Ter orgulho em sentir-me fora (do baralho)
Há 1 ano fiz um post sobre o facto de ser extremamente tímida, que está relacionado com a minha personalidade introvertida, e perguntava se havia uma espécie de 'poção mágica' que se bebesse para me fazer sentir mais segura, e confortável quando estou num grupo de pessoas (conhecidas, ou não).
Mas agora já não sinto a necessidade disso. Não porque me tenha tornado mais sociável do que antes, mas porque entendo que esta sou eu, esta é a minha personalidade, e não pretendo mudar tão cedo.
Isto porque há dias, no meu recente estágio, apercebi-me que as pessoas comentam o facto de ser "muito caladinha, tadinha, está sempre no seu canto sozinha", e apercebi-me duma coisa: Se eu gosto da forma como sou (e, atenção que esta parte é muito importante!!), eu não devo tentar mudar nada em mim. Aliás, penso que os outros deviam mudar - antes - a forma como vêm as pessoas mais introvertidas.
Lá por eu ser reservada, e valorizar muito o tempo que estou sozinha, isso não faz de mim (nem de perto, nem de longe) uma "coitadinha". Muitas pessoas (e digo isto porque sei que não são todas) tendem a atribuir o facto de uma pessoa estar sozinha a uma conotação negativa. Porque é que eu não posso ser feliz no meu canto? Não é um pouco egocêntrico da parte dessas pessoas pensarem que a minha felicidade depende inteiramente do facto de estar com eles - rodeada de gente?!
E em relação ao facto de ser reservada, sempre preferi mais ouvir do que ser ouvida, por isso é normal não intervir tanto nas conversas, como as outras pessoas. E não estou a ver que haja mal nenhum nisso (aliás, porque foi por isso que escolhi a profissão que escolhi ).
Para mim, não me incomoda nada estar sozinha por vezes - e até gosto! É o chamado "me time". Aproveito para ler, ouvir música, recarregar baterias...
E isso não quer dizer que não gosto de estar com os meus amigos, ou familiares, de todo! As festas com a família toda junta e as noitadas com os amigos enchem-me o coração, e continuam a ser a melhor coisa do mundo… Simplesmente, se calhar não são tão frequentes como a maioria das pessoas.
Mas se preciso de mudar? Não, porque não me imagino a ser eu de outra maneira.