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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

Reflexões de quem já está há demasiado tempo fechada em casa

 

Comecei a fazer um "diário da quarentena" a partir de Março do ano passado (pensando que ia durar 2 ou 3 meses, tão inocentezinha...), onde escrevia os meus pensamentos e sentimentos durante o primeiro confinamento, e desde então nunca mais parei.


Agora, que já faz quase um ano da sua existência, resolvi partilhar algumas das minhas reflexões, tiradas destes desabafos diários em pleno confinamento.


1º O ser humano é claramente um ser social, extremamente dependente daqueles que estão à sua volta (por muito que nos custe admitir...). Até para mim, que me considero uma introvertida assumidíssima, já acho demasiado tempo para estar sem pessoas à minha volta (sem ser a minha família claro, que coitados, já não me devem poder aturar );

2º Durante a pandemia, todos nós reavaliámos as nossas relações (familiares, de amizade e amorosas). A nossa interação com os outros neste período inevitavelmente alterou-se, sendo na sua maioria feita pelas redes sociais, o que naturalmente afectou a forma como nos relacionamos com os outros. Aproximou-nos mais de umas pessoas, afastou-nos mais de outras, mas de modo geral acho que nos fez dar mais valor às pessoas que estão para ficar na nossa vida;

3º Temos uma capacidade de adaptação e resiliência muito maior do que imaginávamos!  Não só superámos um primeiro confinamento, como estamos agora a lidar com um segundo - com todas as exigências e desafios que ele exige, obviamente, mas sempre com as ferramentas necessárias para o "aguentar" (por muito difícil que possa parecer).

 

E por esse lado, como estão a lidar com este 2º confinamento? Que reflexões tiram desta experiência?

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Desabafo de uma profissional de atendimento da linha SNS24

 

Bem sei que não tenho dado notícias desde há algum tempo (para aquela meia dúzia de gatos pingados que ainda me segue por aqui - nem sei como -, obrigada! ), mas quero que saibam que a minha intenção nunca foi abandonar o blog.

Eu tenho um carinho muito especial por este meu espaço, mas sentia que precisava de algum tempo para pôr a minha sanidade em dia para depois poder 'arrumar' aqui as minhas ideias.

No entanto, o assunto do post de hoje é demasiado importante para não ser mencionado aqui no blog, por isso achei que esta era a melhor maneira de fazer o meu regresso aos blogs da Sapo.

Durante este tempo, tive a oportunidade de estar a realizar atendimento remotizado na linha SNS24 a doentes Covid-19, e por isso hoje venho contar-vos um pouca da minha experiência (e daquilo que vos posso partilhar).

Iniciei o meu trabalho na linha no mês de Novembro, altura em que as chamadas eram poucas, havia um bom tempo de espera entre chamadas, e o atendimento em si era relativamente fácil de se prestar. Atualmente, em Janeiro de 2021 (e desde finais de Dezembro), a linha SNS24 está um caos.

Vieram as épocas festivas, e tudo piorou. Neste momento, as pessoas chegam a passar horas em fila de espera para serem atendidas (com, ou sem sintomas). E não é por falta de pessoal a trabalhar na linha porque, acreditem, somos imensos: desde médicos, enfermeiros, farmacêuticos; a psicólogos, dentistas, etc.

Foram festas de fim-de-ano que correram para o torto, Natais passados com a família alargada, pessoas a dormirem em casa umas das outras, a apanharem boleia de carro juntas.... A lista não tem fim. E apesar de haver ainda casos de pessoas que apanham Covid-19 no local de trabalho ou nas escolas, eu acredito piamente que a maioria dos casos de Covid-19 podiam ser totalmente evitáveis se as pessoas tivessem sido mais responsáveis, e tido em conta as recomendações da DGS.

Isto não é uma simples gripezinha, uma coisa que "só acontece aos outros". Estamos a falar de uma doença que se manifesta de forma muito diferente, de pessoa para pessoa, e acreditem que também atendo pessoas mais jovens com sintomas graves, por isso não desvalorizem nunca a importância da prevenção.

E mais uma coisa que me apercebi que muita gente não está informada: Deve-se ligar para a linha SNS24 não só quando se tem sintomas da Covid-19 (sendo que estes são muito variados por isso em caso de dúvida, liguem sempre!), mas também quando se teve em contacto directo com uma pessoa que testou positivo à Covid19, mesmo que não se tenha sintomas!! Só desta forma é possível que os técnicos façam a correta avaliação da situação de risco, e vos deem as indicações necessárias.

