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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Desafio: O meu "first date"

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    A propósito de ter estado a ver os "First Dates" e o "Carro do Amor", relembrei-me do quão estranho e assustador foi o meu primeiro encontro. E sim, o meu primeiro encontro foi com o gajinho. 

 

    Conhecemo-nos num chat online (somos mesmo velhos...), e depois disso falámos por skype durante cerca de 1 mês até nos conhecermos pessoalmente. Foi apenas um mês até nos conhecermos porque ele fez-me uma espécie de ultimato. Não do género "Ou sais comigo hoje, ou acabo com a tua família", mas mais do tipo "Eu hoje às 21h vou estar na estação à tua espera. Sei que achas que nos conhecemos há pouco tempo, mas eu não consigo esperar mais. Vem ter comigo pleaase!" E eu não fui, e as coisas nunca deram certo. Estou a brincar. Eu não fui naquele dia, mas sim no dia seguinte, à tarde (só para ele ver quem é que manda!).

    E lá estava eu, na estação de comboios, à sua espera. As pernas tremiam-me que nem varas verdes, e na minha cabeça só estava "Como é que ele será pessoalmente? E se ele não for o rapaz das fotos? ESTAREI EU NO CATFISH?"

    E... ele chegou. A primeira coisa que reparei logo é que ele era alto que nem uma girafa. Ar de intelectual. Uma barbicha (que agora já cortou). Ele diz que a primeira coisa que reparou em mim foi os meus olhos, que não eram tão fechados como ele achava, nas fotos (devia pensar que eu era uma asiática...). Até hoje ainda não percebi se aquilo foi um elogio, ou uma desilusão, mas prossigamos.

    Abraçou-me, e soltou um sorriso envergonhado para mim (ao qual eu respondi da mesma moeda). Tínhamos combinado de que o nosso primeiro encontro pessoalmente seria rápido, até porque ele estava no seu intervalo da faculdade, e serviria apenas para nos vermos rapidamente.

    Mas para um encontro tão rápido, tanta coisa correu mal...  Primeiro, começou a chover, e nenhum de nós tinha trazido guarda-chuva. Depois, pisei caca de cão - sim, leram bem, eu fiquei a cheirar a fezes de rafeiro num primeiro encontro. Para tentar melhorar o dia, ofereci-lhe as minhas bolachas favoritas na altura (porque ele estava cheio de fome), e ele vomitou-as de seguida porque as detestou.

    Portanto, quando no final do date, ele apanhou o comboio, eu tinha a certeza absoluta que não voltaria a receber notícias deste homem. Foi quando recebi uma SMS: "Para o próximo encontro ficas-me a dever uma trança " (a sua perdição: raparigas de trança).

    E foi assim a história de como um estranho se tornou 'o gajinho'. Como foram os vossos primeiros encontros? Desafio-vos, a todos os que estiverem a ler, a fazerem um post sobre as vossas experiências também! Quero saber tudo! 

    EDIT: Vejam também o post da Mafalda, que aderiu a este desafio!

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Post dedicado ao gajinho

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    Sabem quem faz anos hoje? Pois é, o meu gajinho hoje está de parabéns! Assopra hoje 30 velas (ufa...!), e por isso este post hoje é dedicado a ele. Espero que gostes!

 

    Querido gajinho,

 

    Como um típico escorpiano, és um homem intensamente apaixonado, dedicado, cheio de bom humor e muiiito mistério à mistura. Por isso, posso dizer que estar contigo é uma verdadeira aventura todos os dias - a típica frase "és uma caixinha de surpresas" nunca esteve tão bem apropriada a alguém. Obrigada por me desafiares todos os dias a ser uma pessoa melhor, por me acompanhares em todos os bons e maus momentos, por seres verdadeiro comigo, e por lutares todos os dias por isto tão bonito que temos os dois. 

    Não vou dizer que sempre foi tudo um mar de rosas, porque estaria a mentir. Temos os dois personalidades muito fortes, e ritmos muito diferentes e isso faz-nos chocar muitas vezes; mas cada vez mais temos dado a devida importância à comunicação (tão fundamental para qualquer relação...).

    Tu dizes muitas vezes a brincar que és o paciente de longa data que eu acompanho, mas na verdade eu só te quero pedir uma coisa: continua a ser muito paciente comigo. Vamos ser os dois, um com o outro. E bora construir uma daquelas histórias que terminam com "E viveram felizes para sempre...". Muitos parabéns! 

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O contra-instagramer

    Eu considero-me uma típica instagramer. Estão a ver aquela pessoa irritante que gosta de atualizar a sua história do instagram quase todos os dias, e é fã de tirar fotos à comida, especialmente quando se vai comer fora? Sim, sou eu. (Em minha defesa, há pratos que são uma verdadeira obra de arte, ok? )

    Isso quer dizer que muitas das vezes em que vou a restaurantes acabo por fazer figurinhas como esta:

    E o último dia que fui comer fora com o gajinho não foi exceção. No entanto, quando chegou a hora de acabar a refeição e pedir a conta, o gajinho saca do seu telemóvel, e põe-se a tirar foto à nossa mesa (sem nada, pois já tinha sido levantada).

