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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

O homicida de Corroios: O que falhou?

 

    Depois de ter lido várias notícias a falar sobre o caso do homicida de Corroios, decidi que tinha que fazer um post sobre o assunto.

    Então, a ver se me informei bem. A ex-mulher deste senhor apresentou, em 2017, uma queixa à PSP contra o ex-companheiro - que a polícia veio, por sua vez, a considerar um caso de violência doméstica, sob a forma de violência psiológica e social. Mais, avaliaram o caso "de risco elevado"! No entanto, ao o enviarem para o Ministério Público, eles apenas abriram um inquérito por crime de coação e ameaça.

    A PSP tinha solicitado que fosse proibida a permanência deste indivíduo na habitação, bem como o contacto com a vítima, e o Ministério Público... nada faz. Quando questionados sobre o porquê de não terem considerado o caso como violência doméstica, eles não dão resposta. E eu pergunto-me: Até quando é que coisas destas vão continuar a acontecer? Até quando é que estas queixas de violência doméstica vão continuar a ser desvalorizadas?

    Para quem não sabe, a violência psicológica, ou emocional, inclui ameaças ao/à companheiro/a, ou aos filhos; ofensas à sua integridade física; humilhações constantes, etc. Já a violência social abrange todos os comportamentos que têm como objetivo controlar a vida social do outro (impedir que ele esteja com os seus familiares, amigos; controlar as pessoas com quem conversa, etc.). E o Ministério Público veio a considerar que isto não são motivos suficientes para afastar este homem da sua ex-mulher e filha? É muito triste...

    Infelizmente, dá-me a impressão de que este tipo de casos só vão deixar de existir quando nós começarmos a ver as doenças mentais, (que apesar de não serem visíveis, são igualmente importantes!), como problemas reais, e que, em casos extremos, podem colocar em risco a vida das pessoas que sofrem delas, e a de todos o que estão à sua volta...

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Youtubers e as Histórias da vida real

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    Desde que me conheço que sempre fui fã de reality shows. Cresci com o Big Brother, na minha adolescência apaixonei-me pelo The Bachelor, Catfish e outros afins da MTV, e atualmente perco-me com um Secret Story (#rip).

    Sinceramente, nunca tive vergonha em mostrá-lo - não só no blog como na vida real, - e todas as pessoas mais próximas de mim sabem o quão adoro reality shows. Mas ultimamente tem surgido algo MELHOR do que os reality shows: os youtubers. Se pensarem bem, os youtubers são pessoas que criam o seu próprio conteúdo, no seu canal, contando as suas histórias de vida. Histórias estas que seguimos religiosamente, como se de episódios de um programa se tratassem. E eu admito, estou rendida a isto!

    E não é só aos youtubers americanos que me refiro, os portugueses também têm o seu lugar especial no meu  (apoiar o que é nacional, ora lecas! ). Seja a fulana tal que engravidou, o casal xis que se separou, o drama daquelas vidas reais (Tanacon) incorporou-se em mim de tal forma, que é como um vício chato que não consigo largar! Eu vivo os seus vlogs, as suas histórias, e as suas vidas como se vidas de amigos meus se tratassem!

    E para todos aqueles que já estão prontos a criticar-me, pela minha queda por reality shows e por todas as histórias "fabricadas" (ou não) no youtube, antes de falarem, sugiro-vos apenas que reflitam sobre uma coisa: Vocês também não seguem amigos, colegas e desconhecidos no facebook, snapchat (quem ainda usa... ), instagram, e blogs acompanhando o seu dia-a-dia nos stories, e os seus desabafos nos seus posts? Se a resposta é sim, não há muito por onde me possam julgar, pois vocês próprios estão a ver os reality shows de quem vos segue. Estão a ver as histórias dos vossos conhecidos na vida real!

    Por isso juntem-se mas é aqui à Tia Carta, vão buscar uma mantinha e as pipocas, and... let the show begin

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Somos realmente livres?

(Atenção! O post que se segue pode conter liguagem mais aborrecida do que o normal - esperado deste blog. Ao continuar, está a prosseguir de livre e espontânea vontade. )

 

    Ontem, do nada, virei-me para o gajinho: "Acreditas no destino?", à espera de um "Pfft, claro que não, eu sou um gajinho, e o destino não existe, blá blá blá" (ou algo do género), quando oiço um "Eu acredito que tudo aquilo que nos acontece, já estava pre-destinado para acontecer." E eu fiquei exatamente assim: 

    Eu não estava a acreditar naquilo que ouvia... Passado tantos anos de namoro é que fico a saber que o homem acredita que tudo nesta vida está destinado a acontecer?! Ele prosseguiu a explicar-me que é um determinista mais que radical, que não acredita no livre-arbítrio, e até citou o 'efeito dominó', para explicar como tudo nas nossas vidas está pré-destinado a acontecer... Segundo o gajinho, nós, seres humanos, temos apenas a ilusão de ter liberdade das nossas escolhas, e que tudo é explicado através da lei de causa e efeito. Todo o nosso comportamento é predizível, dizia ele!

