajar mais. Já faz um tempo que fiz uma viagem fora do país, e queria muito que isso mudasse este ano! Tenho estado a ver a viagem da Maria das Palavras à Islândia, e a roer-me de inveja (...positiva! Porque eu não me importo que ela viaje por lá, mas pode-me levar na bagagem que eu não me importo) 
  • E por último, mas não menos importante, quero poupar para quando tiver a minha casinha.

    E enquanto isso tudo não acontece, bora mas é trabalhar, que eu não sou nada pouco exigente com as coisas que ainda agora pedi! eheh

    Vocês lembram-se no que é que gastaram o vosso primeiro ordenado?

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Este Carnaval vou-me mascarar de...

Easy_Queen_of_hearts_costume_Cuckoo4Design_ductTAP

    ...TCHANAAN!!! Este Carnaval, a Carta vai revelar a sua verdadeira identidade... de Carta.

    Ahahah Era giro, não era? Pois... Mas não dá. (Talvez no próximo, quem sabe...) Este ano vai ser passado a trabalhar, porque tal como noutras mil outras empresas privadas, na empresa do meu estágio também não há cá férias do Carnaval para ninguém... 

    Querem então saber qual vai ser mesmo o meu fato, este ano?  Secretária sexy (?), agarrada ao seu portátil, a fazer telefonemas importantes e tratar de pagamentos de última hora. Original, hun? 

    Este Carnaval para mim vai ser muito diferente dos anos anteriores, porque pela primeira vez não me vou mascarar... Vou estar a trabalhar os dias todos, e como o meu estágio é daqueles que tem hora de entrada, mas não de saída, torna-se difícil sair para festejar o que quer que seja. :(

    Mas deixem lá, eu no Halloween compenso heheh

    E vocês? Estou curiosa para saber quais são os vossos planos para este Carnaval, e se se mascaram, ou não ligam a isso! 

 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

Crónicas de uma estagiária: O início!

    Ora, como é que foram os meus primeiros dias como estagiária perguntam vocês? 

    Como sabem fui escolhida para um estágio numa empresa privada, e por isso achei que seria giro se criasse uma nova rubrica para contar as minhas aventuras e desanventuras neste meu novo mundo de pessoas sérias e trabalhadoras (que medo...). 

    Primeiro, conheci imensa gente nova, fui apresentada a potenciais (futuros) patrocinadores da empresa, onde tive de fazer o que se chama networking (que é como o tuga típico, como eu, diz: "fazer connects"). E depois, contactei também com os atuais profissionais da mesma, que são carradas deles.

    Não tem nada a ver com o meu estagiozinho do Centro de Saúde onde era eu, a minha orientadora, e poucas mais estagiárias. Naa... Nas empresas profissionais privadas, a coisa é à séria e não se brinca em serviço!

    Depois, fiquei a conhecer o funcionamento da empresa em si. E percebi que há  muitoooo mais por detrás, do que parece. Temos a direção, os patrocinios, os recursos humanos, o setor de marketing e vendas, o de publicidade, o de informática, e tanto mais.. E todos eles têm de estar constantemente em contacto, de forma a potencializar o crescimento da empresa. Porque tudo vai mudando, o mundo digital se atualizando, e não se pode ficar para trás, porque a competência é imensa...

    E pronto, até agora fiquei-me por aqui. Como ainda estou na fase inicial do estágio, ainda só estive a "mergulhar" um bocadinho por dentro da empresa, e ainda não comecei propriamente a pôr mãos à obra. Em breve terão mais novidades, com certeza! 

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.

É de família (ou pelo menos acho que é!)

    Se no meu estágio já podiam desconfiar que os psicólogos não batiam muito bem da cabeça, então a última sexta-feira tiraram as suas próprias conclusões, de certeza. 

    Nesse dia eu estava excepcionalmente à pressa para sair de casa (para ir trabalhar), quando me dei conta que os elevadores de casa não estavam a funcionar, e pior, que um inclusivamente estava parado com alguém lá dentro. Como estava a correr para ir ao estágio, fui chamar o meu pai para avisar alguém que tirasse o pessoal lá de dentro. Ora, o meu pai estava muito bem em casa, e, apanhado de surpresa, pirou-se à pressa para ir ver se arranjava os elevadores, deixando a porta de casa aberta.

    Entretanto, eu fui andando muito bem para o meu trabalhinho, pensando que tudo ia ficar resolvido, quando de um momento para o outro recebo uma chamada da minha irmã, a dizer que estava sozinha em casa, a porta estava aberta, e que não estava a perceber nada do que estava a acontecer. Expliquei o sucedido, e disse para ela fechar a porta, pensando eu que ela ia ficar em casa para abrir a porta para o meu pai, assim que ele chegasse.

    Pois, enganei-me. Ela entretanto teve de sair de casa, fechou a porta, e ala-que-se-faz-tarde. Entretanto eu, no estágio, à espera de um paciente para consulta. Mandei-o subir para vir ter comigo, e não é que quando abro o elevador, em vez do meu paciente, vejo o meu pai, com um ar de cansado e desesperado, a pedir a chave de casa para lhe abrirem a porta! Fico com cara de parva a olhar para ele, especialmente quando reparei que ele vinha de pantufas e robe vestido!!

 

    Conclusão, sempre que se armares em super-heróis e tentarem salvar pessoas que ficaram presas em elevadores, depois não se admires que os seguranças à entrada do Centro de Saúde vos barrem a entrada, por não terem consulta marcada de Psicologia!

Sigam-me no Instagram @umacartaforadobaralho e no Twitter @umacartafora.