 

É muito importante que passem esta mensagem para que todos consigam estar a par destas diretrizes, e juntos conseguimos travar esta pandemia. Neste momento, esta é a melhor maneira de todos nós agradecermos aos profissionais de saúde por todo o seu esforço e dedicação 

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Sobre sentir falta do contacto humano

(até para uma introvertida, como eu!)

(Imagem divulgada no The New York Times no artigo "How to Hug during a Pandemic")

 

    Eu compreendo as pessoas que querem fazer jantaradas com amigos, ir à praia (mesmo correndo o risco dela estar lotada) e fazer outra qualquer atividade que implique estar fora de casa. Eu juro que compreendo. E compreendo porque sinto exactamente o mesmo.

    Sinto que, dia-a-dia, somos sistematicamente confrontados com a eterna questão: "Como é que eu posso fazer aquilo que eu quero fazer e continuar protegido/a da Covid-19?"  E a resposta mais rápida é lógica é: ficando em casa, e saindo/ convivendo o mínimo possível com outras pessoas. Mas, caramba, estamos a fazer isso há 5 meses!
    São 5 meses passados maioritariamente em casa, a trabalhar, a conviver com as mesmas pessoas (ou para aqueles que estão sozinhos, a conviver apenas consigo próprio) e raramente vendo a luz do dia. Isto não é fácil!
    O ser humano não foi feito para isto. Nem mesmo eu, que sempre me considerei uma introvertida assumida, que prefere muitas vezes passar o seu tempo sozinha. Sinto falta do contacto humano! Do toque, dos beijos, dos abraços...
Estamos, sem nos aperceber, a desenvolver personalidades cada vez mais frias, onde o contacto social é desvalorizado, e onde a solidão ganha espaço para surgirem outros problemas do foro mental como a depressão, a perturbação de pânico, a fobia social...
    E acho que muito pouco se fala disto, ainda, infelizmente. É o jogo do ignorar o obvio: sabemos que a pandemia ainda está bem presente, que nos afeta a nível pessoal e emocional, mas ainda assim escolhemos ignorar aquilo que estamos a sentir (para "debaixo do tapete", como se costuma dizer) na esperança (?) que aquilo que estamos a sentir desapareça.

    O que eu quero dizer com isto é que é perfeitamente normal estarmos mais ansiosos, stressados, preocupados, e instáveis numa altura como esta. A pandemia ainda cá está, continua a ter um grande impacto nas nossas vidas (a acrescer a todos os problemas que surgem no nosso dia-a-dia, a par da Covid-19), e mais vale termos a noção de que isto nos está a afectar do que fingir que nada está a acontecer, e que tudo já está como era dantes (porque está longe de estar).

    Por isso, pessoal que está a ler este post: Tomem bem conta da vossa saúde física, mas não descuidem do vosso bem-estar emocional. Se sentem que todos estes desafios estão a ser demasiado complicados de lidar, e que isso pode estar a reflectir-se na vossa vida diária (como dificuldade a adormecer, problemas nos relacionamentos, binge eating, etc.), ponderem usufruir de um acompanhamento psicológico. É benéfico para toda a gente, e é um investimento acima de tudo para a vossa saúde!

    Se precisarem de algum conselho ou dica sobre psicólogos de referência, podem-me enviar um e-mail que eu vou-vos tentar aconselhar dentro das vossas necessidades. Tenham uma boa noite 

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Manter a forma durante a quarentena!

Porque nem só de saúde mental vive este blog (para choque de muitos vós...), hoje venho-vos falar do meu vício pela actividade física nos últimos tempos - que, atenção, é também muito importante para a nossa sanidade mental, e bem-estar!

Foi ainda durante o período do confinamento, onde só era permitido sairmos de casa para fazer exercício (tão bem que nós estávamos assim...), que eu, fartinha de estar em casa, arranjei a desculpa perfeita: sair dia sim dia não, de manhãzinha, para fazer uma corrida no jardim aqui ao pé da minha casa.

Verdade seja dita, nos primeiros dias foi mais uma caminhada do que propriamente uma corrida (quem me acompanha no blog há algum tempo sabe que nunca fui fã de exercício físico, e que Educação Física sempre foi a minha pior disciplina... ).

No entanto, com o passar do tempo fui melhorando, e diversificando também a minha actividade física. Atualmente faço mais exercício em casa, com vídeos do youtube ou através da app Adidas Training, que tem vários circuitos de treino com vários níveis de dificuldade (não é publicidade não se preocupem, que ninguém me está a pagar... ).