   Eu fiquei chocada, não só por não estar à espera desta sua opinião, como também por não compartilhar do seu ponto de vista. Aparentemente, e segundo a internet, eu defendo o compatibilismo, ou seja, a ideia de que "embora os nossos comportamentos sejam causados por forças físicas, químicas, biológicas e psicológicas, (...) temos controlo sobre alguns dos nossos comportamentos. Podemos fazer escolhas condicionadas, porque algumas das nossas ações são livres." E, muito sinceramente, eu pensei que toda a gente pensava assim, porque é o que me faz mais sentido, a mim!

    Viver num mundo, como defende o gajinho, em que acreditamos que tudo à nossa volta está destinado a acontecer, não tendo nós outro futuro possível, nem tomada de decisão em nenhuma das nossas ações, não é um bocado triste de se viver? Para além de que, em parte, estamos a desresponsabilizarmo-nos pelas nossas ações, acreditando que nada depende de nós mas sim do Universo... 

    O que vocês acham? Qual é a vossa opinião: são mais fãs do determinismo, ou do compatibilismo (ou só querem que me cale com isto)? Estou curiosa!!

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Sobre o casal mais polémico da Casa dos Segredos...

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    Adivinharam, o César e a Gabriela! O exemplo de casal a não seguir. Este casal tem dado que falar desde o início do programa, pelas constantes discussões, troca de insultos, crises de ciúmes, etc.. E eu hoje achei por bem dar a minha opinião sobre estes dois concorrentes, pois tenho ouvido tanta gente a opinar de forma tão divergente sobre eles que hoje pensei "ora bora lá deitar mais uma acha para a fogueira! ".

    Queria começar por dizer que, mesmo que não fosse psicóloga, acho que é evidente para todos que a Gabriela tem uma clara obsessão por este homem (ele é lindo...). As obsessões por sua vez são sempre exageradas, doentias, e... involuntárias! - tal como acontece em todas as perturbações mentais -. Isto é, a pessoa não escolhe ter uma obsessão, não escolhe as suas oscilações de humor, não escolhe a forma como se está a sentir. Precisamente porque está fora do seu controlo, e precisa por isso de ajuda psicológica para se sentir melhor, mais feliz, e com mais saúde. E não há mal nenhum nisso, pelo contrário!

    Agora falaremos do César. Um casal que já namora há 5 anos, e falo por experiência própria de estar numa relação de há quase 4 anos, já se conhece minimamente um ao outro: conhece os seus pontos fortes, e os seus pontos fracos também. Se ele diz, e "eu já conheci a Gabriela assim: insegura e ciumenta", não era de esperar que ela não iria gostar: da aproximação do César a outras mulheres como a Joana F., das suas constantes provocações, da desvalorização constante à namorada e o 'engrandecimento' a outras pessoas..., não?

    Desculpem, mas isto a mim faz-me imensa confusão. E faz-me ainda mais confusão as pessoas que estão contra a Gabriela. Uma miuda que claramente não está bem (e por isso chora), e que tem um namorado que, como é visível, não a ama e neste momento já pensa em deixá-la.

    Mulheres e homens deste país, imaginem-se inseguros, imaginem-se loucos de obsessão pelo vosso mais-que-tudo (como acontece e já aconteceu a TODOS nós com certeza, provavelmente no início do namoro). E agora imaginem o vosso parceiro amoroso constantemente deitar-vos abaixo "não sabes fazer isto, és isto e aquilo, o/a outro/a é muito melhor..."; a fazerem-vos ciúmes despropositados com outras pessoas e a ignorarem por completo a forma como vocês se sentem, se estão tristes ou a precisar de apoio.

    Por favor, se estão num tipo de relação como esta, saiam o mais depressa possível! Isso não é amor, não é nada! Sabem como isso se chama? Narcisismo, egoísmo, o que quiserem chamar. Esta pessoa só se ama a si própria, e a não ser que peça ajuda profissional, nunca vai conseguir amar alguém. Toda a gente merece ser devidamente amada. Como já ouvi dizer "Há biliões de pessoas no mundo, se esta não for a certa neste momento, haverá outra com certeza merecedora do nosso amor." Gabrielas deste país, este texto é para vocês!

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SuperNanny: A opinião de uma estudante de psicologia

    Soube agora mesmo que a SIC suspendeu a próxima emissão do programa Super Nanny, e decidi por isso que esta era uma excelente oportunidade para deixar aqui a minha opinião sobre tudo isto. 

