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umacartaforadobaralho

"o segredo é teres sempre uma carta na manga"

#25DomingodeConsultório: Serei demasiado independente para ter uma relação?

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    Olá, espero-vos bem! Hoje trago-vos uma questão de uma querida leitora, que me enviou o seguinte:

 

"Tenho uma pessoa que diz gostar muito de mim mas eu não consigo corresponder. Já tentei mas gosto de ter a minha independência, ou seja, gosto de estar com ele de vez em quando e por outro lado gosto de estar sozinha."

 

    Aquilo que entendo da questão é: gostas muito da tua independência, mas tens medo de a perder num relacionamento amoroso, é isso? Se é esse o caso, posso te dar algumas dicas para tentar ultrapassar esse 'medo'.

 

PODE HAVER VÁRIOS MOTIVOS PARA TE SENTIRES ASSIM:

  • Ele não ser "o tal" - que te faz borboletas no estômago. Como dizes "Tenho uma pessoa que diz gostar muito de mim, mas eu não consigo corresponder", talvez porque simplesmente não o sintas de volta, e não porque tens medo de perder a tua independência. Ou porque o que sentes por ele não é o suficiente para quereres assumir uma relação.
  • Tens uma forma de te relacionares mais individualista. Há pessoas que desde muito cedo se tornaram independentes, e por isso habituaram-se à realidade de estarem sós. E o facto de, de repente, aparecer uma pessoa a querer passar o tempo todo com ela, a querer partilhar a mesma casa, e até casar... pode assustar este tipo de indivíduos mais individualistas, e fazê-lo pensar que irá perder a sua liberdade.
  • Tens medo do compromisso. Inconscientemente, podes estar a associar um relacionamento amoroso a uma relação de dependência (com pensamentos como: "Ter um namorado é ter que estar sempre com ele" ou "É ter alguém que me diz o que tenho de fazer..."). Estes pensamentos irracionais podem estar associados a relacionamentos passados que tiveste e que foram controladores, e que sentiste que te estavas a perder: aos teus valores, e sentimentos. Como isso já te aconteceu no passado, podes ter medo que te aconteça novamente. 

 

COMO ULTRAPASSAR ESTE MEDO?

    1. Sermos honestos connosco (e com o parceiro). Se arranjarmos tempo para refletir o que é que queremos, e o que é que nos assusta/preocupa numa relação, vai ser mais fácil entender o que está por detrás desses 'medos'. Qual é o motivo, daqueles referidos acima? É importante perceber que devemos fazer a escolha de estar com alguém com base daquilo que nós temos a oferecer, em vez daquilo que esperamos receber. Ao estarmos numa relação com o objetivo de entender o que é que o outro pode fazer por nós, cria-nos expetativas falhadas e desilusões; devemos antes partir de uma relação em que haja interesse genuíno em ambas as partes.

    2. Estabelecer os "limites" da relação. Depois disso, é fundamental colocarmos os nossos parceiros a par dos nossos limites (físicos, e emocionais): O meu nível de proximidade física contigo é...; O tipo de toque que me deixa confortável numa relação é...; As minhas necessidades emocionais são...; Numa relação, estou disposto a permitir do outro...; As minhas crenças e valores são..., etc. Há que lembrar que o objetivo de um relacionamento não é atender às necessidades da outra pessoa, mas sim estar disposto a respeitá-las.

    3. Arranjar tempo para nós. Como dizes e bem, as pessoas independentes apreciam muito o tempo que passam sozinhas. Não só gostam desse tempo, como precisam! E numa relação, isso não muda. E daí a importância do futuro parceiro respeitar isso. Pedir ao nosso parceiro um tempo para estarmos sozinhos, ou até agendá-lo com antecedência vai ser o ponto-chave numa relação com um indivíduo independente.

 

    É importante relembrar que a única pessoa realmente capaz de nos tirar a nossa independência somos nós próprios, por mais "lamechas" que possa parecer. Estar numa relação não implica deixarmos de ter a nossa independência, e devemos antes encará-la como um plus à nossa vida - que nos complementa algo, e não que nos retira.

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Voltar para o Ex?!

