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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

A minha opinião sobre o bebé que foi encontrado no lixo

 

    Debati-me a fazer este post. E debati-me porque não só é um tema muito perturbador de se falar só por si, como há opiniões muito fortes acerca dele, o que origina sempre alguma polémica.
 
    Acho que todos nós concordamos numa coisa: Deitar um bebé ao lixo é um acto deplorável. Isso não há dúvida. 
 
    ...Mas será esse também um acto de desespero?, de loucura?, de instabilidade emocional?, de psicopatologia?
    Vamos ver as coisas pelo seu contexto: O que é que (e quem) está por detrás do acto de jogar um bebé ao lixo? Uma mulher cabo-verdiana, de 22 anos de idade, que habitava na rua. Não sabe quem é o pai da criança e, sem condições para se sustentar a si própria, vivia da prostituição. 
    Estamos aqui a falar numa pessoa em situação de pobreza extrema, possivelmente ela própria também abandonada, e sozinha. Mas eu gostaria de acrescentar um aspeto muito importante também: estamos a falar de uma pessoa doente. 
    Não é preciso ser-se mãe para saber que o dever de uma mãe é tomar conta dos seus filhos, cuidar, acarinhar... - e em circunstância alguma, abandoná-los. 
    Esta senhora, seja por sentimentos de desespero, culpa, vergonha, medo… tomou a decisão de abandonar o seu filho. A tomada de decisão tende a ser algo simples ou complexo, de acordo com a importância dada ao objetivo; mas que exige alguma ponderação, análise de alternativas e verificação da eficácia da decisão tomada. Quando isto não acontece, pode ser sinal de lesões no córtex pré-frontal (responsável por funções como a tomada de decisão), ou - o mais provável neste caso - doença do foro psiquiátrico. 
    Indivíduos com estas patologia tendem a ser impulsivos, agitados - por vezes agressivos -,  têm dificuldade em expressar aquilo que sentem e pensamentos e discurso destruturados/ desajustados. Nestes casos, surgem então os tais comportamentos de risco (como o consumo de álcool, drogas, atos de violência, etc.), que levam a cometer crimes hediondos deste género.
    Por isso, cuidemos deste bebé sim, para que viva num clima de bem-estar, saúde e segurança e tenha uma vida plena e feliz; mas cuidemos também desta mulher (digo mulher e não mãe!), para que faça um tratamento psicológico/psiquiátrico eficaz, tenha acesso aos cuidados de saúde básicos, e para que, acima de tudo, consiga viver uma vida mais feliz e evitar que erros desta gravidade se voltem a cometer.
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Acerca do post dos "Casados"

 

    Há dias fiz este post, que me valeu um destaque (obrigada sapinho ), no entanto, houve duas coisas que fiquei por dizer e corrigir. Nomeadamente:

  • Pelo que me informei, e pelo que li nos vossos comentários, as pessoas inscritas no programa casam-se mesmo. Ao contrário daquilo que referi, que era o que acontecia em outras versões, em Portugal o casamento é oficializado como tal, e a SIC responsabiliza-se assim por todos os gastos (tanto do casamento, lua-de-mel e divórcio, caso necessário).
  • Agora um ponto menos específico do programa em si, mas mais relacionado com o bom senso em geral: As pessoas que querem comentar os posts, têm toda a liberdade de o fazer. Estamos num país livre, e felizmente temos liberdade de expressão para darmos as nossas opiniões, quer sejam elas a favor do que foi dito no post, quer sejam contra. Uma das coisas que mais adoro na plataforma sapo é o dar a conhecer os pontos de vista de pessoas tão diferentes, e perceber o porquê de pensarem assim. CONTUDO, não interfiremos na liberdade do outro. Criticar e ofender alguém por não concordar com o seu ponto de vista é... baixo (esta é para os anónimos).

    Qual a necessidade de fazer um comentário desagradável a alguém, quando nos podemos simplesmente abster disso, ou então dar a nossa opinião de forma educada?

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Opinião: Sexismo ou não?

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    Ontem vi uma notícia com o seguinte título: "Jogadora de ténis penalizada por tirar a sua t-shirt em campo."

    Pelo que li, dizia que a tenista francesa Alizé Cornet apercebeu-se, a meio do jogo, que tinha a sua camisola ao contrário, depois de uma pausa de 10 minutos, e por isso tirou-a, e voltou a vesti-la em campo. Esse seu acto valeu-a uma punição pelo árbitro por "conduta antidesportiva" por mostrar o soutien.

    O que acho curioso é que, no mesmo artigo, dizem que os tenistas homens despem as suas camisolas a meio do jogo frequentemente, devido ao calor, sem nunca serem penalizados por isso. Então, há sexismo ou não, afinal?

    Confesso que esta notícia causou alguma revolta em mim. Deixa-me triste saber que até em coisas simples como estas as mulheres ainda continuam a sofrer discriminação... A minha pergunta fica: Quando é que a sociedade vai deixar de sexualizar o corpo da mulher desta forma?

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A respeito da violência no namoro

    Há coisas que eu vejo na televisão que me deixam extremamente revoltada, e esta é uma delas: "Jovem de 22 anos atacou a namorada à facada" - dizia uma notícia no Você na Tv de ontem. Como se a notícia em si já não fosse chocante o suficiente, apesar das inúmeras notícias nos programas de manhã com casos destes - infelizmente -, o que me deixou mais chocada ainda foi o que os comentadores vieram dizer a seguir.

    Segundo a notícia, o rapaz esfaqueou duas vezes a namorada, no abdómen e na anca, podendo este ser acusado de tentativa de homicidio. No entanto, para já, as autoridades estão ainda a tentar apurar o que aconteceu e os motivos da agressão, e por agora o rapaz está em liberdade. Liberdade essa que vai durar até aos juízes decidirem o seu veredicto, que de acordo com um dos comentadores do Você na tv, pode demorar mais que um ano.

    Deixem-me ver se entendi corretamente: Um jovem agrediu uma rapariga à facada, possivelmente com a intenção de matá-la, e as autoridades responsáveis vão deixá-lo em liberdade até os juízes darem a sua sentença? Que pode demorar anos a acontecer...?

    Até lá estamos há espera do quê? Que a rapariga recupere, e saia do hospital para o namorado a matar de vez? Desculpem a frieza, mas eu gostaria de saber desde quando é que a justiça deste país esqueceu-se que estamos a lidar com pessoas! Neste caso, trata-se de um homem perigoso, que está a meter em risco a vida de outra pessoa! Desde quando é que isto virou uma selva, em que se pode fazer o que se quer e sair impune? Que m**** de moral estamos nós a ensinar aos nossos filhos? 

    O que mais me revoltou foi a tranquilidade que o senhor Aníbal Pinto dizia "Toda a gente tem o direito à sua liberdade, até ser considerado culpado, e neste caso, ainda não temos provas se este rapaz é culpado, por isso é um homem livre como toda a gente". A si digo-lhe o seguinte: Deus queira que nunca tenha que passar por isto, mas por 2 minutos apenas, imagine a sua filha, mulher, irmã... a ser agredida fisicamente por um homem, à facada. E agora imagine-a deitada numa cama de hospital, enquanto o marginal agressor passeia, livre, alegremente nas ruas... Quando sentir essa revolta interna ao ver esse sujeito impune de qualquer prejuízo, venha-nos falar em justiça.

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