O vídeo que partilho hoje com vocês (acima) é de uma youtuber que tenho ficado viciada ultimamente, porque ela faz vídeos com treino de atividade física enquanto dança! Ora eu, que adoro dançar (principalmente músicas do Tik tok ), tenho ficado rendida a este tipo de vídeos.

Quem ficou com curiosidade, dê uma espreitadela! São vídeos muito catchy, mas puchadotes (no final do vídeo prometo-vos que vão ficar a arfar...), e que fazem um treino completo ao nosso corpo. Numa altura em que muitos de nós estamos a viver um estilo de vida mais sedentário, juntam-se a mim para tentarmos inverter este ciclo e melhorarmos a nossa saude física, e psicológica? 

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Sobre(Viver) em tempos de crise

Nos últimos meses temos passado por situações e desafios que nunca imaginámos enfrentar na nossa vida, e isso tem-nos trazido consequências a nível físico, e psicológico.

A pandemia obrigou-nos, de um momento para o outro, a proceder a mudanças drásticas no nosso dia-a-dia, e a adaptarmo-nos a novas realidades num curtíssimo espaço de tempo: a vivência da doença, o luto, o teletrabalho, o afastamento físico dos nossos entes queridos, o confinamento obrigatório (e, agora, o gradual desconfinamento)... 

E tal como muitos de nós, eu própria sinto-me (ainda) muito afetada com todas as consequências do confinamento obrigatório, originado pelo covid-19: a minha ansiedade disparou em flecha, os meus ataques de pânico aumentaram, as minhas crises de choro também, vieram as insónias, a desmotivação, a apatia, a ingestão exagerada de doces, o isolamento de tudo e de todos, enfim...

Por essa razão tem-me sido tão difícil manter o blog atualizado. Sinto que deixei tudo em pausa (o trabalho presencial, os encontros com amigos, as saídas, etc), e por isso o blog foi apenas mais um.

Sabem aquela sensação de estarmos debaixo de água, quando mergulhamos, e temos o nariz tapado, os olhos tapados... e só estamos desejosos de voltar ao de cima? Eu sinto-me exatamente assim. Estou debaixo de água, - com toda a minha vida suspensa, - e só vou conseguir respirar quando tudo isto estiver passado. Para mim, isto não é viver, mas antes sobreviver.

Isto não significa, obviamente, que não me sinte grata por ter a minha família comigo, por estarmos todos bem de saúde, e por termos a sorte de conseguir trabalhar a partir de casa. Mas também sei que é muito importante não descurarmos da nossa saúde mental que, em muitos casos, se tem vindo a deteriorar nos últimos dias.

Mas para não acabar em mau tom, vou-vos deixar aqui 5 estratégias que tenho aplicado nos últimos dias que me têm ajudado a manter a mente ligeiramente mais sã:

  1. Fazer meditação antes de me deitar. Todas as noites, antes de ir dormir, meto a tocar um áudio do Palouse Mindfulness (que acho sempre super relaxantes), e tem-me ajudado imenso a adormecer mais rápido, e a acordar menos vezes durante a noite.
  2. Praticar exercício físico. Esta foi uma novidade para mim (pessoa extremamente sedentária ). Dia sim, dia não, visto o meu fato de treino de manhã e faço alongamentos, ou vou dar uma caminhada num parque da minha zona. Começou por ser uma desculpa para sair de casa e manter-me saudável, até que ao fim de um tempo se tornou mesmo um hábito.
  3. Valorizar as nossas conquistas, ainda que pequenas. Desde o pequeno-almoço saudável, até à atividade física, hábitos de sono saudáveis...Tudo é motivo para festejar, e valorizar as nossas pequenas vitórias. Tendemos a ter um discurso muito autodepreciativo, o que não nos traz nenhum benefício, por isso é bom que tentemos alterar um pouco esse paradigma.
  4. Manter um diário. Manter um diário é extremamente saudável, e tem múltiplos benefícios. O meu diário serve para apontar: o nome dos workshops online a que tenho assistido, as novas receitas que tenho experimentado, as compras que tenho feito online, aquilo que tenho sentido ultimamente, etc.
  5. Manter rotinas, e horários. O ideal é tentar mantermo-nos o mais próximo possível das nossas rotinas habituais: acordarmos e deitarmo-nos à mesma hora, vestirmo-nos (mesmo que não vamos sair de casa) e mantermo-nos ativos (assistir a séries, criar novas receitas, apostar no artesanato, organizar/decorar o nosso espaço, etc.).