    Há tempos li, na revista Happy do mês de Fevereiro, um artigo a falar sobre uma empresa que se dedica a ajudar pessoas a reconquistar o/a seu ex-namorado/a, e desde então aquilo não me sai da cabeça.

    Os sites chamam-se "Ex Boyfriend Recovery" e "Ex Girlfriend Recovery", e têm um conjunto de artigos como "The No Contact Rule", "I want my Ex back but he won't talk to me" e "How to know if your Ex still love you", que ajudam, e incentivam, a recuperar uma relação já terminada. O programa não diz ser 'infalível' a todos aqueles que procuram retomar o seu amor perdido, mas referem ter 80% de probabilidade de recuperar um ex-namorado.

    Claro que cada caso é um caso, e toda a gente tem os seus motivos e 'timings' de separação, mas a meu ver não me parece que este tipo de serviço tenha propósito algum. Concordo com alguns dos artigos que eles disponibilizam, especialmente aqueles que tentam estabilizar o estado emocional perturbado das pessoas que acabaram de terminar o seu relacionamento... mas mais do que isso não me faz sentido.

    Na minha opinião (que vale o que vale), a pessoa é "ex" por algum motivo. E quanto mais tempo passar entre o término do namoro e o querer voltar, pior é! Se as coisas não se resolvem logo na altura, ou alguns dias depois do rescaldo, então é porque ninguém está disposto a fazer esta relação funcionar, de todo.

     Se as pessoas não conseguiram comunicar na altura, chegar a um acordo em relação a algo, e crescer e adaptar-se ao parceiro; então o que é que me garante que essa relação vai resultar 6 meses depois? As pessoas mudam, mas não tanto.

    Para além de que, a meu ver, muitas das pessoas procuram o seu ex apenas porque sentem falta da felicidade que sentiam quando estavam com ele, e não dele em si mesmo. Na altura, só sentem desgosto e mágoa da separação, e querendo se sentir bem rapidamente, o mais fácil é tentar entrar em contacto com ele, do que tentar ultrapassá-lo.

    Já para não falar dos ex's que já tem uma atual, dos casos de traição, dos ex's "stalkers"... Há tanta coisa por onde pegar, que pode correr mal neste reencontro...

    Eu sou uma apaixonada pelo amor, como já o referi muitas vezes, mas em primeiro lugar sou apaixonada pela felicidade e bem-estar das pessoas. E não acredito na treta do "-Não era a altura certa", ou "-Não me sentia preparado para mudar". Porque isso soa-me a falso, soa-me a desculpa esfarrapada.

    Soa-me a alguém preguiçoso, ou imaturo, que claramente não estava pronto para ter uma relação. E desculpem-me a frieza, mas nada me garante que, depois, não vá perder ainda mais tempo da minha vida dando uma oportunidade a uma pessoa que já me fez perder imenso tempo no passado. O tempo é o bem mais precioso que nós temos na vida. E devemos gastá-lo em boas oportunidades, e pessoas que valham a pena.

    Este é apenas o meu ponto de vista, o que é que vocês acham sobre voltar para um ex-namorado/a?

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Relação On/Off

Sabem quando encontram aquela colega, que ora está numa relação, ora não está..?

Então quando começas com a típica frase do "Então tu e o Paulo..." nunca sabes se vai acabar com...

A) ela a responder-te "Acabamos de vez, desta é que é."

B) Ou "Estamos noivos."

 

É super awkward! Especialmente quando já não a vês há muito tempo.

Quem me dera que existisse uma espécie de aviso prévio para evitar aquele desconforto que vem depois do "Eu e ele acabámos há algum tempo...", COMO ACONTECEU DESTA VEZ COMIGO!! 

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só passou 1 Ano?!...

