Somos realmente livres?
(Atenção! O post que se segue pode conter liguagem mais aborrecida do que o normal - esperado deste blog. Ao continuar, está a prosseguir de livre e espontânea vontade. )
Ontem, do nada, virei-me para o gajinho: "Acreditas no destino?", à espera de um "Pfft, claro que não, eu sou um gajinho, e o destino não existe, blá blá blá" (ou algo do género), quando oiço um "Eu acredito que tudo aquilo que nos acontece, já estava pre-destinado para acontecer." E eu fiquei exatamente assim:
Eu não estava a acreditar naquilo que ouvia... Passado tantos anos de namoro é que fico a saber que o homem acredita que tudo nesta vida está destinado a acontecer?! Ele prosseguiu a explicar-me que é um determinista mais que radical, que não acredita no livre-arbítrio, e até citou o 'efeito dominó', para explicar como tudo nas nossas vidas está pré-destinado a acontecer... Segundo o gajinho, nós, seres humanos, temos apenas a ilusão de ter liberdade das nossas escolhas, e que tudo é explicado através da lei de causa e efeito. Todo o nosso comportamento é predizível, dizia ele!
Eu fiquei chocada, não só por não estar à espera desta sua opinião, como também por não compartilhar do seu ponto de vista. Aparentemente, e segundo a internet, eu defendo o compatibilismo, ou seja, a ideia de que "embora os nossos comportamentos sejam causados por forças físicas, químicas, biológicas e psicológicas, (...) temos controlo sobre alguns dos nossos comportamentos. Podemos fazer escolhas condicionadas, porque algumas das nossas ações são livres." E, muito sinceramente, eu pensei que toda a gente pensava assim, porque é o que me faz mais sentido, a mim!
Viver num mundo, como defende o gajinho, em que acreditamos que tudo à nossa volta está destinado a acontecer, não tendo nós outro futuro possível, nem tomada de decisão em nenhuma das nossas ações, não é um bocado triste de se viver? Para além de que, em parte, estamos a desresponsabilizarmo-nos pelas nossas ações, acreditando que nada depende de nós mas sim do Universo...
O que vocês acham? Qual é a vossa opinião: são mais fãs do determinismo, ou do compatibilismo (ou só querem que me cale com isto)? Estou curiosa!!