E por esse lado, como têm passado estes dias? 

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20 coisas para fazer em casa, em tempos de quarentena

 

1- Fazer um diário da gratidão. A partir de hoje, eu vou aderir a este desafio no meu instagram. Todos os dias vou enumerar algo pela qual estou grata. Pode parecer algo pouco significante, como estar grata por estar a comer a minha refeição preferida por exemplo, mas ao fazermos isto estamos a dar conta das coisas boas que temos direito, e a deixar de tomá-las como garantidas (como acabamos por fazer, por vezes) ;
2- Praticar exercício físico. Não precisamos de muito espaço para praticar algum exercício físico, e é uma maneira de ajudar a manter o nosso sistema imunitário forte (o que, por sua vez, ajuda a combater as doenças!);
3- Fazer chamadas/ videochamadas a familiares, amigos e colegas. Hoje em dia não há desculpas para não mantermos um contacto regular com aqueles que mais gostamos - podemos agradecer aos nossos amigos WhatsApp, Facebook, e Skype;
4- Pedir ajuda, sempre que precisar. Seja para desabafar ou falar de algumas das suas preocupações, é importante pedir ajuda sempre que tenha necessidade;
5- Fazer maratonas de filmes/séries. É um óptima oportunidade para começar a acompanhar uma nova série na Netflix, ou HBO; ou ainda fazer uma sessão de cinema caseiro (sem esquecer as pipocas, claro!   );
6 - Manter, o melhor possível, as nossas rotinas. Levantarmo-nos e deitarmo-nos às horas do costume, e continuar a mantermo-nos ativos é importante para a nossa saúde física, e psicológica.
7- Fazer uma alimentação equilibrada.
8- Ter hábitos de sono saudáveis.
9- Mantermo-nos informados por um lado, e limitar a exposição às redes sociais e media, por outro. Devemo-nos manter informados sim, em sites fidedignos como a DGES ou a OMS, mas atenção à exposição de notícias em demasia. É importante mantermo-nos atualizados e informados acerca do que se passa, mas também devemo-nos ocupar de outras atividades, para não corrermos o risco de aumentar os nossos níveis de stress, e ansiedade.
10- Apostar em novos hobbies. Esta é também uma oportunidade de explorarmos uma atividade de lazer nova para nós (aventurarmo-nos pelo mundo da culinária, do desenho, começarmos a escrever um livro...). Quiçá temos um talento escondido que desconhecemos?... 
11- Visitar museus virtuais. Sabiam que podem usufruir de visitas guiadas a museus, mesmo sem saírem de casa? Eu também não, mas descobri que podemos  É só irem a este site para explorarem um bocadinho mais a cultura do nosso país, e de outros também!
12- Aprender novas línguas. O Duolingo é uma excelente aplicação para quem gostaria de aprender uma nova língua. E tem uma plataforma apelativa e didática, acessível para todos!
13- Meditar regularmente. É também ela uma forma de combatermos a nossa ansiedade, e mantermo-nos psicologicamente sãos e saudáveis, em tempos de crise. Aconselho-vos vivamente a youtuber portuguesa Lisa Joanes, que tem várias playlists de meditações guiadas que gosto muito;
14- Apostar nos jogos online.
15- Cozinhar novas receitas.
16- Ouvir podcasts. No Spotify, Soundcloud e Castbox disponibilizam centenas (ou milhares) de podcasts, estrangeiros e portugueses, que nos podem ajudar a passar esta quarentena, e a fazer-nos sentir menos sozinhos. Aconselho-vos a Terapia de Casal, Mensagem de Voz e Sozinho em casa.
17- Justdance no youtube. Se são fãs de dançar, mas não têm o jogo em casa, não se preocupem. O Justdance disponibiliza um canal do youtube com algumas das músicas do jogo, por isso já sabem de uma óptima maneira de se divertirem com a famelga por casa... 
18- Pôr as leituras em dia.
19- Escrever no blog. Se ainda não têm, porque não começar um hoje? É rápido, gratuito, e numa altura como estas o blog torna-se numa excelente companhia! 
20- Acima de tudo, mantermo-nos optimistas, e confiantes! Sei que por vezes não é fácil mantermos uma atitude positiva, especialmente com as notícias que somos bombardeados diariamente, mas no final do dia temos de pensar que estamos a fazer a coisa mais correta em ficar em casa. Estamos a cuidar de nós, dos outros, e acima de tudo estamos a dar mais um passo para que esta pandemia se extinga de vez 
 
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O dia mais caricato de sempre.