    Quando lhe pergunto "O que é que tu estás para aí a fazer?", ele vira-se para mim "Não és tu que estás sempre a tirar foto à nossa comida antes da refeição? Eu decidi agora começar uma nova moda: tirar foto quando já acabámos de comer."

 

    E foi assim que ele me desarmou completamente. Fiquei a rir-me da foto uma meia-hora.

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"Epá, yá, o amor dá trabalho..."

 

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    - Foi aquilo que ouvi de uma amiga minha, há dias. E aquela frase por algum motivo ficou-me na cabeça.

    Neste caso, ela referia-se ao seu desgosto amoroso mais recente, que durou-lhe um par de dias, - mas um par de dias intensos, que lhe deixaram sem dúvida muita mágoa. E eu comecei a pensar, (euzinha, que vai fazer 4 anos de relação com o gajinho), que ela tinha toda a razão. O amor dá um trabalho do caraças. Eu gosto muito do meu gajinho, mas nós já tivémos definitivamente os nossos altos e baixos (como muitos casais de namorados, calculo eu). E por vezes não é fácil, mas acho que o mais importante é pensar: vale, ou não, a pena o "trabalho"? 

    Porque como muitos sabem eu sou adepta de relações duradouras, e perdoem-me se estou enganada, mas tenho a impressão de que nós estamos a ficar cada vez mais preguiçosos no que diz respeito ao amor. Não sei se tem a ver com as novas tecnologias e a facilidade de encontrar novos potenciais amorosos a um click! de distância (não culpo quem o faz, eu própria conheci o meu namorado na internet!), mas dá-me a sensação de que muita gente está a desistir do "trabalho" que é manter uma relação amorosa, o que acaba por me deixar um pouco triste.

  Obviamente não estou a falar de casos onde existem traições; abusos e/ou violência emocional, verbal, ou física; omissões de comportamentos; faltas de respeito, e outras red flags gravíssimas nos relacionamentos, onde a única solução é o ponto final. Estou a falar antes de casos onde os dois parceiros da relação desistem aos primeiros obstáculos que encontram, não havendo lugar para crescerem e aprenderem com os seus erros os dois juntos! Porque, para mim, é essa a definição de uma relação. Se a relação depois acabar por não resultar a longo prazo, pelo menos os dois cresceram e tentaram lutar um pelo outro. Isso para mim é amor.

    No fundo o que estou a tentar dizer aqui é: ninguém é perfeito (e foi uma das coisas que aprendi também na minha relação ). Não vale a pena pensarmos que as pessoas não têm defeitos, que nunca vão discutir e vai ser tudo perfeito, porque isso é uma utopia. Somos seres humanos, temos os nossos dias, temos as nossas inseguranças, as nossas defesas. Em último caso, temos é de aprender a conviver da melhor maneira com elas.

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Somos realmente livres?

(Atenção! O post que se segue pode conter liguagem mais aborrecida do que o normal - esperado deste blog. Ao continuar, está a prosseguir de livre e espontânea vontade. )

 

    Ontem, do nada, virei-me para o gajinho: "Acreditas no destino?", à espera de um "Pfft, claro que não, eu sou um gajinho, e o destino não existe, blá blá blá" (ou algo do género), quando oiço um "Eu acredito que tudo aquilo que nos acontece, já estava pre-destinado para acontecer." E eu fiquei exatamente assim: 

    Eu não estava a acreditar naquilo que ouvia... Passado tantos anos de namoro é que fico a saber que o homem acredita que tudo nesta vida está destinado a acontecer?! Ele prosseguiu a explicar-me que é um determinista mais que radical, que não acredita no livre-arbítrio, e até citou o 'efeito dominó', para explicar como tudo nas nossas vidas está pré-destinado a acontecer... Segundo o gajinho, nós, seres humanos, temos apenas a ilusão de ter liberdade das nossas escolhas, e que tudo é explicado através da lei de causa e efeito. Todo o nosso comportamento é predizível, dizia ele!

   Eu fiquei chocada, não só por não estar à espera desta sua opinião, como também por não compartilhar do seu ponto de vista. Aparentemente, e segundo a internet, eu defendo o compatibilismo, ou seja, a ideia de que "embora os nossos comportamentos sejam causados por forças físicas, químicas, biológicas e psicológicas, (...) temos controlo sobre alguns dos nossos comportamentos. Podemos fazer escolhas condicionadas, porque algumas das nossas ações são livres." E, muito sinceramente, eu pensei que toda a gente pensava assim, porque é o que me faz mais sentido, a mim!

    Viver num mundo, como defende o gajinho, em que acreditamos que tudo à nossa volta está destinado a acontecer, não tendo nós outro futuro possível, nem tomada de decisão em nenhuma das nossas ações, não é um bocado triste de se viver? Para além de que, em parte, estamos a desresponsabilizarmo-nos pelas nossas ações, acreditando que nada depende de nós mas sim do Universo... 