    Achei que era importante deixar aqui o meu testemunho por dois motivos muito simples: 1º) tinha curiosidade em informar—me sobre o programa, e dizer o meu ponto de vista, e 2º) sinto que tenho (alguma) (pouca?) credibilidade na minha opinião, visto estar a estudar Psicologia, e por isso estar mais a par de algumas abordagens que a tal Nanny possa ter.

    Então, após ter visto o primeiro episódio, tirei as minhas conclusões. Em primeiro lugar, concordo que há muitos pais que necessitem de ajuda a educar os filhos, para não dizer todos. E não é para levar isto como uma ofensa, digo isto da forma mais humilde possível, pois se eu tivesse um filho muito provavelmente também precisaria.

    Educar um filho para mim é uma das tarefas mais desafiadoras e exigentes de sempre, pois se por um lado dizem-nos para não sermos demasiado autoritários, que pudemos criar um filho oprimido e infeliz, por outro não se "deve" cair nas suas boas graças e aparar-lhes todos os golpes, pois aí criaremos um marginal. É como se nunca se podesse ganhar como pai.

    Para não dizer desde já que cada criança é única, e o que resulta com uma não resulta com outra, e portanto há muito mais a ter em conta do que os fatores genéticos, ambientais, psicossociais, etc.. Tendo isso em conta, pais deste país que me lêm, tiro—vos desde já o chapéu porque, para mim, vocês já são uns heróis.

    No entanto, assumir isto, que se precisa de ajuda na educação dos filhos, é uma decisão dificílima de tomar, e são raros os casos que se voluntariam. Contudo, aqueles que reconhecem que precisam de ajuda, têm várias formas de o fazer: procurar apoio psicológico para os próprios, para a criança, falar com a professora da escola no sentido de perceber o que se pode fazer, falar com o médico de família, etc, etc.. Sendo que, na minha opinião, levar a criança e todo o ambiente familiar que a rodeia para a televisão, seria a última das minhas opções.

    O Eduardo de Sá deu um excelente ponto de vista quando disse "Não se entende se, no caso de Supernanny ser um programa de informação, porque motivo não cumpre os critérios éticos que deveria respeitar ou, no caso de não o ser, não se percebe de que forma um programa de entretenimento pode ser alimentado com dilemas gravíssimos de famílias e de crianças reais.". Ou seja, segundo o psicólogo, a SIC poderia ter optado por: ou fazer um programa de informação, no sentido de divulgar ao público algumas das técnicas psico—pedagógicas utilizadas em crianças e jovens, ou fazer um reality—show baseado em histórias de vida como estas (sem expôr a verdadeira identidade dos referidos). No entanto, a SIC optou por misturar os dois, juntando o útil ao agradável, e é aí, na minha opinião, que peca. 

    Ao criar um programa com este não está a aplicar, de todo, nenhuma abordagem psicopedagógica como alega, - pois está a a expôr menores a milhões de pessoas, colocando em causa a sua integridade física e psicológica  -; e não está a cumprir o requisito de programa de entretenimento visto estar a retratar problemas reais, potencializando o desenvolvendo de crianças fragilizadas, humilhadas, e estigmatizadas pelos pais.

    Por isso cá vai a minha sugestão para a SIC. Acho muito bem e de grande valor existir uma fonte de educação a pais que, muitas vezes, precisam de ajuda a educar os seus filhos, mas façam-no de forma a não expôr nenhum dos intervenientes. Sugiro que se foquem apenas em informar, e até sugerir, boas práticas a se ter em conta na educação, de forma a tranquilizar algumas das preocupações dos pais, e diminuir o seu nível de stress. Vamos todos aproveitar esta lição para criar algo grande e novo, e fazer a diferença! 

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Não se deixem enganar!!!

 Hoje fui ao Mc Donalds e provei as supostamente "Nice Chocolate Pancake", e spoiler alert: Elas são tudo menos nice!

Uma pessoa pensa: 'epá eu gosto de gelado', 'epá panquecas também é bom', 'epá o tempo agora tá fresquinho, está bom pra pedir uma cena destas'...Não. Não se deixem elucidar pelo aspeto derretido do gelado por cima super docinho e tal, porque o contraste com a panqueca é, na minha opinião, horroroso. E quem dizer o contrário está a mentir (sim, esta é para ti Sacha!). Peço desculpa o off topic, mas tinha de desabafar por algum lado.

No entanto, se mesmo alguma vez se atreverem a pedir na mesma vão-se ver enfrentados com uma terrível escolha: ou comer a panqueca, ou o gelado. Eu só espero ter feito a acertada!

 

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