Ontem tive um dia daqueles... Sabem aqueles dias em que vocês pensam "O que mais é que falta acontecer?" e o universo surpreende-vos?! Foi um dia desse género. 

 

Para começar, estava a ter um dia de cão no trabalho, com mil e quinhentas coisas para resolver ao mesmo tempo, e já parecia uma barata tonta a andar de um lado para o outro. Para melhorar, as clientes que eu tinha para atender ao final do dia atrasaram-se, o que me fez sair mais tarde do trabalho...

Estava eu já de saída do trabalho, a olhar ao relógio e a pensar "Eish, hoje saí mais tarde e ainda tenho quase 2h para chegar até casa, vou chegar estafada", quando nisto vêm ter comigo a chamar-me para resolver uma situação ("É urgente!!"). 

Quando a situação ficou (aparentemente) resolvida, lembrei-me que ainda não tinha lanchado e que não tinha levado nada para comer, então tive que me dirigir ao café mais próximo do local de estágio e comprei um travesseiro para comer (que ultimamente tenho andado viciada...).

Nisto, lembrei-me que tinha-me esquecido completamente da pen no trabalho, e que ainda tinha coisas para fazer quando chegasse a casa, e precisava da pen, então toca de voltar ao trabalho! Nesse momento, vejo o meu autocarro a passar, e só pensava 'fuuuuck'...

Fui buscar a pen, dirigi-me imediatamente à paragem de autocarro, e comecei a comer o travesseiro de uma forma desmedida porque nessa altura já tinha uma fome incontrolável dentro de mim. Nisto chega um autocarro à paragem, e eu, no desespero de só querer chegar a casa, apanho-o logo e nem reparei para onde ia (dêem-me um desconto, ok? Estava a ter um dia de cão )!

Dentro do autocarro, perdida nos meus pensamentos, demorei algum tempo até dar-me conta que o autocarro não me estava a levar para a estação de comboios (para ir para minha casa), mas sim para um caminho diferente. Desesperada, carreguei no "STOP" e saí na paragem seguinte, ao qual ainda tive que fazer uns 15 min a pé até chegar à estação.

Quando cheguei lá, mais que estafada, tive que esperar um bom bocado pelo comboio, e quando este finalmente este chegou, só apanhei lugar sentada à frente de uma rapariga que passou a viagem toda a dar-me pontapés na minha cadeira (o que tornou a viagem numa experiência tão diferente e agradável, como podem imaginar... )

Chegada quase a casa, lembrei-me que era melhor carregar o passe já naquele dia, visto estarmos já no final do mês. Dirigi-me ao balcão de atendimento, fiquei na fila e esperei, esperei... Quando chegou finalmente a minha vez e ia pagar com o meu cartão multibanco, disseram que não aceitavam pagamentos com cartões multibanco, e lá vou eu a voltar para outra fila de outros balcões, para o poder carregar... 

Quando finalmente cheguei a casa, não encontrei ninguém e estranhei. Liguei para a minha irmã, e disseram-me que estavam todos bem, mas que o carro tinha tido um pequeno acidente (nada de grave, mas ainda assim não os impediu de ganhar um valente susto).

Assim que eles chegaram a casa, horas depois, e depois de perceber que estávamos todos sãos e salvos, dei-lhes um abraço enorme, e não consegui controlar o meu ataque de riso. Foi um dia em cheio, mas dou graças por estarmos todos bem e com saúde. Só isso interessa 

 

 

(P.S.: Posto isto, venha de lá a 6ª-feira 13, estou pronta! )

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Carnaval 2020

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Feliz 3ª-feira de Carnaval!! Como é que é, gente gira? Sentiram a minha falta aqui por estes lados?... 

A verdade é que tenho andado desaparecida aqui do blog, mas isso não significa que não tenho andado a espreitar os blogs...

Simplesmente não tenho postado nada porque a) com o trabalho do estágio a aumentar, não tenho tido tempo nem para me coçar; e b) fiz um post todo catita que era para sair no dia dos namorados, do qual estava super orgulhosa, mas enganei-me e esqueci-me de programá-lo para sair no dia 14, e só reparei dias depois, e com a frustração, acabei por nem querer publicar mais nada  (vendo p'lo lado positivo: já tenho um post feito para o dia dos Namorados de 2021!!)

