Update (e a minha desilusão com o Sistema Nacional de Saúde...)
Depois de estar uma semana e dois dias de baixa médica por ter uma inflamação na garganta e nos pulmões, hoje venho-vos dizer como tenho passado.
Os sintomas que tive foram: febre, dor de garganta, tosse, (carradas de) expectoração, falta de ar, dificuldade em dormir devido à congestão nasal e dificuldade em respirar, etc. Mas ao fim ao cabo, de toda a sintomatologia, o que mais me custou foi sem dúvida a falta de ar (devido ao catarro e expectoração espessa que tinha).
Por causa disso, e como via os dias a passar e não sentia grandes melhoras, dia 11 voltei ao médico para me estenderem a baixa. Ora, vou-vos contar o que aconteceu nesse dia, no meu Centro de Saúde:
Além de ter esperado 2h30 para ser atendida tive, nesse tempo, um episódio em que me faltou o ar. O meu pai, que me acompanhou ao Centro de Saúde, apercebendo-se que eu estava a ficar com dificuldade em respirar, foi chamar um enfermeiro. E a conversa foi a seguinte:
Pai: "Ajude-me, por favor, a minha filha está aflita e não consegue respirar por causa da expectoração. O que podemos fazer??"
Enfermeiro: "Ai, eu não posso fazer nada aqui, porque não tenho os instrumentos para a ajudar. Desculpe."
P: "Mas o que é que eu posso fazer? ELA NÃO ESTÁ A CONSEGUIR RESPIRAR!!"
E: "Pois, desculpe, mas só tenho ordem para a ajudar com a autorização de um médico."
Nisto, o meu pai vai a correr falar com o primeiro médico que lhe apareceu à frente, com o mesmo desespero: "A minha filha não consegue respirar Senhor Doutor, ajude-me por favor." A resposta dele? "Se ela não consegue respirar tem que ir para o hospital, que nós aqui não fazemos nada..."
Eu vou ser sincera, ponderei muito antes de fazer um post sobre este assunto... E ponderei porque não só não gosto de encher o blog com coisas tristes, mas acima de tudo falar disto (ainda) me revolta imenso.
Depois disto, (e depois de me prolongarem a baixa até ao dia de hoje), tive um ataque de choro mal cheguei a casa. Senti-me muito triste, e sozinha, no momento em que mais precisei de ajuda. Se não fosse a minha irmã, que entretanto veio-me trazer ao Centro de Saúde um spray nasal para me ajudar a respirar melhor, eu senti que podia literalmente falecer naquele Centro de Saúde que nem médicos, ou enfermeiros, se importavam com isso...
Atualmente sinto-me bem melhor e, apesar de ainda ter dor de garganta, não voltei a ter (felizmente!) episódios como os de cima.