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...porque a mim já me parece terem passado uns 20 praí. Ok, não vamos exagerar, mas para aí uns 5 anitos, sim! E porquê? Porque já passei tanta coisa com o menino R., umas mais pesadas que outras, que até parece que já estamos juntos há muito mais tempo... Mas aposto com vocês o que quiserem, que isto é o discurso de QUALQUER casal que já está junto há 1 Ano, não sou nada original 

Mas pronto, achei que ficava engraçado escrever algo neste dia, até porque adoro escrever como todos os que me conhecem já sabem, e assim sempre ficamos com alguma coisa para relembrar daquele dia. Nem que passado anos, ele seja do género 'Eish, a sério que escreveste só isto? Que falta de originalidade!', ou então 'Eina, eras tão croma rapariga...' mas olha, menor que nada! Agora já está, já está. Supostamente passado anos quando leres isto também vai ser demasiado tarde para dizeres alguma coisa, R. (sim, porque eu sei que raramente lês o meu blog porque és um home' muito ocupado, mas vou fingir que não sei). Onde é que eu ia? Ah, nós. 

Epá e de momento é só mesmo isto que me vem à cabeça. Porque a nossa relação também é isto. Mas pronto, de um modo geral se pudesse resumir neste anito (que é pouquíssimo eu sei, há pessoas que já passam vidas juntos, mas havemos de lá chegar, espero eu!) alguns conselhos que pudesse dar a alguém que está disposto a embarcar numa aventura destas dizia-vos 3 coisas: ComunicaçãoRespeito/Compreensão e Paciência!!!

Comunicação: sim, porque por estranho que pareça, ele não adivinha o que eu estou a pensar quando fico 1h amuada...

Respeito: epá posso não fazer uma maratona de combates de Wrestling com ele, mas se ele vir um episódio de Castle comigo, dou-lhe o direito a um combate na Wrestlemania, ou que lá é.

Paciência: a esta junto também o humor. Uma pessoa normal já tem dificuldade em lidar com os "amuos" do outro, mas se a pessoa tiver calma e bom humor, já ajuda a 50% a melhorar qualquer situação. [eu digo-vos muito sinceramente, as pessoas que não têm humor fazem-me confusão também!]

E por hoje é isto. Escrevi mais do que estava à espera, e menos conteúdo do que previa...Enfim, à nossa! 

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Em 'Relação' a isto...

     Boas! Ontem 'tive a ver um vídeo sobre 2 raparigas que não conseguem "ficar" solteiras, e li também um post que ganhou destaque pelo Blogs Sapo, acerca de casais homossexuais. E isso fez-me pensar imenso acerca das nossas formas de encarar as relações amorosas: sejam elas relativamente ao género dos sujeitos envolvidos, sejam relativamente ao tipo de relação envolvida, à forma como cada pessoa as vive, etc..

      O vídeo em questão, por exemplo, fala de duas jovens que admitem não conseguir estar mais de 2/3 meses sem estar numa relação com alguém. Ambas tinham prometido permanecer 1 ano solteiras, para consolidar melhor o final de relações bastante duradouras, e não o conseguiram evitar (dizem elas não por necessitarem claramente de um homem na vida delas, mas porque 'simplesmente aconteceu'). Esse vídeo recebeu IMENSOS comentários negativos, começando por lhes considerarem umas 'oferecidas', 'insaciáveis' (e outras coisas bem piores...).

      Em relação ao post que falei à pouco, cujo tema já tem mais barbas-que-até-mais-não, relata a discriminação face aos casais LGBT, a sua luta pela igualdade, as dificuldades destes casais,etc..

 

       Posto isto, o que vos queria dizer era o seguinte, e esta é a minha opinião sincera:

  • Quer seja um casal heterossexual, homossexual, transgênero, pansessual, intergênero, etc..
  • Quer sejam eles da mesma raça, religião, cultura, nacionalidade, língua, sociedade... ou não...
  • Quer estejam estes numa relação poligâmica, monogâmica, aberta, "fechada", colorida, numa união civil, união de facto, casados, divorciados, noivos...
  • Quer sejam eles indivíduos que prefiram relações longas, quer sejam indivíduos que prefiram relações curtas...
  • Quer precisem eles de pouco tempo para "ultrapassar" o final de relações, quer precisem eles de anos...
  • Quer estejam eles numa relação à distância, quer estejam eles a 5 passos um do outro...

...Desde que haja respeito, mutualidade, felicidade e amor um pelo outro, é um casal como qualquer outro que tem TODO o direito a ser feliz e respeitado 

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