 

Mas contem-me tudo! Como têm passado? Tiveram férias no Carnaval? Mascararam-se? Os filhos, estão grandes?

O meu fim-de-semana de carnaval foi passado em Peniche, mais concretamente no hotel MH Atlântico Golf (o qual recomendo vivamente), com a minha família.

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Escolhi este hotel porque, para além de ser lindíssimo, tinha uma piscina interior e jacuzzi aquecido; era literalmente no meio do nada (o que fazia do local um sítio super sossegado e agradável de se estar), e tinha lá ao pé o Jardim Buddha Eden Park, que eu há imenso tempo tinha curiosidade em visitar!

Para quem não sabe, este parque trata-se de um jardim asiático que possui esculturas, lagos, um Buda gigante, soldados de terracota... e mistura reiligiosidade e arte, proporcionando paisagens incríveis.

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A entrada é 5€, e também têm a possibilidade de andar no comboio (com o preço de 4€), que passa pelos principais pontos do Jardim. Eu aconselho a fazerem-no, visto o Jardim ser enorme, e ter imensos jardins escondidos a explorar...  Nós tivémos muita sorte porque domingo apanhámos um tempo magnífico, e deu para dar um passeio muito agradável. 

No último dia da estadia, fomos dar um passeio ao centro de Peniche, e ficar a conhecer melhor a zona. Fomos até ao Forte de Peniche, e daí também tirámos umas fotos muito bonitas...

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(O instagram viu primeiro estas fotos...)

 

E assim se passou o meu Carnaval, de 2020. E desse lado, como o passaram? 

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Conversas que eu apanho

 

No outro dia, estava eu nos transportes a caminho de casa, e oiço a conversa mais engraçada entre um americano e uns turistas, pelo que achei por bem transcrever-vos aqui a tradução. Não precisam de agradecer! 

  

" -Ah, vocês estão aqui só de passagem então, não é? Eu estou a viver aqui há uns 3 anos. Desde que o Trump foi eleito 'pisguei-me' logo para Portugal. Portugal é uma maravilha, deixem-me que vos diga...

Mesmo que os EUA queiram andar em guerra com todo o mundo, eles nunca se vão meter com Portugal, porque nunca ninguém se lembra dele! É fantástico! A maioria das pessoas nem sabe que este país existe...  *risos*

Para além disso, aqui há muito boa comida, as pessoas são simpáticas, e as coisas baratas. Por isso estou a adorar viver em Portugal... O que mais uma pessoa podia pedir?"

 

Quuuuer dizer, ele não está errado...

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A chatice do facebook

 

Digo-vos, já estive mais longe de apagar a minha página pessoal do facebook...

Apesar de dar imenso jeito para relembrar o aniversário de pessoas amigas (especialmente quando se é uma pessoa com uma péssima memória, como é o meu caso ), e para estarmos a par de eventos porreiros que vão acontecer (tipo congressos de psicologia, festas, workshops para trabalhar a memória...), de resto só serve para cuscuvilhice.

Sei que todos vocês já sabem disto, mas a minha pergunta de hoje é: PORQUÊ que, pessoas que mal nos conhecem de lado nenhum, continuam a insistir em ser nossas amigas no facebook? É que depois sooa mal se eu recusar! 

Eu explico, o meu estágio está mesmo a terminar, e desde há uns dias para cá que alguns colegas lá do trabalho começaram a adicionar-me no facebook. No início aceitei porque eram 2 dos meus colegas mais próximos, e porque pensei que ia ficar por aí... mas agora já é a malta toda, é uma festa!

É que depois vão-me adicionar e desiludem-se! Porque eu NÃO TENHO uma vida interessante, percebem? Vão estar simplesmente a perder o seu tempo...

Por isso, malta lá do trabalho, ocupem o lugar de 'amigo' com outra pessoa que valha mais a pena, pronto. Porque eu, muito honestamente, não estou interessada em ser vossa amiga (e muito provavelmente vou-vos eliminar quando o meu estágio terminar), e vocês vão-se desiludir quando virem que as únicas fotos que eu tenho lá ainda tinha cara de feto, e que não atualizo o meu perfil desde a época dos dinossauros... 

Portanto, pessoas que insistem em tentar adicionar-me no facebook, façam um favor a vocês, e a mim também... e DESISTAM! Obrigada 

 

 

Por esses lados, algum de vós ainda utiliza facebook? (sintam o julgamento aqui deste lado... )

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