    O que vocês acham? Qual é a vossa opinião: são mais fãs do determinismo, ou do compatibilismo (ou só querem que me cale com isto)? Estou curiosa!!

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Há dois tipos de pessoas no mundo:

 

    Quem me conhece sabe que sou uma grande fã de leituras, e por isso gosto de passar bastante tempo em livrarias, e em papelarias a ler as revistas.

    No outro dia estava com o gajinho e passamos por uma papelaria, e como é óbvio eu exigi que parássemos e víssemos as capas, a ver se encontrava alguma coisa de interessante para comprar.

    Deparei-me com uma situação muito curiosa. Mal entramos os dois, dirigimo-nos imediatamente para sítios opostos da papelaria.

    Eu estava ao pé das revistas Happy, Máxima, Maria Vaidosa... como uma típica gajinha feminina. Virei-me para ele: "Vou levar esta, tem aqui um artigo sobre psicologia e treino emocional que parece interessante..."

    Onde é que ele estava? Ao pé da TvGuia, Nova Gente, e Correio da Manhã, a ler-me as fofocas: "Então não é que o César mentiu à Gabriela antes de entrar para o Secret Story?"

 

    Há quem diga que a gente complementa-se (?) 

 

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Soluços do gajinho

 

    O gajinho estava farto de soluçar, e eu apesar de achar piada no início, às tantas já me estava a irritar porque nunca mais se calava.

 

Eu: "Tapa os ouvidos e sustém a respiração"

Ele: *fazia* "Não resulta"

Eu: "Bebe muita água de seguida"

Ele: *fazia* "HIC Ainda tenho...HIC"

 

    Mudei de estratégia, comecei a pregar-lhe sustos:

 

Eu: *aparecia escondida, do nada* "BOOOO!"

Ele: "Ai que susto!! Ahahah!!  HIC!"

 

Já a ficar sem ideias, disse...

 

Eu: "Hmmf... Olha... eu tive a pensar e assim que acabar o curso, quero juntar-me contigo."

Ele: "Que bom, eu também HIC"

Eu: "Sim pois, mas... pronto. Acho que nós devíamos começar a pensar juntar dinheiro, para comprar uma casa."

Ele: "HIC, a sério? Mas isso ainda falta, não é? Ainda somos muito novos HIC"

Eu: "Não, eu gostava de fazer isso o mais depressa possível. Até porque agora é que sou nova, e com 23 aninhos já podia começar a pensar em ser mãe, porque se vamos ter muitos filhos temos de começar a pensar nisso o mais cedo possível"

Ele:  "HIC Muitos filhos? Mas eu queria só ter um mor...HIC"

Eu: "(Aff, respira fundo porque os soluços não passam...) Não, não (quase a desmanchar-me de riso), eu quero ter no mínimo uns três, nunca te tinha dito? Por isso queria aproveitar agora que sou mais jovem e tenho mais tempo para tomar conta dos meus bebés..." 

Ele: "HIC Eu achava melhor esperar mor, não leves a mal... HIC Mas acho muito querida a tua ideia. Também quero ter bebés contigo, amor. Aww, és tão linda, HIC. Gosto tanto de ti por já pensares HIC num futuro comigo HIC..."

Eu: Eu desisto. Nada resulta contigo.

 

    E de repente quem apanhou o susto fui eu. E quanto aos soluços dele? Só paráram à noite, quando adormeceu.

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We are so lame....

 

    Há dias o gajinho fez-me uma surpresa. Como ia sair da faculdade tarde nesse dia, e ele sai todos os dias cansadíssimo do trabalho, não tínhamos combinado nada, porque já estaríamos os dois estafados, e só queríamos chegar a casa. 

    Pois. Acontece que nesse dia o gajinho fez-me uma surpresa e foi-me buscar, e levar-me a casa, porque estava preocupado que eu saísse muito tarde, e poderia ser perigoso (eu andava com o computador atrás e por aí fora...). Eu sei, ele é um querido. 

    Acreditam que, sem combinarmos nada antes, pois nem falámos sobre a hipótese remota de estarmos juntos naquele dia, nós viémos com toda a roupa que trazíamos a condizer um com o outro? Aparecemos exatamente os dois com uma camisa de flanela, azul escura (o MESMO tom de azul), umas calças brancas, e ténis pretos... Como é que isto é possível?

 

    Se isto não é o destino, eu não sei o que é... eheh 

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SMS's entre mim, e o meu namorado (naquela altura do mês)

    As passagens que se seguem são da inteira responsabilidade da cartaforadobaralho. São transcrições literais, palavra a palavra, do que acontece quando a carta está na sua altura do mês. Enjoy!

 

 

No primeiro dia:

carta sem.png

Passado 1 dia:

carta com.png

 

Eu juro que as hormonas dão cabo de mim. 

 

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